O que devem ser os espaços da rádio geralmente chamados de "revista de imprensa"?
A questão surge-me em boa parte devido às capas do "24 Horas" cujos temas terão certamente interesse para alguns, mas que estão claramente desadequados à linha editorial das principais emissoras de informação portuguesas.
Por exemplo, ouvir na Antena 1 ou TSF os amores e desamores das figuras públicas não se enquadra editorialmente naquelas emissoras. Nestas situações, a rádio serve unicamente para amplificar acontecimentos de interesse público pouco relevante. E fá-lo apenas porque vem estampado num jornal de cobertura nacional. Sem outra razão!!!
Este tipo de manchetes são lidas porque se encara as "revistas de imprensa" na rádio como um mero espaço de sugestão. E já agora de publicidade aos jornais.
A meu ver, as revistas de imprensa devem ser, à luz dos restantes momentos informativos da rádio, espaços editados e não apenas de exposição sem filtro das capas dos jornais.
Aliás, bem vistas as coisas, verificamos que a própria escolha dos jornais representa já uma acção do jornalista, uma vez que há jornais que são sempre lidos e outros que nunca o são.
Ou seja, se já existe edição ao nível da escolha dos jornais, não vejo razão para que as redacções não optem também por fazer essa selecção ao nível do conteúdo e, se preciso for, não incluir na revista de imprensa num determinado dia o jornal X ou Y, simplesmente porque os temas que escolheu para capa não têm interesse editorial.
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