A rádio, há que admiti-lo, sofre de um enorme problema. Ela está tão presente nas nossas vidas que na maior parte dos casos nem damos por ela.
Estará aqui um boa parte da justificação para análises precipitadas acerca, não só do futuro da rádio, como também do seu presente. Aliás, é curioso olhar para a história do meio e perceber que já na década de 50 Lazarsfeld numa intervenção na Sorbonne se referia ao facto de nos Estados Unidos se achar que a rádio tinha acabado.
E tem sido sempre assim: primeiro sofrendo a resistência da imprensa e das agências noticiosas que reivindicavam a exclusividade da informação, depois com a televisão que seduzia com a imagem que a rádio não tem e agora com a Internet.
São redutores os argumentos que dizem que a rádio não tem futuro.
No entanto, a rádio tem, afinal, demonstrado que assim não é. Não são apenas aqueles que de forma mais ou menos apaixonada a defendem, mas os próprios estudos que o revelam e contrariam análises precipitadas, como por exemplo dizer-se sistematicamente que a rádio está a perder ouvintes, pois não será tanto assim como revelam este e mais este artigo . Ou, no quadro da moda mais recente, afirmar-se que a Internet está a matar a rádio.
As transformações sociais, culturais, políticas, tecnológicas têm colocado desafios à rádio, mas o próprio meio tem-se encarregado de mostrar a sua vitalidade, adaptando-se às novas realidades.
Uma vez mais isso sucedeu com a televisão e sucede agora com a Internet. Aliás, é curioso este artigo, que mostra como Internet e rádio andam, afinal, de braços dados.
Tudo isto vem a propósito do artigo de Eduardo Cintra Torres no Público e sobre o qual Rogério Santos e Paula Cordeiro já se pronunciaram. Opiniões que subscrevo.
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1 comentário:
è ler as ultimas da Marktest. não só cresce como o faz no sentido q interessa... já estamos fartos da TV de entretenimento e de...
um abraço
luis
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