terça-feira, janeiro 29, 2008

O Rádio Clube, um ano depois

Tal como há um ano, a aposta no novo figurino do Rádio Clube, mais virado para a informação, beneficiou de um fértil dia informativo.
No dia 29 de Janeiro de 2007 o tema do dia girou em torno da campanha para o referendo ao Aborto, que começaria no dia seguinte. João Adelino Faria e Nuno Domingues, sempre mais o primeiro que o segundo, conduziram a primeira emissão do Minuto-a-Minuto centralizada num inquérito feito aos deputados sobre a interrupção voluntária da gravidez. Doze meses depois, o Rádio Clube voltou a ter a agenda do seu lado com a notícia, embora surgida mais tarde, da remodelação no governo de Sócrates.

São dias como estes que os jornalistas gostam. Não que profetizem a desgraça, mas por se sentirem colocados à prova. Então os de rádio… Não há muito tempo um jornalista de uma rádio dizia-me que precisava de uma guerra, farto que estava de ‘picar’ o ponto de conferência de imprensa em conferência de imprensa !!!

Ora, o que fica, um ano depois, do novo Rádio Clube?

A mais-valia – As manhãs. São dinâmicas e informativas e que ficaram a ganhar com a entrada de Ana Bernardino. João Adelino Faria fica mais ‘solto’ para fazer o que realmente sabe fazer muito bem: conversar e entrevistar. As manhãs do Rádio Clube oferecem realmente uma agenda diferente da concorrência. Não vale a pena discutir se marcam ou não a agenda dos outros media, mas possibilitam outros olhares e isso, parece-me, é positivo.
As manhãs do Rádio Clube têm ainda um bónus: uma revista da imprensa internacional.
O Minuto-a-Minuto está centralizado na figura de João Adelino Faria, mas seria injusto não destacar o excelente papel desempenhado diariamente por Nuno Domingues.

A desilusão – As Noites. Luís Osório chegou a dizer que pretendia que as noites fossem um “espaço nobre e de culto na rádio em Portugal". Tem razão. Esperava-se (espera eu, pelo menos) que ele oferecesse esse novo dinamismo. Não me parece que tal suceda. É verdade que as noites na rádio não interessam a quem gere a rádio. Não dá lucro. A televisão é uma forte concorrente. O horário radiofónico das 20 horas não é aliciante, mas faz mesmo falta um programa de informação que organize a velocidade do dia radiofónico. Só encontro isso na Renascença. O Rádio Clube oferece-nos, no fundo, uma escuta renovada da Bancada Central.

Entre a mais-valia e a desilusão fica:
- A “Janela Aberta” com entrevistas muito bem conduzidas por Ana de Sousa Dias e algumas reportagens interessantes. Ana de Sousa Dias corrige a pouco e pouco algumas falhas inciais nas ligações entre espaços do programa;
- Os noticiários, que continuo a encará-los como o resto da actualidade depois de uma manhã cheia. Aqui o Rádio Clube volta à agenda, digamos, comum e expectável.
- Os desdobramentos da emissão que, com pena minha, ainda não consegui ouvir, pois escuto a emissão de Lisboa.

…E um desejo. Que as magras audiências não sejam pretexto para acabar com esta nova linha do Rádio Clube. Para quem procura informação na rádio seria uma enorme perda.

terça-feira, janeiro 22, 2008

TSF

A equipa directiva da TSF está agora completa depois das saídas de José Fragoso, para a RTP e Luís Proença para a SIC. Paulo Baldaia é o director da TSF e Arsénio Reis, até agora na Renascença, será o director-adjunto da emissora da Controlinveste.

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Fragoso deixa a TSF - Act

José Fragoso, até agora director da TSF, deixa o cargo para desempenhar as funções de director de programas da RTP.

Ficaremos à espera do nome que substituirá Fragoso na TSF.

Act: ... Paulo Baldaia será o novo director da TSF.

Para ler também no DN.

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Audiências

O sobe e desce das audiências de rádio: no último trimestre de 2007 ouviu-se mais rádio, segundo o Bareme da Markest.

sexta-feira, janeiro 11, 2008

O estudo das rádios locais portuguesas

Tenho verificado o que me parece ser um aumento de interesse no estudo das rádios locais portuguesas.

No último ano fui contactado por quatro futuros mestres (de três universidades portuguesas) cujas investigações, por certo, muito contribuirão para o melhor conhecimento deste sector da rádio portuguesa.

Gostaria de assinalar este facto que me parece extremamente importante, tendo em conta a escassez de trabalhos deste género no contexto português.

Boa sorte para as investigações.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Alcochete nas rádios

O anúncio de José Sócrates sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa proporcionou uma boa tarde informativa na rádio portuguesa.
Na emissão hertziana, TSF e Antena 1 prolongaram as emissões com comentários, reacções, históricos e reportagens a partir, primeiro dos arredores do campo de Tiro de Alcochete e depois da Ota.
Mas o enfoque acabaria por ser dado à questão política, sublinhando-se as declarações do ministro Mário Lino proferidas há alguns meses sobre a margem sul.

No online também houve acompanhamento. O site da RDP, beneficiando das sinergias com a televisão pública, disponibilizou vídeos. A TSF e Renascença apresentam sons dos protagonistas: o anúncio de Sócrates, as reacções mais diversas. No online replicou-se, contudo, a emissão hertziana.
Destaco o Rádio Clube que foi o primeiro a fazer uma ligação para o relatório do LNEC. Ao final da tarde já era possível fazer o download do mesmo documento a partir do site da RDP.

Uma passagem pelas rádios locais que ainda emitem na zona envolvente a Alcochete, permitiu verificar que o tratamento informativo, que nem sempre existiu, não apresentou qualquer mais-valia que poderia advir do conhecimento da região e proximidade com a população local.

Na maior parte dos casos, a começar pela Eco FM, que é a rádio local de Alcochete, a colagem à informação emitida pelos órgãos nacionais foi evidente.
Quem visitar, por exemplo, o site da Pal FM (rádio local de Palmela) encontra apenas duas notícias desta quinta-feira: uma sobre o Festróia e outra acerca da AutoEuropa.

Novidades na TSF

Um programa sobre a Europa e outro que abordará a história do cinema são as próximas novidades na TSF.

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Recordar a X

É para muitos, ainda hoje, um dos projectos radiofónicos mais interessantes que surgiram em Portugal no pós-25 de Abril.

A XFM não teve vida longa, nem muito fácil. Enquanto esteve no ar possibilitou a escuta de grandes vozes e de um interessante conceito de estética radiofónica. Mas faliu aos olhos de uma nova rádio virada para a viabilidade financeira e à procura de audiências.

Ficam quatro momentos do seu final, estampados nas páginas do Público.




Museu da Rádio

Junto-me à indignação manifestada por outros em relação ao encerramento definitivo do Museu da Rádio.

Vale a pena ler o que se escreveu sobre o assunto no
A Rádio em Portugal e no Indústrias Culturais