Sobre José Nuno Martins:
"Nuno Martins mostra-se mais acutilante e menos optimista. Refere que "certos" dos seus "interlocutores internos" pareceram não ter entendido o seu papel e critica-lhes "a atitude demasiado defensiva" enquanto programadores.
Em concreto, e para além das críticas já referidas ao Desporto e à Antena 3, queixa-se do horário atribuído ao seu programa nas antenas 1, 2 e 3, por nunca ter sido "proposto ao maior número de ouvintes de cada emissora"; e acusa a Direcção de Programas de não assumir nenhuma das suas recomendações - nem quanto às escolhas musicais, que entende deverem passar a ser exclusivamente centradas na música portuguesa, na Antena 1, nem quanto à procura de novos públicos e à regeneração dos novos profissionais, na Antena 2.
Os "substantes índices de profundidade e de fundamentação" das críticas dos ouvintes tornam difícil "ignorá-las tão reiterada e persistentemente", observa o provedor, que não esquece o caso do programa Ritornello, cujo realizador, Jorge Rodrigues, entrou em confronto público com a direcção do canal cultural da RDP, originando "elevado fluxo de correspondência, muitas vezes apresentada em termos despropositados e também de modo "induzido"".
Nota também, de forma seca, que os responsáveis do Desporto não adoptaram os "modelos de solução" que apresentou para o problema dos relatos simultâneos de futebol e que a empresa não encetou "qualquer acção de formação" que combatesse o "mau uso ou uso indevido da língua portuguesa por apresentadores e locutores, jornalistas e comentadores das várias estações do serviço público".
Do que os portugueses gostam e não gostam na televisão e rádio públicas, no Público, via Clube de Jornalistas
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