terça-feira, dezembro 30, 2008
domingo, dezembro 14, 2008
Congresso de ciberjornalismo III - As notícias dos sites da rádio
No congresso apresentei a comunicação com o título “As notícias dos sites das rádios portuguesas - contributos para a sua compreensão” com a qual pretendi lançar um olhar sobre a relação entre a rádio dita tradicional e a sua presença na Internet, partindo do campo específico das notícias.
Analisei as notícias disponibilizadas nos sites das três principais rádios de informação portuguesas (Antena 1, RR e TSF) procurando identificar a relação com as notícias emitidas nos noticiários daquelas estações.
Eis algumas conclusões:
1º - Os sites dependem quase em exclusivo das notícias que a rádio tradicional difunde. Essa dependência verifica-se ao nível dos temas das notícias e das manchetes utilizadas no online. No período analisado, todos os temas de manchete do site da TSF foram igualmente temas de abertura nos noticiários da rádio. Na Renascença, essa correspondência situa-se acima dos 90 por cento.
2º Um olhar para a utilização dos recursos expressivos proporcionados pela Internet, permite observar o fraco uso nas notícias de recursos tais como o vídeo e até de hiperligações. Os sites das rádios RR e TSF utilizam sobretudo fotografia e ligações para notícias relacionadas. A Antena 1 é, neste aspecto menos interessante, uma vez que se limita a colocar online os sons que emitiu na rádio, sem qualquer modificação.
3º A análise ocorreu no chamado período da Manhã 1 da rádio, ou seja, consistiu na comparação das notícias dos sites com as dos noticiários da rádio hertziana entre as 7 e as 10 da manhã. Foi possível verificar o dinamismo evidenciado no que diz respeito à actualização. Em média, de 30 em 30 minutos, foram colocadas nos sites da RR e da TSF pelo menos uma notícia. É preciso notar, no entanto, que no mesmo período do dia, a rádio produz muitas notícias e como existe uma quase total dependência daquilo que é difundido na emissão hertziana, é normal que quem está responsável pela actualização do site tenha muito material disponível.
4º O mesmo já não se pode dizer da actualização das notícias, pois elas surgem no site na sua forma final, não sofrendo, na maior parte dos casos, qualquer modificação.
5º A Internet apresneta-se actualmente como um cenário emergente para o jornalismo radiofónico português. O estado actual é de complementaridade. A rádio hertziana tem as notícias (fruto de estruturas redactoriais mais compostas) e os sites acrescentam-lhes recursos que não fazem parte da expressividade radiofónica como sejam a fotografias, vídeos, infografia etc. Essa complementaridade verifica-se também ao nível da oferta de novos produtos como é o caso do Página UM (jornal em pdf da Renascença) ou da emissão de relatos de futebol online (caso da Antena 1).
Um dado que parece ir ao encontro de outros estudos sobre ciberjornalismo tem a ver com o fraco aproveitamento da interactividade. As notícias dos sites da RR, TSF e Antena 1 não permitem ao utilizador fazer comentários ou contactar com os jornalistas autores das peças.
Analisei as notícias disponibilizadas nos sites das três principais rádios de informação portuguesas (Antena 1, RR e TSF) procurando identificar a relação com as notícias emitidas nos noticiários daquelas estações.
Eis algumas conclusões:
1º - Os sites dependem quase em exclusivo das notícias que a rádio tradicional difunde. Essa dependência verifica-se ao nível dos temas das notícias e das manchetes utilizadas no online. No período analisado, todos os temas de manchete do site da TSF foram igualmente temas de abertura nos noticiários da rádio. Na Renascença, essa correspondência situa-se acima dos 90 por cento.
2º Um olhar para a utilização dos recursos expressivos proporcionados pela Internet, permite observar o fraco uso nas notícias de recursos tais como o vídeo e até de hiperligações. Os sites das rádios RR e TSF utilizam sobretudo fotografia e ligações para notícias relacionadas. A Antena 1 é, neste aspecto menos interessante, uma vez que se limita a colocar online os sons que emitiu na rádio, sem qualquer modificação.
3º A análise ocorreu no chamado período da Manhã 1 da rádio, ou seja, consistiu na comparação das notícias dos sites com as dos noticiários da rádio hertziana entre as 7 e as 10 da manhã. Foi possível verificar o dinamismo evidenciado no que diz respeito à actualização. Em média, de 30 em 30 minutos, foram colocadas nos sites da RR e da TSF pelo menos uma notícia. É preciso notar, no entanto, que no mesmo período do dia, a rádio produz muitas notícias e como existe uma quase total dependência daquilo que é difundido na emissão hertziana, é normal que quem está responsável pela actualização do site tenha muito material disponível.
4º O mesmo já não se pode dizer da actualização das notícias, pois elas surgem no site na sua forma final, não sofrendo, na maior parte dos casos, qualquer modificação.
5º A Internet apresneta-se actualmente como um cenário emergente para o jornalismo radiofónico português. O estado actual é de complementaridade. A rádio hertziana tem as notícias (fruto de estruturas redactoriais mais compostas) e os sites acrescentam-lhes recursos que não fazem parte da expressividade radiofónica como sejam a fotografias, vídeos, infografia etc. Essa complementaridade verifica-se também ao nível da oferta de novos produtos como é o caso do Página UM (jornal em pdf da Renascença) ou da emissão de relatos de futebol online (caso da Antena 1).
Um dado que parece ir ao encontro de outros estudos sobre ciberjornalismo tem a ver com o fraco aproveitamento da interactividade. As notícias dos sites da RR, TSF e Antena 1 não permitem ao utilizador fazer comentários ou contactar com os jornalistas autores das peças.
Congresso de ciberjornalismo II - A rádio
Não se falou muito, mas assinalo alguns aspectos que me parecem importantes.
Na comunicação apresentada por Pedro Caeiro, editor multimédia da Renascença, foi feito um percurso da presença da emissora católica na Web, destacando o processo claramente evolutivo desde o seu início até hoje. Se a página da RFM complementa o carácter de entretenimento da estação, já a Renascença faz uma clara aposta no domínio da informação e do uso das ferramentas online, com particular destaque para a infografia e vídeo. Neste último aspecto, Caeiro referiu que no próximo ano o site avançará com a webtv. O Página Um, jornal em pdf da RR, parece também ter sido uma boa aposta da estação pois segundo os dados anunciados no congresso já tem 66 mil assinantes.
Fernando Zamith apresentou os dados da sua investigação sobre o aproveitamento das potencialidades pelos ciberjornais portugueses. Os dados, referentes a 2008, colocam a TSF como o site de rádios que melhor uso faz das potencialidades online e na 3ª posição no total dos ciberjornais portugueses. A Renascença surge em sexto lugar e o Rádio Clube na 14º. Quanto ao aproveitamento de cada potencialidade em particular, os dados apresentados revelaram que a RR é o site português que melhor aproveitamento faz da multimedialidade (uso de vários recursos multimédia: vídeo, áudio etc) e que é o segundo (atrás do jornal Académico Jornalismo Porto Net) no que diz respeito à hipertextualidade.
Uma nota final para o site da Renascença que teve trabalhos nomeados para várias categorias dos prémios de Ciberjornalismo, atribuídos por um júri do congresso, no entanto, acabaria por não vencer nenhum deles.
Na comunicação apresentada por Pedro Caeiro, editor multimédia da Renascença, foi feito um percurso da presença da emissora católica na Web, destacando o processo claramente evolutivo desde o seu início até hoje. Se a página da RFM complementa o carácter de entretenimento da estação, já a Renascença faz uma clara aposta no domínio da informação e do uso das ferramentas online, com particular destaque para a infografia e vídeo. Neste último aspecto, Caeiro referiu que no próximo ano o site avançará com a webtv. O Página Um, jornal em pdf da RR, parece também ter sido uma boa aposta da estação pois segundo os dados anunciados no congresso já tem 66 mil assinantes.
Fernando Zamith apresentou os dados da sua investigação sobre o aproveitamento das potencialidades pelos ciberjornais portugueses. Os dados, referentes a 2008, colocam a TSF como o site de rádios que melhor uso faz das potencialidades online e na 3ª posição no total dos ciberjornais portugueses. A Renascença surge em sexto lugar e o Rádio Clube na 14º. Quanto ao aproveitamento de cada potencialidade em particular, os dados apresentados revelaram que a RR é o site português que melhor aproveitamento faz da multimedialidade (uso de vários recursos multimédia: vídeo, áudio etc) e que é o segundo (atrás do jornal Académico Jornalismo Porto Net) no que diz respeito à hipertextualidade.
Uma nota final para o site da Renascença que teve trabalhos nomeados para várias categorias dos prémios de Ciberjornalismo, atribuídos por um júri do congresso, no entanto, acabaria por não vencer nenhum deles.
sábado, dezembro 13, 2008
Congresso de ciberjornalismo I
Os últimos dois dias foram passados no Porto, no I Congresso Internacional de Ciberjornalismo, promovido pela Universidade do Porto.
Das várias e interessantes sessões e comunicações apresentadas destacaria três eixos que me parecem ter sido transversais às várias intervenções:
1ª O jornalista do futuro. Que profissional e perfil serão necessários para enfrentar todos os desafios que se vão colocar (e já se colocam) aos jornalistas. As intervenções nesta matéria andaram entre a polivalência (o jornalista capaz de dominar todas as técnicas próprias do ambiente do ciberjornalismo) e a especialização (domínio especifico de algumas dessas técnicas – vídeo, infografia – mas não todas). Anexadas a estas duas perspectivas, emerge a questão da própria formação dos jornalistas não apenas em ambiente académico, mas também profissional.
Por outro lado, a questão da polivalência questiona a própria função dos jornalistas que entre tantas ferramentas que necessitam dominar, lhes restará pouco tempo para fazer aquilo que é realmente a sua função: informar.
Bem a propósito, Mark Deuze, falava na sua intervenção (videoconferência) que o poder cultural do jornalismo e dos jornalistas nas sociedades está a diminuir, transferindo-se para dois outros campos: o das audiências (que agora também são produtores) e o dos empregadores dos media. Deuze concluiu que provavelmente continuaremos a precisar de jornalistas, mas não do actual tipo de jornalistas, aludindo à necessidade de uma nova cultura profissional.
2º O jornalismo do futuro. Está inerente à questão anterior. A tecnologia tem mostrado ser demasiado rápida em função do aproveitamento que dela se consegue fazer. O surgimento de novas ferramentas coloca ao jornalismo (e às empresas de media) frequentes questões. Disso falou a professora e investigadora brasileira Beth Saad Corrêa que colocou o jornalismo num contexto de uma parafernália de funcionalidades. O ciberjopnalismo Web 2.0 convoca também um jornalista com um perfil distinto daquele que conhecemos. Saad Corrêa propõe o “jornalista estrategista” que vai para além da simples produção de texto e que é capaz de usar e gerenciar todas as ferramentas disponíveis no contexto da Web 2.0.
Por outro lado, num tal cenário é importante não perder de vista as próprias empresas, o ensino do jornalismo e sobretudo o utilizador dos novos media na medida em que num tal contexto revela-se muito importante a adopção de estratégias tendentes à aproximação dos cibernautas.
3º A convergência. Foi o tema transversal a praticamente todas as intervenções. Convergência na narrativa, no perfil do jornalista e nas organizações jornalísticas. Para Ramón Salaverria a convergência é um processo inevitável. Aquele que é considerado um dos mais prestigiados investigadores nesta matéria sublinhou que essa convergência passa pelo multimédia em vez do many media, que é o cenário actual, ou seja a junção dos vários media e não a criação de um verdadeiro novo conceito. Aliás, Mário Táscon sublinharia na sua intervenção que a internet é muito mais do que a soma das suas partes aludindo à precaução que é preciso ter com os modelos híbridos.
A convergência tem subjacente um novo conceito e cultura para os media bem como para os seus profissionais o que passa, uma vez mais, pela formação, pela colocação em prática de novas narrativas e práticas discursivas que resultam do uso de uma nova linguagem. Tascón apresentou, ainda que sucintamente, um novo modelo de organização da redacção que se caracteriza pela sua estruturação em rede, na qual todos os seus elementos estão em condições de comunicar uns com os outros.
Aliás, no plano da organização jornalística, o termo comunicação parece ser a chave para a convergência. Salaverria sublinhou que o mais importante não é que as redacções se reúnam, mas sim que comuniquem entre si.
A ideia de convergência convoca ainda a dimensão da narrativa. Ou seja, se os jornalistas têm hoje ao seu dispor um conjunto de ferramentas várias (hipertextuais, multimédia, interactivas etc) e partindo do pressuposto que as sabem usar, como se deve contar uma estória? Neste campo foram enunciadas várias experiências levadas a cabo pelos vários meios de comunicação social e que demonstram alguma actividade neste domínio, mesmo no contexto português, quanto ao uso de vídeo, áudio, infografia etc.
Mais sobre o congresso aqui.
Das várias e interessantes sessões e comunicações apresentadas destacaria três eixos que me parecem ter sido transversais às várias intervenções:
1ª O jornalista do futuro. Que profissional e perfil serão necessários para enfrentar todos os desafios que se vão colocar (e já se colocam) aos jornalistas. As intervenções nesta matéria andaram entre a polivalência (o jornalista capaz de dominar todas as técnicas próprias do ambiente do ciberjornalismo) e a especialização (domínio especifico de algumas dessas técnicas – vídeo, infografia – mas não todas). Anexadas a estas duas perspectivas, emerge a questão da própria formação dos jornalistas não apenas em ambiente académico, mas também profissional.
Por outro lado, a questão da polivalência questiona a própria função dos jornalistas que entre tantas ferramentas que necessitam dominar, lhes restará pouco tempo para fazer aquilo que é realmente a sua função: informar.
Bem a propósito, Mark Deuze, falava na sua intervenção (videoconferência) que o poder cultural do jornalismo e dos jornalistas nas sociedades está a diminuir, transferindo-se para dois outros campos: o das audiências (que agora também são produtores) e o dos empregadores dos media. Deuze concluiu que provavelmente continuaremos a precisar de jornalistas, mas não do actual tipo de jornalistas, aludindo à necessidade de uma nova cultura profissional.
2º O jornalismo do futuro. Está inerente à questão anterior. A tecnologia tem mostrado ser demasiado rápida em função do aproveitamento que dela se consegue fazer. O surgimento de novas ferramentas coloca ao jornalismo (e às empresas de media) frequentes questões. Disso falou a professora e investigadora brasileira Beth Saad Corrêa que colocou o jornalismo num contexto de uma parafernália de funcionalidades. O ciberjopnalismo Web 2.0 convoca também um jornalista com um perfil distinto daquele que conhecemos. Saad Corrêa propõe o “jornalista estrategista” que vai para além da simples produção de texto e que é capaz de usar e gerenciar todas as ferramentas disponíveis no contexto da Web 2.0.
Por outro lado, num tal cenário é importante não perder de vista as próprias empresas, o ensino do jornalismo e sobretudo o utilizador dos novos media na medida em que num tal contexto revela-se muito importante a adopção de estratégias tendentes à aproximação dos cibernautas.
3º A convergência. Foi o tema transversal a praticamente todas as intervenções. Convergência na narrativa, no perfil do jornalista e nas organizações jornalísticas. Para Ramón Salaverria a convergência é um processo inevitável. Aquele que é considerado um dos mais prestigiados investigadores nesta matéria sublinhou que essa convergência passa pelo multimédia em vez do many media, que é o cenário actual, ou seja a junção dos vários media e não a criação de um verdadeiro novo conceito. Aliás, Mário Táscon sublinharia na sua intervenção que a internet é muito mais do que a soma das suas partes aludindo à precaução que é preciso ter com os modelos híbridos.
A convergência tem subjacente um novo conceito e cultura para os media bem como para os seus profissionais o que passa, uma vez mais, pela formação, pela colocação em prática de novas narrativas e práticas discursivas que resultam do uso de uma nova linguagem. Tascón apresentou, ainda que sucintamente, um novo modelo de organização da redacção que se caracteriza pela sua estruturação em rede, na qual todos os seus elementos estão em condições de comunicar uns com os outros.
Aliás, no plano da organização jornalística, o termo comunicação parece ser a chave para a convergência. Salaverria sublinhou que o mais importante não é que as redacções se reúnam, mas sim que comuniquem entre si.
A ideia de convergência convoca ainda a dimensão da narrativa. Ou seja, se os jornalistas têm hoje ao seu dispor um conjunto de ferramentas várias (hipertextuais, multimédia, interactivas etc) e partindo do pressuposto que as sabem usar, como se deve contar uma estória? Neste campo foram enunciadas várias experiências levadas a cabo pelos vários meios de comunicação social e que demonstram alguma actividade neste domínio, mesmo no contexto português, quanto ao uso de vídeo, áudio, infografia etc.
Mais sobre o congresso aqui.
terça-feira, dezembro 09, 2008
Doutoramento em rádio
João Paulo Menezes defende no dia 11, na Universidade de Vigo, a sua tese de doutoramento com o título “O consumo activo dos novos utilizadores na Internet: ameaças e oportunidades para a rádio musical (digitalizada)”.
A investigação de JPM junta-se a outras teses de doutoramento sobre a rádio portuguesa e das quais destaco as seguintes:
MEDITSCH, Eduardo (1996) "A especificidade do rádio informativo: um estudo da construção, discurso e objectivação da informação jornalística no rádio, a partir de emissoras especializadas de Portugal e do Brasil em meados da década de 90". Universidade Nova de Lisboa - Publicada pela Minerva (1998) sob o título A Rádio na Era da Informação.
MELO, Rui de. "O Digital Audio Broadcasting e as implicações nos conteúdos radiofónicos". Universidad Pontificia de Salamanca. Publicado pela Universidade Fernando Pessoa sob o título A Rádio e a Sociedade de Informação (2001).
REIS, Filipe (2006) "Comunidades radiofónicas: um estudo etnográfico sobre a radiodifusão local em Portugal". ISCTE.
CORDEIRO, Paula (2007) "Estratégias de programação na rádio em Portugal: o caso da RFM na transição para o digital". Universidade Nova de Lisboa.
A investigação de JPM junta-se a outras teses de doutoramento sobre a rádio portuguesa e das quais destaco as seguintes:
MEDITSCH, Eduardo (1996) "A especificidade do rádio informativo: um estudo da construção, discurso e objectivação da informação jornalística no rádio, a partir de emissoras especializadas de Portugal e do Brasil em meados da década de 90". Universidade Nova de Lisboa - Publicada pela Minerva (1998) sob o título A Rádio na Era da Informação.
MELO, Rui de. "O Digital Audio Broadcasting e as implicações nos conteúdos radiofónicos". Universidad Pontificia de Salamanca. Publicado pela Universidade Fernando Pessoa sob o título A Rádio e a Sociedade de Informação (2001).
REIS, Filipe (2006) "Comunidades radiofónicas: um estudo etnográfico sobre a radiodifusão local em Portugal". ISCTE.
CORDEIRO, Paula (2007) "Estratégias de programação na rádio em Portugal: o caso da RFM na transição para o digital". Universidade Nova de Lisboa.
quinta-feira, dezembro 04, 2008
Dodge Journey
Um repórter pelo país.
Um projecto interessante e um exemplo mais de como a rádio informativa pode potenciar a sua presença na Internet.
Ontem passou um mês desde o início do trabalho levado a cabo pelo jornalista Rui Miguel Silva.
Para seguir aqui.
Um projecto interessante e um exemplo mais de como a rádio informativa pode potenciar a sua presença na Internet.
Ontem passou um mês desde o início do trabalho levado a cabo pelo jornalista Rui Miguel Silva.
Para seguir aqui.
quarta-feira, dezembro 03, 2008
Rádio e Jornalismo
O Rádio e Jornalismo assinala hoje três anos de existência.
Obrigado aos que por aqui têm passado.
Obrigado aos que por aqui têm passado.
sexta-feira, novembro 28, 2008
O que mudou nas rádios locais…
… é o tema de uma tese de mestrado defendida em Outubro na Universidade da Beira Interior por Daniela Silva.
A autora começa por criar um breve contexto histórico das rádios locais em Portugal, sublinhando os aspectos que marcaram o seu aparecimento e analisando as transformações ocorridas no plano legislativo.
Partindo do pressuposto de que em 19 anos de existência de rádios locais em Portugal, o cenário destas emissoras se modificou, Daniela Silva procura na sua investigação perceber o que realmente mudou e quais as razões para isso.
A investigadora realizou entrevistas a duas personalidades que estiveram ligadas à radiodifusão local portuguesa (António Colaço e José Faustino) e analisa as respostas ao inquérito que submeteu às rádios locais.
Daniela Silva divide a sua investigação em seis grandes itens: Propriedade e Direcção, Recursos Humanos, Condições Técnicas, Audiência, Publicidade e Programação:
Da leitura da sua tese pode-se concluir que as principais transformações ocorridas nas rádios locais portuguesas situam-se ao nível da tecnologia, com destaque para a presença na Internet. Segundo os respondentes, quase todas as rádios estão presentes na rede global, sendo que no “Centro como no Sul, as respostas afirmativas atingiram os 100%”.
No entanto, as potencialidades da Internet parecem não ser totalmente aproveitadas pelas emissoras locais, por exemplo no que diz respeito à disponibilização de programas em podcast. Um dado que a Entidade Reguladora da Comunicação no seu relatório referente a 2007, também tinha notado.
Há, no entanto, um dado que me surpreende e que tem a ver com a informação: Segundo Daniela Silva, há hoje mais espaço para a informação nas rádios locais, do que há 20 anos. Acredito que sim, mas seria curioso saber que informação: local, nacional …
A investigadora conclui:
“Traçando o perfil das rádios locais actuais, ou seja, das rádios locais 20 anos depois da legalização, podemos dizer que a rádio de âmbito local, pertence a uma cooperativa, não está ligada a grupos media e tem na sua direcção entre quatro a sete pessoas. Remunera, em média, dois jornalistas, dois comerciais, dois técnicos e um director. Continua a existir algum voluntariado e, por isso mesmo, colaboradores não remunerados. As rádios empregam jornalistas com e sem formação académica. As instalações das rádios são instalações próprias e nelas existe, em média, um estúdio. A recolha de som é feita com Mini-disc e Gravador MP3. As rádios locais têm sítio na Internet e emissão Online, com o objectivo de chegar ao maior número de pessoas possível e de conquistar mais anunciantes. O Podcast é ainda muito raro.(…)“
Os meus parabéns à nova mestre e agradeço a Daniela Silva ter-me enviado a sua tese.
Leitura: SILVA, Daniela (2008). As Rádios Locais: o que mudou desde 1989?, Tese de Mestrado. Universidade da Beira Interior.
Orientação: João Canavilhas.
A autora começa por criar um breve contexto histórico das rádios locais em Portugal, sublinhando os aspectos que marcaram o seu aparecimento e analisando as transformações ocorridas no plano legislativo.
Partindo do pressuposto de que em 19 anos de existência de rádios locais em Portugal, o cenário destas emissoras se modificou, Daniela Silva procura na sua investigação perceber o que realmente mudou e quais as razões para isso.
A investigadora realizou entrevistas a duas personalidades que estiveram ligadas à radiodifusão local portuguesa (António Colaço e José Faustino) e analisa as respostas ao inquérito que submeteu às rádios locais.
Daniela Silva divide a sua investigação em seis grandes itens: Propriedade e Direcção, Recursos Humanos, Condições Técnicas, Audiência, Publicidade e Programação:
Da leitura da sua tese pode-se concluir que as principais transformações ocorridas nas rádios locais portuguesas situam-se ao nível da tecnologia, com destaque para a presença na Internet. Segundo os respondentes, quase todas as rádios estão presentes na rede global, sendo que no “Centro como no Sul, as respostas afirmativas atingiram os 100%”.
No entanto, as potencialidades da Internet parecem não ser totalmente aproveitadas pelas emissoras locais, por exemplo no que diz respeito à disponibilização de programas em podcast. Um dado que a Entidade Reguladora da Comunicação no seu relatório referente a 2007, também tinha notado.
Há, no entanto, um dado que me surpreende e que tem a ver com a informação: Segundo Daniela Silva, há hoje mais espaço para a informação nas rádios locais, do que há 20 anos. Acredito que sim, mas seria curioso saber que informação: local, nacional …
A investigadora conclui:
“Traçando o perfil das rádios locais actuais, ou seja, das rádios locais 20 anos depois da legalização, podemos dizer que a rádio de âmbito local, pertence a uma cooperativa, não está ligada a grupos media e tem na sua direcção entre quatro a sete pessoas. Remunera, em média, dois jornalistas, dois comerciais, dois técnicos e um director. Continua a existir algum voluntariado e, por isso mesmo, colaboradores não remunerados. As rádios empregam jornalistas com e sem formação académica. As instalações das rádios são instalações próprias e nelas existe, em média, um estúdio. A recolha de som é feita com Mini-disc e Gravador MP3. As rádios locais têm sítio na Internet e emissão Online, com o objectivo de chegar ao maior número de pessoas possível e de conquistar mais anunciantes. O Podcast é ainda muito raro.(…)“
Os meus parabéns à nova mestre e agradeço a Daniela Silva ter-me enviado a sua tese.
Leitura: SILVA, Daniela (2008). As Rádios Locais: o que mudou desde 1989?, Tese de Mestrado. Universidade da Beira Interior.
Orientação: João Canavilhas.
terça-feira, novembro 18, 2008
A Irmandade do Éter
Um novo blogue sobre rádio.
A Irmandade do Éter junta sete apaixonados pela rádio, entre eles o meu amigo Francisco Mateus.
Felicidades para a nova aventura.
A Irmandade do Éter junta sete apaixonados pela rádio, entre eles o meu amigo Francisco Mateus.
Felicidades para a nova aventura.
segunda-feira, novembro 17, 2008
A nova lei da rádio e a informação local
O ministro Augusto Santos Silva anunciou durante o XI Congresso de Radiodifusão algumas das medidas que pretende implementar em sede de revisão da Lei da Rádio.
Julgo que as principais alterações se podem resumir do seguinte modo:
- Facilitar processos de cooperação entre as rádios
- Abrir caminho a uma maior concentração no sector da radiodifusão local
- Acabar com a obrigação das rádios locais emitirem pelo menos três noticiários diários sobre a sua área de cobertura
- Facilitar a constituição de cadeias de rádio
- Proceder a alterações ao nível das regras para classificação de rádio temática.
É curioso notar que a tendência seja agora a de facilitar aquilo que em tempos era visto como algo prejudicial para o desenvolvimento da radiodifusão local portuguesa, nomeadamente no que diz respeito à concentração e à existência de cadeias de rádio, dois cenários que sempre foram alvo de medidas legislativas apertadas por se considerar que poderiam pôr em causa os princípios das rádios locais.
É certo que aquilo que se lê na comunicação social é muito pouco para se ter uma opinião mais sustentada sobre as propostas para uma nova lei da Rádio, mas há alguns dados que merecem reflexão.
Por exemplo o que significará na prática dizer que “o caminho de desenvolvimento do meio rádio português passa por alguma concentração”?
Duas outras medidas sugerem-me alguma perplexidade se se tiver em conta que as rádios locais devem servir para a reprodução dos discursos locais (foi para isso que foram criadas, certo?).
Refiro-me, em concreto, a dois aspectos: o fim da obrigatoriedade de emissão de três noticiários com informação local e a alteração das regras para a definição de rádios temáticas.
Daquilo que conheço, quando as rádios locais não forem obrigadas a fazer noticiários com informação local, simplesmente deixarão de emitir qualquer noticiário.
Tem razão Eduardo Meditsch quando afirma que as rádios emitem informação actualmente por dois motivos: “força do hábito ou de lei” (Meditsch, 1999:21).
Não havendo a lei…
É preciso também perceber o que significa dizer que as rádios locais passarão a ser obrigadas apenas a fazer a “cobertura informativa, em moldes que serão estabelecidos pela rádio e cujo cumprimento será fiscalizado pelo regulador.”
Passam a ter que fazer a cobertura jornalística de cerimónias, de grandes acontecimentos locais (normalmente promovidos pelas autarquias)? A ter um programa de informação? Diário? Semanal? Se a informação não for diária, haverá rádio local neste país que queira ter jornalistas nos seus quadros?
Já quanto às mudanças das regras para a classificação de rádio temática, acredito que quando todas as emissoras puderem ser assim classificadas, a tendência será para optarem pela classificação de temáticas musicais, tal como hoje sucede com aquelas que decidiram especializar-se num tipo de programação.
Num tal quadro, onde fica a informação local?
Acredito que estas medidas estejam ainda a ser alvo de reflexão por parte dos intervenientes, por isso, é de aguardar por mais desenvolvimentos. De qualquer forma, e num quadro que tende para a uniformização da oferta da rádio em Portugal, a informação, e em particular a local, poderá apresentar-se como um elemento diferenciador, desde que claro, seja feita por jornalistas e não por outras figuras, como o tal “radialista”.
Já me parece muito positivo que o Governo tenha a intenção de, finalmente, estabelecer níveis que diferenciem as rádios locais. Tratar por igual uma rádio da Grande Lisboa e outra do interior alentejano, por exemplo, parece-me absurdo.
As propostas para a nova Lei da Rádio aqui.
Julgo que as principais alterações se podem resumir do seguinte modo:
- Facilitar processos de cooperação entre as rádios
- Abrir caminho a uma maior concentração no sector da radiodifusão local
- Acabar com a obrigação das rádios locais emitirem pelo menos três noticiários diários sobre a sua área de cobertura
- Facilitar a constituição de cadeias de rádio
- Proceder a alterações ao nível das regras para classificação de rádio temática.
É curioso notar que a tendência seja agora a de facilitar aquilo que em tempos era visto como algo prejudicial para o desenvolvimento da radiodifusão local portuguesa, nomeadamente no que diz respeito à concentração e à existência de cadeias de rádio, dois cenários que sempre foram alvo de medidas legislativas apertadas por se considerar que poderiam pôr em causa os princípios das rádios locais.
É certo que aquilo que se lê na comunicação social é muito pouco para se ter uma opinião mais sustentada sobre as propostas para uma nova lei da Rádio, mas há alguns dados que merecem reflexão.
Por exemplo o que significará na prática dizer que “o caminho de desenvolvimento do meio rádio português passa por alguma concentração”?
Duas outras medidas sugerem-me alguma perplexidade se se tiver em conta que as rádios locais devem servir para a reprodução dos discursos locais (foi para isso que foram criadas, certo?).
Refiro-me, em concreto, a dois aspectos: o fim da obrigatoriedade de emissão de três noticiários com informação local e a alteração das regras para a definição de rádios temáticas.
Daquilo que conheço, quando as rádios locais não forem obrigadas a fazer noticiários com informação local, simplesmente deixarão de emitir qualquer noticiário.
Tem razão Eduardo Meditsch quando afirma que as rádios emitem informação actualmente por dois motivos: “força do hábito ou de lei” (Meditsch, 1999:21).
Não havendo a lei…
É preciso também perceber o que significa dizer que as rádios locais passarão a ser obrigadas apenas a fazer a “cobertura informativa, em moldes que serão estabelecidos pela rádio e cujo cumprimento será fiscalizado pelo regulador.”
Passam a ter que fazer a cobertura jornalística de cerimónias, de grandes acontecimentos locais (normalmente promovidos pelas autarquias)? A ter um programa de informação? Diário? Semanal? Se a informação não for diária, haverá rádio local neste país que queira ter jornalistas nos seus quadros?
Já quanto às mudanças das regras para a classificação de rádio temática, acredito que quando todas as emissoras puderem ser assim classificadas, a tendência será para optarem pela classificação de temáticas musicais, tal como hoje sucede com aquelas que decidiram especializar-se num tipo de programação.
Num tal quadro, onde fica a informação local?
Acredito que estas medidas estejam ainda a ser alvo de reflexão por parte dos intervenientes, por isso, é de aguardar por mais desenvolvimentos. De qualquer forma, e num quadro que tende para a uniformização da oferta da rádio em Portugal, a informação, e em particular a local, poderá apresentar-se como um elemento diferenciador, desde que claro, seja feita por jornalistas e não por outras figuras, como o tal “radialista”.
Já me parece muito positivo que o Governo tenha a intenção de, finalmente, estabelecer níveis que diferenciem as rádios locais. Tratar por igual uma rádio da Grande Lisboa e outra do interior alentejano, por exemplo, parece-me absurdo.
As propostas para a nova Lei da Rádio aqui.
quinta-feira, novembro 13, 2008
Prémio para a TSF
A reportagem da TSF "Dari, Primata como Nós” da autoria de Carlos Vaz Marques foi a vencedora do prémio Fundação Ilídio Pinho.
No site do Sindicato dos Jornalistas lê-se o seguinte sobre a reportagem:
O repórter conta a história em voz própria, através de entrevistas aos participantes e recorre ao ambiente sonoro da selva africana, o que dá ao trabalho algum dramatismo, que entusiasma e “puxa” o ouvinte para dentro da acção. Uma entrevista à cientista que lidera o projecto contextualiza e dá sentido e profundidade à reportagem, mostrando que a vida comunitária de uma tribo de macacos na floresta da Guiné-Bissau e a sociedade humana têm muito mais em comum do que possa parecer.
Para voltar a ouvir ou escutar pela primeira vez: Dari, Primata como Nós
No site do Sindicato dos Jornalistas lê-se o seguinte sobre a reportagem:
O repórter conta a história em voz própria, através de entrevistas aos participantes e recorre ao ambiente sonoro da selva africana, o que dá ao trabalho algum dramatismo, que entusiasma e “puxa” o ouvinte para dentro da acção. Uma entrevista à cientista que lidera o projecto contextualiza e dá sentido e profundidade à reportagem, mostrando que a vida comunitária de uma tribo de macacos na floresta da Guiné-Bissau e a sociedade humana têm muito mais em comum do que possa parecer.
Para voltar a ouvir ou escutar pela primeira vez: Dari, Primata como Nós
quarta-feira, novembro 12, 2008
Sugestões
Para ouvir (e ver) mais logo no Rádio Clube. Até pode ser interessante.
Para os que se interessam por rádio e comunicação política. Um chat sobre a cobertura da NPR das eleições norte-americanas
Para o fim-de-semana.
O encontro de blogues na Universidade Católica, em Lisboa
E o Congresso de Radiodifusão, em Vila Real.
Para os que se interessam por rádio e comunicação política. Um chat sobre a cobertura da NPR das eleições norte-americanas
Para o fim-de-semana.
O encontro de blogues na Universidade Católica, em Lisboa
E o Congresso de Radiodifusão, em Vila Real.
terça-feira, novembro 04, 2008
A campanha na rádio
O tema do momento é mesmo a eleição do próximo presidente norte-americano.
Aqui fica uma sugestão de leitura do último texto da provedora da NPR. O texto debruça-se sobre a forma como os ouvintes da rádio pública dos Estados Unidos estão a olhar para a cobertura jornalística da campanha.
Escreve Alicia C. Shepard:
On Obama and Biden, Morning Edition ran 74 stories in 5 hours and 1 minute and ATC ran 72 stories in 4 hours and 6 minutes, for a total of 146 stories that covered 9 hours and 7 minutes.
Of the 429 stories studied, 115 focused about equally on both candidates.
Overall, McCain and Palin got nearly two more hours of air time on NPR than Obama-Biden.
So, do these statistics mean that NPR is biased toward McCain?
A resposta está no texto.
Aqui fica uma sugestão de leitura do último texto da provedora da NPR. O texto debruça-se sobre a forma como os ouvintes da rádio pública dos Estados Unidos estão a olhar para a cobertura jornalística da campanha.
Escreve Alicia C. Shepard:
On Obama and Biden, Morning Edition ran 74 stories in 5 hours and 1 minute and ATC ran 72 stories in 4 hours and 6 minutes, for a total of 146 stories that covered 9 hours and 7 minutes.
Of the 429 stories studied, 115 focused about equally on both candidates.
Overall, McCain and Palin got nearly two more hours of air time on NPR than Obama-Biden.
So, do these statistics mean that NPR is biased toward McCain?
A resposta está no texto.
segunda-feira, novembro 03, 2008
Nas eleições americanas, em inglês
Tenho apreciado muito as reportagens na rádio a propósito das eleições nos Estados Unidos. Têm-nos trazido uma América interessante. Acompanho, em especial, os trabalhos da Antena 1 e da TSF. Só não entendo porque é que a TSF persiste em não dobrar um único som, seja longo, curto...
quarta-feira, outubro 29, 2008
Rádio Europa vai fechar
É pelo menos essa a ideia da Rádio França Internacional (RFI) que segundo o Expresso Online pretende encerrar a sua filial em Lisboa, a Rádio Europa, antiga Rádio Paris-Lisboa.
A decisão de encerrar justifica-se pela reorientação "estratégica" da emissora.
Lê-se na notícia do Expresso:
A ideia de fechar a Rádio Europa já é antiga e recolheu, designadamente, há cerca de um ano, o parecer favorável da Embaixada da França em Portugal, que considera a emissora "sem interesse", segundo disse ao Expresso uma fonte diplomática francesa.
A representação francesa em Portugal justificou, então, o seu parecer com as "audiências muito fracas" e a "inviabilidade financeira" da antiga Rádio Paris-Lisboa.
Antonieta Lopes da Costa, directora da Rádio Europa, disse ao Expresso não ter ainda "conhecimento oficial" da venda ou encerramento da estação emissora, mas admitiu que a decisão do Conselho de Administração da RFI seja a venda.
"Suspeito que a decisão seja a de vender a Rádio Europa, mas ainda não tive nenhuma reunião com a administração da RFI sobre o assunto", disse Antonieta Lopes da Costa.
A Rádio Europa, onde trabalham 16 pessoas, utiliza a frequência 90.4FM e identifica-se como uma estação que "aposta numa informação credível e rigorosa sobre a actualidade e está atenta aos novos desafios que se colocam aos cidadãos europeus do século XXI".
Act.(3 de Novembro 08) No blogue Jazza-me muito... é dito que a Rádio Europa-Lisboa não vai encerrar.
A decisão de encerrar justifica-se pela reorientação "estratégica" da emissora.
Lê-se na notícia do Expresso:
A ideia de fechar a Rádio Europa já é antiga e recolheu, designadamente, há cerca de um ano, o parecer favorável da Embaixada da França em Portugal, que considera a emissora "sem interesse", segundo disse ao Expresso uma fonte diplomática francesa.
A representação francesa em Portugal justificou, então, o seu parecer com as "audiências muito fracas" e a "inviabilidade financeira" da antiga Rádio Paris-Lisboa.
Antonieta Lopes da Costa, directora da Rádio Europa, disse ao Expresso não ter ainda "conhecimento oficial" da venda ou encerramento da estação emissora, mas admitiu que a decisão do Conselho de Administração da RFI seja a venda.
"Suspeito que a decisão seja a de vender a Rádio Europa, mas ainda não tive nenhuma reunião com a administração da RFI sobre o assunto", disse Antonieta Lopes da Costa.
A Rádio Europa, onde trabalham 16 pessoas, utiliza a frequência 90.4FM e identifica-se como uma estação que "aposta numa informação credível e rigorosa sobre a actualidade e está atenta aos novos desafios que se colocam aos cidadãos europeus do século XXI".
Act.(3 de Novembro 08) No blogue Jazza-me muito... é dito que a Rádio Europa-Lisboa não vai encerrar.
segunda-feira, outubro 27, 2008
Sinal dos tempos...
... este fim-de-semana as televisões encheram-se de imagens produzidas pela rádio.
A TSF, para além de conseguir para a rádio uma entrevista com o primeiro-ministro, conseguiu também potenciar a conversa, a Internet e, no fundo, a rádio.
A TSF, para além de conseguir para a rádio uma entrevista com o primeiro-ministro, conseguiu também potenciar a conversa, a Internet e, no fundo, a rádio.
segunda-feira, outubro 20, 2008
Novo site da Antena 1
A Antena 1 vai renovar o site em Novembro. É uma boa notícia, pois, entre a concorrência, o sítio da Antena 1 é de longe o menos interessante, pelo menos no que à informação diz respeito.
Via Meios&Publicidade.
Via Meios&Publicidade.
sexta-feira, outubro 17, 2008
Acerca dos noticiários da rádio
Um excelente texto da provedora do ouvinte da NPR.
A propósito da cobertura da campanha eleitoral para as presidênciais norte-americanas, Alicia C. Shepard escreve um interessante texto sobre a importância dos noticiários da rádio, do som e da inclusão de declarações de protagonistas nas notícias, do tempo na rádio e da dificuldade de (lá como cá) encontrar o equilibrio no que diz respeito à cobertura de candidatos quando em campanha.
Para ler: Balancing the newscasts
A propósito da cobertura da campanha eleitoral para as presidênciais norte-americanas, Alicia C. Shepard escreve um interessante texto sobre a importância dos noticiários da rádio, do som e da inclusão de declarações de protagonistas nas notícias, do tempo na rádio e da dificuldade de (lá como cá) encontrar o equilibrio no que diz respeito à cobertura de candidatos quando em campanha.
Para ler: Balancing the newscasts
quinta-feira, outubro 16, 2008
Sobre uma "nova rádio"
A sessão que juntou os responsáveis pelo multimédia da RDP, TSF, RR e Média Capital foi muito interessante e dela retiro a ideia de que em matéria de futuro da rádio há mais interrogações do que propriamente certezas.
Ou melhor, uma das certezas parece agora assentar em discursos mais cautelosos sobre a já há muito anunciada "morte da rádio". Com efeito, já ninguém arrisca dizer que a rádio vai morrer, mas sim que a emergência das novas tecnologias está a questionar a rádio tal como hoje a conhecemos. O discurso, pelo menos daqueles que participaram na sessão, aponta para o cenário de uma rádio que viverá de multiplas plataformas onde convive o som, o vídeo, o texto, a fotografia etc. Num tal cenário, a rádio proporciona informação personalizada e serve de palco para redes sociais.
Já sobre o caminho para lá chegar é que voltamos a encontrar algum desencontro nos discursos. Por exemplo, Carlos Marques, da Media Capital, considera que o futuro da rádio passa por um cenário a que chamou de "digi-media". Trata-se de um cenário onde convive a distribuição multiplataforma: FM+digital+net+mobile+cabo. A rádio disponibilizará serviços e conteúdos multimédia e proporcionará dinâmicas de envolvimento com o ouvinte. O que distingue, segundo percebi, o discurso de Carlos Marques dos restantes é naquilo que deve ser o eixo fundamental dessa "nova rádio". Para o director multimédia da Média Capital Rádios, esse eixo é o som. É em volta dele que todas as outras ferramentas devem crescer e desenvolver-se.
Fiquei com a ideia que para Pedro Leal, da Renascença, a rádio do futuro passa por um cenário semelhante, mas a aposta é sobretudo ao nível da imagem e muito em particular do vídeo, como aliás, já hoje acontece no site da RR.
Rui Pêgo, da RDP, considerou menos relevante discutir se tudo isto de que falamos (som e imagem e texto e fotografia etc) ainda é rádio. Julgo que este é o principal aspecto: saber se ainda é rádio. Por vezes é bom regressar à origem dos conceitos para percebermos o que está a montante.
Rádio é som. E isto, parecendo uma evidência, não é irrelevante porquanto a rádio é o que é precisamente porque se baseia numa comunicação sonora. Se ouvimos rádio enquanto conduzimos é porque precisamos de uma forma de comunicação que não requeira o nosso olhar. Se ouvimos rádio de manhã para saber as últimas é porque a rádio, enquanto meio sonoro, é o único que nos pode facultar de forma rápida e imediata essas informações e nós podemos consumi-las partilhando a sua escuta com uma série de outras actividades.
A net convoca a totalidade da nossa atenção e exige-nos uma resposta. E nós respondemos, caso contrário não é net. A rádio guia o nosso quotidiano e para isso ela tem que estar ao nosso lado sem nos impossibilitar de viver esse quotidiano.
Independentemente do conjunto de ferramentas e serviços que a rádio do futuro nos proporcionará, o ser humano continuará, seguramente, a necessitar de saber do mundo no momento em que o vive.
A Internet é, garantidamente, uma excelente oportunidade para renovar a rádio.
Ou melhor, uma das certezas parece agora assentar em discursos mais cautelosos sobre a já há muito anunciada "morte da rádio". Com efeito, já ninguém arrisca dizer que a rádio vai morrer, mas sim que a emergência das novas tecnologias está a questionar a rádio tal como hoje a conhecemos. O discurso, pelo menos daqueles que participaram na sessão, aponta para o cenário de uma rádio que viverá de multiplas plataformas onde convive o som, o vídeo, o texto, a fotografia etc. Num tal cenário, a rádio proporciona informação personalizada e serve de palco para redes sociais.
Já sobre o caminho para lá chegar é que voltamos a encontrar algum desencontro nos discursos. Por exemplo, Carlos Marques, da Media Capital, considera que o futuro da rádio passa por um cenário a que chamou de "digi-media". Trata-se de um cenário onde convive a distribuição multiplataforma: FM+digital+net+mobile+cabo. A rádio disponibilizará serviços e conteúdos multimédia e proporcionará dinâmicas de envolvimento com o ouvinte. O que distingue, segundo percebi, o discurso de Carlos Marques dos restantes é naquilo que deve ser o eixo fundamental dessa "nova rádio". Para o director multimédia da Média Capital Rádios, esse eixo é o som. É em volta dele que todas as outras ferramentas devem crescer e desenvolver-se.
Fiquei com a ideia que para Pedro Leal, da Renascença, a rádio do futuro passa por um cenário semelhante, mas a aposta é sobretudo ao nível da imagem e muito em particular do vídeo, como aliás, já hoje acontece no site da RR.
Rui Pêgo, da RDP, considerou menos relevante discutir se tudo isto de que falamos (som e imagem e texto e fotografia etc) ainda é rádio. Julgo que este é o principal aspecto: saber se ainda é rádio. Por vezes é bom regressar à origem dos conceitos para percebermos o que está a montante.
Rádio é som. E isto, parecendo uma evidência, não é irrelevante porquanto a rádio é o que é precisamente porque se baseia numa comunicação sonora. Se ouvimos rádio enquanto conduzimos é porque precisamos de uma forma de comunicação que não requeira o nosso olhar. Se ouvimos rádio de manhã para saber as últimas é porque a rádio, enquanto meio sonoro, é o único que nos pode facultar de forma rápida e imediata essas informações e nós podemos consumi-las partilhando a sua escuta com uma série de outras actividades.
A net convoca a totalidade da nossa atenção e exige-nos uma resposta. E nós respondemos, caso contrário não é net. A rádio guia o nosso quotidiano e para isso ela tem que estar ao nosso lado sem nos impossibilitar de viver esse quotidiano.
Independentemente do conjunto de ferramentas e serviços que a rádio do futuro nos proporcionará, o ser humano continuará, seguramente, a necessitar de saber do mundo no momento em que o vive.
A Internet é, garantidamente, uma excelente oportunidade para renovar a rádio.
domingo, outubro 12, 2008
Nova lei da rádio para o ano, garante Santos Silva
O ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, garantiu que o Governo irá apresentar no próximo ano à Assembleia da República a nova lei da rádio.
Santos Silva não adiantou os contornos do novo articulado no qual o governo está actualmente a trabalhar, mas sublinhou que a actual lei não foi um impedimento para que o sector progrida apesar da legislação obsoleta.
O ministro falava por ocasião da inauguração das novas instalações da Rádio Vouzela, que não conheço, mas que a avaliar pela notícia do DN fez um forte investimento e está claramente acima da média das rádios locais portuguesas.
Lê-se no DN:
"a rádio passou a dispor de cinco estúdios, para a informação, produção, emissão e entrevistas. Dispõe ainda de um pequeno auditório com capacidade para 70 pessoas e espaços para a administração", frisou o director. Com o aumento do número de estúdios, a VFM "adquiriu novo material informático, novas mesas de mistura e um PA para rentabilizar o auditório com a realização de pequenos concertos e espectáculos"
Notícias do DN e do Público.
Santos Silva não adiantou os contornos do novo articulado no qual o governo está actualmente a trabalhar, mas sublinhou que a actual lei não foi um impedimento para que o sector progrida apesar da legislação obsoleta.
O ministro falava por ocasião da inauguração das novas instalações da Rádio Vouzela, que não conheço, mas que a avaliar pela notícia do DN fez um forte investimento e está claramente acima da média das rádios locais portuguesas.
Lê-se no DN:
"a rádio passou a dispor de cinco estúdios, para a informação, produção, emissão e entrevistas. Dispõe ainda de um pequeno auditório com capacidade para 70 pessoas e espaços para a administração", frisou o director. Com o aumento do número de estúdios, a VFM "adquiriu novo material informático, novas mesas de mistura e um PA para rentabilizar o auditório com a realização de pequenos concertos e espectáculos"
Notícias do DN e do Público.
quinta-feira, outubro 09, 2008
Regresso da reportagem TSF
A reportagem TSF regressa hoje.
O trabalho é de Maria Augusta Casaca e tem por título "Doce amargo sal".
O regresso deste espaço da TSF traz uma novidade que comprova uma vez mais a tendência para a complementaridade entre a rádio hertziana e o site da estação. Para além de poder ouvir a reportagem pode-se aceder a uma galeria de fotos.
A reportagem passa na rádio às 19h15.
O trabalho é de Maria Augusta Casaca e tem por título "Doce amargo sal".
O regresso deste espaço da TSF traz uma novidade que comprova uma vez mais a tendência para a complementaridade entre a rádio hertziana e o site da estação. Para além de poder ouvir a reportagem pode-se aceder a uma galeria de fotos.
A reportagem passa na rádio às 19h15.
terça-feira, outubro 07, 2008
Conferência da ERC
A Entidade Reguladora da Comunicação organiza nos próximos dias 16 e 17, no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, a II Conferência "Por Uma Cultura de Regulação". Do programa destaco, naturalmente, um dos momentos dedicados à rádio:
Às 16h45 decorre a sessão "Impacto Regulatório das Novas Lógicas de Produção Radiofónica. Convergência e web2" com as participações de James Cridland, Head of Future Media and Technology da BBC Audio and Music; Rui Pêgo, Director de Programas da RDP; Arsénio Reis, Director Multimédia da Controlinveste (TSF); Pedro Leal, Responsável pelos Conteúdos Online da R.Renascença e Carlos Marques, Director Multimédia da Media Capital Rádios.
Os comentários estarão a cargo de Francisco José Oliveira, Vice-Presidente da APR.
O programa completo está aqui.
Às 16h45 decorre a sessão "Impacto Regulatório das Novas Lógicas de Produção Radiofónica. Convergência e web2" com as participações de James Cridland, Head of Future Media and Technology da BBC Audio and Music; Rui Pêgo, Director de Programas da RDP; Arsénio Reis, Director Multimédia da Controlinveste (TSF); Pedro Leal, Responsável pelos Conteúdos Online da R.Renascença e Carlos Marques, Director Multimédia da Media Capital Rádios.
Os comentários estarão a cargo de Francisco José Oliveira, Vice-Presidente da APR.
O programa completo está aqui.
quinta-feira, outubro 02, 2008
Vozes
Aqui há tempos, alguém me chamava a atenção para o facto de já não haver personalidades no jornalismo radiofónico. Referia-se às vozes.
E perguntava: quem hoje liga a rádio para ouvir as notícias só porque são ditas por um jornalista em concreto? Ninguém. Respondia.
Sena Santos foi o último que chamava ouvintes para a sua rádio. Ouviam-se as notícias de manhã na TSF porque estava lá o Sena. E depois na Antena 1.
Era por causa do estilo, claro está, mas também da informação, obviamente. E era também pela manutenção da mesma voz durante anos. As rádios (informativas) fidelizavam os ouvintes.
Hoje os tempos são outros. As manhãs, período nobre da rádio, e das notícias, conhecem pivots de forma rotativa. Pedro Pinheiro, depois Helena Vieira, depois Pedro Pinheiro e depois... Na Renascença era o Arsénio Reis, depois o José Pedro Frazão. A Antena 1 depois de Sena Santos, José Guerreiro, que era dos que mais tempo ficou, prolongando o estilo do seu mestre.
Agora Eduarda Maio. Ouvi hoje pela primeira vez.
Começou um novo ciclo nas manhãs da rádio pública.
Tenho que ouvir mais vezes.
E perguntava: quem hoje liga a rádio para ouvir as notícias só porque são ditas por um jornalista em concreto? Ninguém. Respondia.
Sena Santos foi o último que chamava ouvintes para a sua rádio. Ouviam-se as notícias de manhã na TSF porque estava lá o Sena. E depois na Antena 1.
Era por causa do estilo, claro está, mas também da informação, obviamente. E era também pela manutenção da mesma voz durante anos. As rádios (informativas) fidelizavam os ouvintes.
Hoje os tempos são outros. As manhãs, período nobre da rádio, e das notícias, conhecem pivots de forma rotativa. Pedro Pinheiro, depois Helena Vieira, depois Pedro Pinheiro e depois... Na Renascença era o Arsénio Reis, depois o José Pedro Frazão. A Antena 1 depois de Sena Santos, José Guerreiro, que era dos que mais tempo ficou, prolongando o estilo do seu mestre.
Agora Eduarda Maio. Ouvi hoje pela primeira vez.
Começou um novo ciclo nas manhãs da rádio pública.
Tenho que ouvir mais vezes.
terça-feira, setembro 23, 2008
José Nuno Martins e a rádio pública
À revista JJ do Clube de Jornalistas o antigo provedor do Ouvinte da RDP, José Nuno Martins, faz um balanço da actividade que desempenhou durante dois anos.
Aqui ficam algumas passagens:
Sobre a Informação: "(...) É pena que não haja um jornalismo mais cosmopolita que além de falar do país pequenino que nós somos, e da pequenina política e da pequena saúde, da pequena justiça de todos os dias e do pequeno futebol ou do grande futebol, não saiba apresentar mais do mundo. Do grande mundo, do vasto mundo. O jornalista também precisa de nos levar a regiões que não conhecemos e de que ouvimos cada vez menos".
Sobre a Antena Aberta: "(...) A Antena Aberta é um meio caótico do ponto de vista conceptual e do ponto de vista funcional. Todos os meios caóticos são pouco tratáveis em televisão e em rádio. Há um depuramento que se exige dos profissionais e dos jornalistas. Um depuramento estético também. Isto não é abrir o microfone e digam para aí o que quiserem. Situações que são de impulso e de primarismo, de falta de preparação específica."
Sobre a Antena 2: "(...) Há um erro interpretativo acerca dos desígnios que são atribuídos pelos ouvintes à Antena 2. Há uma carga tradicional na Antena 2, houve uma evolução de públicos. Eu acho que houve impulsos demasiados quando o novo director tomou conta dos destinos da Antena 2. Há deficites grandes na programação da Antena 2 que se prendem, por exemplo, com a divulgação científica, divulgação de experiências de teatro radiofónico, de radioarte. Tudo são coisas desgarradas não há conceptualização nenhuma a esse nível. O que houve foi a vontade de alterar modelos, paradigmas de programação da própria estação. E com isso o que é resulta? Perdeu-se o público."
Sobre a Antena 3: "(...) Isto é, alguma vez você ouviu falar, por exemplo, sobre fiscalidade? Alguma vez ouviu falar sobre o dia cívico? Alguma vez ouviu questionar a ida de soldados portugueses, gente de 19 anos, para a Bósnia, para o Afeganistão? Faz sentido um país aflito estar a gastar o dinheiro que está a gastar? Isto é uma coisa que merece ser discutida ou não? Faz parte ou não, deve fazer parte ou não?
Eu não estou a dizer que se fale de educação sexual só por se falar, só para encher tempo, porque isso afastaria os ouvintes. O que é preciso é descobrir fórmulas que sejam suficientemente cativantes, muito sustentáveis numa programação musical muito específica, em que obviamente a nova música popular portuguesa tem que ter um desempenho muito grande e deixou de o ter também nesse plano. Acabaram com a “Quinta da 3” e não se vê que tenham feito propostas alternativas a isso."
Sobre o seu desempenho: "(...) eu tenho dúvidas de ter sido o provedor de que as pessoas estavam à espera. O que eu não tenho dúvidas é que fui o provedor que fui capaz de ser. Esforcei-me muito, trabalhei muito. Isto foi muito violento. Foi realmente muito violento. Não é que eu não tenha tido na vida momentos e fases em que não tenha trabalhado ainda mais, mas eu não imaginava que isto fosse tão violento. Se calhar porque não fui ambicioso aqui na constituição… "
Aqui ficam algumas passagens:
Sobre a Informação: "(...) É pena que não haja um jornalismo mais cosmopolita que além de falar do país pequenino que nós somos, e da pequenina política e da pequena saúde, da pequena justiça de todos os dias e do pequeno futebol ou do grande futebol, não saiba apresentar mais do mundo. Do grande mundo, do vasto mundo. O jornalista também precisa de nos levar a regiões que não conhecemos e de que ouvimos cada vez menos".
Sobre a Antena Aberta: "(...) A Antena Aberta é um meio caótico do ponto de vista conceptual e do ponto de vista funcional. Todos os meios caóticos são pouco tratáveis em televisão e em rádio. Há um depuramento que se exige dos profissionais e dos jornalistas. Um depuramento estético também. Isto não é abrir o microfone e digam para aí o que quiserem. Situações que são de impulso e de primarismo, de falta de preparação específica."
Sobre a Antena 2: "(...) Há um erro interpretativo acerca dos desígnios que são atribuídos pelos ouvintes à Antena 2. Há uma carga tradicional na Antena 2, houve uma evolução de públicos. Eu acho que houve impulsos demasiados quando o novo director tomou conta dos destinos da Antena 2. Há deficites grandes na programação da Antena 2 que se prendem, por exemplo, com a divulgação científica, divulgação de experiências de teatro radiofónico, de radioarte. Tudo são coisas desgarradas não há conceptualização nenhuma a esse nível. O que houve foi a vontade de alterar modelos, paradigmas de programação da própria estação. E com isso o que é resulta? Perdeu-se o público."
Sobre a Antena 3: "(...) Isto é, alguma vez você ouviu falar, por exemplo, sobre fiscalidade? Alguma vez ouviu falar sobre o dia cívico? Alguma vez ouviu questionar a ida de soldados portugueses, gente de 19 anos, para a Bósnia, para o Afeganistão? Faz sentido um país aflito estar a gastar o dinheiro que está a gastar? Isto é uma coisa que merece ser discutida ou não? Faz parte ou não, deve fazer parte ou não?
Eu não estou a dizer que se fale de educação sexual só por se falar, só para encher tempo, porque isso afastaria os ouvintes. O que é preciso é descobrir fórmulas que sejam suficientemente cativantes, muito sustentáveis numa programação musical muito específica, em que obviamente a nova música popular portuguesa tem que ter um desempenho muito grande e deixou de o ter também nesse plano. Acabaram com a “Quinta da 3” e não se vê que tenham feito propostas alternativas a isso."
Sobre o seu desempenho: "(...) eu tenho dúvidas de ter sido o provedor de que as pessoas estavam à espera. O que eu não tenho dúvidas é que fui o provedor que fui capaz de ser. Esforcei-me muito, trabalhei muito. Isto foi muito violento. Foi realmente muito violento. Não é que eu não tenha tido na vida momentos e fases em que não tenha trabalhado ainda mais, mas eu não imaginava que isto fosse tão violento. Se calhar porque não fui ambicioso aqui na constituição… "
segunda-feira, setembro 22, 2008
Acerto...
... no regresso das emissões no Rádio e Jornalismo sublinho a rentrée das rádios portuguesas, criando em alguns casos novos programas e noutros mantendo antigas apostas.
O dia de hoje assinalou a nova grelha da TSF que foi explicada recentemente por Paulo Baldaia, o seu director, ao Diário de Notícias. À primeira audição registo como positiva a manutenção da Reportagem TSF, que passa agora para a 5ª feira, em vez de sexta-feira, quando a TSF passará a emitir um novo programa chamado "Governo Sombra", curiosamente à mesma hora a Antena 1 emite o programa de debate e análise política "Contraditório". Num registo de informação útil, parece-me também positivo a continuação e o alargamento de pequenos espaços onde se pretende abordar a saúde (Clínica Geral) ou fiscalidade (Conselho Fiscal).
De negativo: lamento a saída de Denise e Maria Delfina e a não existência, no espaço nocturno, de um programa de análise da actualidade do dia. Negativo também o alargamentodo programa "A Idade da Inocência".
O arranque da nova programação do Rádio Clube aconteceu já há uns dias atrás e vem explicada em entrevista de Luís Osório ao Correio da Manhã. Destaco duas situações e ambas positivas: a parceria do Rádio Clube com o CM, que à semelhança de idêntico cenário entre TSF e DN, avançou com um programa de grande entrevista que é emitida na rádio e publicada na imprensa. Registo ainda as alterações (inevitáveis) no programa Janela Aberta. Dentro do estilo de uma espécie de informação e entretenimento que o Rádio Clube insiste em manter nas tardes, o par Teresa Gonçalves e Aurélio Gomes parece-me o mais adequado.
Na tentativa de acertar com a actualidade radiofónica nacional, registo ainda como muito positiva a série de programas levada a cabo pelo novo provedor do Ouvinte da RDP. O último desta série será dedicado a um "balanço das críticas dos seus convidados, a quem perguntou também o que faz mais falta na Rádio pública de hoje".
A série de programas pode ser escutada aqui.
O dia de hoje assinalou a nova grelha da TSF que foi explicada recentemente por Paulo Baldaia, o seu director, ao Diário de Notícias. À primeira audição registo como positiva a manutenção da Reportagem TSF, que passa agora para a 5ª feira, em vez de sexta-feira, quando a TSF passará a emitir um novo programa chamado "Governo Sombra", curiosamente à mesma hora a Antena 1 emite o programa de debate e análise política "Contraditório". Num registo de informação útil, parece-me também positivo a continuação e o alargamento de pequenos espaços onde se pretende abordar a saúde (Clínica Geral) ou fiscalidade (Conselho Fiscal).
De negativo: lamento a saída de Denise e Maria Delfina e a não existência, no espaço nocturno, de um programa de análise da actualidade do dia. Negativo também o alargamentodo programa "A Idade da Inocência".
O arranque da nova programação do Rádio Clube aconteceu já há uns dias atrás e vem explicada em entrevista de Luís Osório ao Correio da Manhã. Destaco duas situações e ambas positivas: a parceria do Rádio Clube com o CM, que à semelhança de idêntico cenário entre TSF e DN, avançou com um programa de grande entrevista que é emitida na rádio e publicada na imprensa. Registo ainda as alterações (inevitáveis) no programa Janela Aberta. Dentro do estilo de uma espécie de informação e entretenimento que o Rádio Clube insiste em manter nas tardes, o par Teresa Gonçalves e Aurélio Gomes parece-me o mais adequado.
Na tentativa de acertar com a actualidade radiofónica nacional, registo ainda como muito positiva a série de programas levada a cabo pelo novo provedor do Ouvinte da RDP. O último desta série será dedicado a um "balanço das críticas dos seus convidados, a quem perguntou também o que faz mais falta na Rádio pública de hoje".
A série de programas pode ser escutada aqui.
segunda-feira, agosto 25, 2008
O Chiado e a TSF
Às oito da manhã, toda a redacção da TSF em Lisboa está nos lugares da notícia. Todos cultivam o hábito de ouvir logo a partir da manhã as notícias na sua rádio, que ainda nem tem seis meses de vida, e todos avançaram à primeira notícia do incêndio. Os que estavam de férias em lugares mais longe trataram de aparecer em Lisboa o mais depressa que conseguiram.
Franscisco Sena Santos (2008) in "Tão Perto do Mundo – 20 Acontecimentos em 20 anos da Rádio que mudou a rádio"
Para o jornalismo radiofónico, o incêndio do Chiado cujos 20 anos hoje se assinalaram, marca um ponto de viragem, em especial devido à cobertura que a TSF fez do acontecimento.
Foi o primeiro teste real para os então jovens jornalistas da rádio de Lisboa, chegados de um curso único em Portugal que partiu da iniciativa de Emidio Rangel e que foi pensado e coordenado por Adelino Gomes. Curso, aliás, inspirado nas ideias deixadas em Portugal por Edouard Guibert, do Institut National de l'audiovisuel francês.
O curso, tal como a própria TSF o viria a ser, tinha como bandeira a ideia de uma rádio feita em directo. Uma rádio dita e não lida e foi isso que os jornalistas da TSF souberam interpretar naquele dia 25 de Agosto de 1988.
Vinte anos depois, a TSF não esqueceu a data e colocou no ar, para além dos normais trabalhos que recolocam o problema da baixa lisboeta no século XXI, alguns dos sons que se escutaram na altura.
Franscisco Sena Santos (2008) in "Tão Perto do Mundo – 20 Acontecimentos em 20 anos da Rádio que mudou a rádio"
Para o jornalismo radiofónico, o incêndio do Chiado cujos 20 anos hoje se assinalaram, marca um ponto de viragem, em especial devido à cobertura que a TSF fez do acontecimento.
Foi o primeiro teste real para os então jovens jornalistas da rádio de Lisboa, chegados de um curso único em Portugal que partiu da iniciativa de Emidio Rangel e que foi pensado e coordenado por Adelino Gomes. Curso, aliás, inspirado nas ideias deixadas em Portugal por Edouard Guibert, do Institut National de l'audiovisuel francês.
O curso, tal como a própria TSF o viria a ser, tinha como bandeira a ideia de uma rádio feita em directo. Uma rádio dita e não lida e foi isso que os jornalistas da TSF souberam interpretar naquele dia 25 de Agosto de 1988.
Vinte anos depois, a TSF não esqueceu a data e colocou no ar, para além dos normais trabalhos que recolocam o problema da baixa lisboeta no século XXI, alguns dos sons que se escutaram na altura.
terça-feira, agosto 12, 2008
Provedor do ouvinte regressa no final de Agosto
Em Nome do Ouvinte, o programa do provedor da RDP, vai regressar no próximo dia 29 de Agosto. Adelino Gomes, o novo provedor, decidiu fazer, antes de começar a responder aos ouvintes, um conjunto de programas destinados a abordar as vozes que fizeram história na rádio portuguesa. Oportunidade, portanto, para recordar, ou ouvir pela primeira vez, episódios que marcaram a radiodifusão em Portugal. O capítulo da informação terá seguramente um espaço nesta série de programas.
segunda-feira, agosto 11, 2008
Actas do V Congresso da Sopcom
Já estão disponíveis online as actas do V Congresso da Sopcom, que se realizou em Setembro do ano passado. Há várias comunicações sobre rádio.
A lista de todas as comunicações está aqui.
A lista de todas as comunicações está aqui.
sexta-feira, agosto 01, 2008
Aniversário da Altitude
A Rádio Altitude comemorou mais um ano de emissões. Parabéns, embora com algum atraso pois foi a 29 de Julho, à rádio local mais antiga de Portugal.
quinta-feira, julho 24, 2008
Maus ventos no Rádio Clube - parte II
O jornalista Artur Cassiano deixou o Rádio Clube. A notícia é do Meios&Publicidade que cita Luís Osório: "Confirmo que Artur Cassiano apresentou a demissão e que esta foi aceite".
A direcção de informação do RCP será agora assegurada por Luís Osório que diz estar a preparar a nova temporada e que continua a contar com João Adelino Faria.
A direcção de informação do RCP será agora assegurada por Luís Osório que diz estar a preparar a nova temporada e que continua a contar com João Adelino Faria.
sexta-feira, julho 18, 2008
A memória da rádio
Os caminhos da investigação que me encontro a desenvolver sobre o jornalismo radiofónico conduziram-me a algumas personalidades, jornalistas que marcaram (e marcam) a história da informação radiofónica portuguesa.
Entre conversas e "estórias" sobressai uma inquetação: onde páram os noticiários dos anos 60 do Rádio Clube Português? E os da RR do início dos anos 70?
A rádio vai ficando sem memória!
Entre conversas e "estórias" sobressai uma inquetação: onde páram os noticiários dos anos 60 do Rádio Clube Português? E os da RR do início dos anos 70?
A rádio vai ficando sem memória!
quinta-feira, julho 17, 2008
Maus ventos no Rádio Clube
As notícias do Meios&Publicidade e do Correio da Manhã sobre a reacção de Luís Osório à eventual saída de dois jornalistas do Rádio Clube - João Adelino Faria e Artur Cassiano - denuncia aquilo que do lado de cá já nos tínhamos apercebido: que no RC as coisas não vão bem.
Se o período da manhã continua a cumprir os objectivos a que se propôs, informar e proporcionar espaços interessantes de debate e de análise, já no resto do dia são notórias as dificuldades para a estação se impor como uma alternativa no panorama radiofónico português. Desde a saída de Ana Sousa Dias as coisas ainda ficaram pior. Se é certo que lhe podem ser atribuídas algumas responsabilidades naquilo que Luís Osório chama de "uma falta de adaptação notória ao meio rádio", a verdade é que no Janela Aberta não faltavam conversas interessantes, com perguntas inteligentes. Era um final de tarde que, apesar de tudo, continha momentos agradáveis de escuta.
O Verão terá que ser bom conselheiro para o Rádio Clube. Parece óbvio ao lado de lá (quem faz a rádio) e ao lado de cá (quem a ouve) que urge repensar o modelo.
Se o período da manhã continua a cumprir os objectivos a que se propôs, informar e proporcionar espaços interessantes de debate e de análise, já no resto do dia são notórias as dificuldades para a estação se impor como uma alternativa no panorama radiofónico português. Desde a saída de Ana Sousa Dias as coisas ainda ficaram pior. Se é certo que lhe podem ser atribuídas algumas responsabilidades naquilo que Luís Osório chama de "uma falta de adaptação notória ao meio rádio", a verdade é que no Janela Aberta não faltavam conversas interessantes, com perguntas inteligentes. Era um final de tarde que, apesar de tudo, continha momentos agradáveis de escuta.
O Verão terá que ser bom conselheiro para o Rádio Clube. Parece óbvio ao lado de lá (quem faz a rádio) e ao lado de cá (quem a ouve) que urge repensar o modelo.
segunda-feira, julho 14, 2008
Acerca do Museu da Rádio (Act.)
Rogério Santos, no blogue Indústrias Culturais, escreveu um interessante post sobre o Museu da Rádio (ou a falta dele). É um texto e um tema a acompanhar.
Escreve Rogério Santos:
Estamos em Julho de 2008, e ainda não há museu ou núcleo de “reserva visitável”, expressão que usou [Pedro Jorge Braumann] na entrevista à Renascença. Sabemos que há peças guardadas nas caves das instalações centrais da RTP, à Avenida Marechal Gomes da Costa em Lisboa (garagem), e outras num edifício em Pegões, onde funcionou o emissor de ondas curtas da estação (e cuja segurança não será a melhor).
Act: Aqui.
Escreve Rogério Santos:
Estamos em Julho de 2008, e ainda não há museu ou núcleo de “reserva visitável”, expressão que usou [Pedro Jorge Braumann] na entrevista à Renascença. Sabemos que há peças guardadas nas caves das instalações centrais da RTP, à Avenida Marechal Gomes da Costa em Lisboa (garagem), e outras num edifício em Pegões, onde funcionou o emissor de ondas curtas da estação (e cuja segurança não será a melhor).
Act: Aqui.
sábado, julho 12, 2008
Ana Sousa Dias ainda no Janela Aberta
A rádio é mesmo o meio mais rápido. Ainda há quem duvide,mas é.
Já aqui tinha feito referência à falta de actualização dos sites das rádios no que diz respeito a várias matérias, mas em particular à programação. É que com os jornais de costas voltadas para a rádio resta-nos (a nós ouvintes) a net para saber o que está a dar na rádio.
O Rádio Clube continua a insistir no programa Janela Aberta com Ana Sousa Dias, quando a jornalista já lá não está há algum tempo !!!
Já aqui tinha feito referência à falta de actualização dos sites das rádios no que diz respeito a várias matérias, mas em particular à programação. É que com os jornais de costas voltadas para a rádio resta-nos (a nós ouvintes) a net para saber o que está a dar na rádio.
O Rádio Clube continua a insistir no programa Janela Aberta com Ana Sousa Dias, quando a jornalista já lá não está há algum tempo !!!
quinta-feira, julho 03, 2008
Provedor do ouvinte na net
Já está disponível no site da RTP (e também da RDP) informação sobre o novo provedor do Ouvinte, Adelino Gomes. Depois de ter assumido a função no dia 26 de Junho, falta agora saber quando regressará o programa do ombudsman da rádio pública que segundo a emissora manterá o título "Em Nome do Ouvinte".
quarta-feira, julho 02, 2008
Programas de rádio na net
Há programas de rádio que se complementam na net. A lista vai sendo actualizada.
As primeiras duas propostas:
Mundo Digital
Mais Cedo ou Mais Tarde
As primeiras duas propostas:
Mundo Digital
Mais Cedo ou Mais Tarde
terça-feira, julho 01, 2008
E chegaram as férias...
... noticiários ligeiramente mais curtos. Espaços/rubricas suspensas. Mais música em antena. Mais rádio igual entre si. Fruto do esvaziamento temporário das redacções.
Para quem escuta resta a oportunidade para voltar a ouvir vozes menos frequentes no éter. Boas vozes. Como na TSF. João Paulo Baltazar e Carlos Vaz Marques nas manhãs da rádio fazem recordar outros tempos. Bons tempos.
Para quem escuta resta a oportunidade para voltar a ouvir vozes menos frequentes no éter. Boas vozes. Como na TSF. João Paulo Baltazar e Carlos Vaz Marques nas manhãs da rádio fazem recordar outros tempos. Bons tempos.
domingo, junho 29, 2008
quinta-feira, junho 26, 2008
Os 6 pontos
A velocidade da rádio por vezes atraiçoa. O caso dos 6 pontos que o Benfica perdeu, poderia ter perdido ou poderá perder fez a rádio desta manhã dar notícias para todos os gostos. Não foi só a rádio, porque os jornais também o fizeram. Aliás, jornais aos quais a rádio foi buscar a notícia. Lá para o final da manhã já havia sons.
Um exemplo: na TSF às 9h30 o assunto estava arrumado: o Benfica não perdeu pontos, mas o jornal de Desporto, dez minutos depois, começava assim: “Benfica pode perder 6 pontos”. Às 10 tudo arrumado novamente.
Um exemplo: na TSF às 9h30 o assunto estava arrumado: o Benfica não perdeu pontos, mas o jornal de Desporto, dez minutos depois, começava assim: “Benfica pode perder 6 pontos”. Às 10 tudo arrumado novamente.
segunda-feira, junho 23, 2008
Adelino Gomes inicia funções
Segundo o Público, Adelino Gomes iniciou hoje funções como Provedor do Ouvinte da RDP.
Ao diário, Adelino Gomes refere que o cargo que irá desempenhar é um vaivém entre os ouvintes, os profissionais e a própria estrutura da empresa. Sobre o papel do provedor e a relação com os jornalistas, o novo ombudsman considera que "Há uma dificuldade de relacionamento com a redacção e, no caso da rádio e da televisão, também com o sector da programação"
Ao diário, Adelino Gomes refere que o cargo que irá desempenhar é um vaivém entre os ouvintes, os profissionais e a própria estrutura da empresa. Sobre o papel do provedor e a relação com os jornalistas, o novo ombudsman considera que "Há uma dificuldade de relacionamento com a redacção e, no caso da rádio e da televisão, também com o sector da programação"
sábado, junho 21, 2008
Blogouve-se
O blogouve-se foi o primeiro blogue pelo qual me interessei verdadeiramente. O debate feito, inicialmente, em torno da rádio era para mim estimulante. Depois o leque de temas foi-se alargando, mas continuei a seguir, quase diariamente, o trabalho do João Paulo.
Com cinco anos acaba, prematuramente, digo eu, mas as razões invocadas são mais que aceitáveis.
Resta-me desejar felicidades ao João Paulo e faço votos para que nos voltemos a encontrar na blogosfera.
Com cinco anos acaba, prematuramente, digo eu, mas as razões invocadas são mais que aceitáveis.
Resta-me desejar felicidades ao João Paulo e faço votos para que nos voltemos a encontrar na blogosfera.
quinta-feira, junho 19, 2008
Cabides
Deixemos por agora a reverência jornalística perante Scolari, ou as exaustivas manifestações de apoio à selecção nas intervenções de comentadores, repórteres, pivots …E tomemos os inócuos directos das conferências de imprensa de jogadores da selecção como um erro que será corrigido em próximas oportunidades.
Fixemo-nos, por momentos, nas estórias que nascem a mote do futebol e do Euro. Dos portugueses que na Suiça têm feito vida. Dos arquitectos, dos engenheiros, dos empresários dos farmacêuticos, dos estudantes. Fixemo-nos, ainda, na cultura, no património e nas tradições de Basileia ou de Genebra.
São estórias que não vêm à antena no dia-a-dia da rádio, mas que agora se penduram no futebol e nos atiram para quadros diferentes daqueles que escutamos rotineiramente.
A TSF e a Antena 1 apostaram forte nos especiais feitos a partir da Suiça. E fizeram bem.
Fixemo-nos, por momentos, nas estórias que nascem a mote do futebol e do Euro. Dos portugueses que na Suiça têm feito vida. Dos arquitectos, dos engenheiros, dos empresários dos farmacêuticos, dos estudantes. Fixemo-nos, ainda, na cultura, no património e nas tradições de Basileia ou de Genebra.
São estórias que não vêm à antena no dia-a-dia da rádio, mas que agora se penduram no futebol e nos atiram para quadros diferentes daqueles que escutamos rotineiramente.
A TSF e a Antena 1 apostaram forte nos especiais feitos a partir da Suiça. E fizeram bem.
quarta-feira, junho 04, 2008
Rádio Euro
Um exemplo mais do aproveitamento que a rádio faz da Internet. A RDP criou uma rádio online para acompanhar o Euro 2008.
Chama-se Rádio Euro e pode ser escutada exclusivamente na net aqui.
Chama-se Rádio Euro e pode ser escutada exclusivamente na net aqui.
quinta-feira, maio 29, 2008
O jornalismo vai ser assim?
Nota: a tradução não é a melhor, mas mesmo assim vale a pena ver o vídeo.
terça-feira, maio 27, 2008
Rosendo
José Manuel Rosendo é um privilegiado e ele sabe disso. A oportunidade que a sua rádio lhe dá para se deslocar em reportagem ao Médio Oriente não é para muitos nos dias que correm, de contenção e emagrecimento das redacções.
Rosendo tem-nos dado excelentes reportagens. Nesta terça-feira deu-nos a conhecer uma Faixa de Gaza isolada do Mundo. Para ouvir.
Rosendo tem-nos dado excelentes reportagens. Nesta terça-feira deu-nos a conhecer uma Faixa de Gaza isolada do Mundo. Para ouvir.
domingo, maio 25, 2008
Ainda sobre o provedor cessante
Parece-me importante referir que José Nuno Martins, apesar do seu mandato ter terminado no dia 30 de Abril, continua em funções. Não apresenta o programa "Em Nome do Ouvinte", mas continua a responder aos ouvintes.
No site da RTP está disponível o relatório final de actividade do provedor.
No site da RTP está disponível o relatório final de actividade do provedor.
sexta-feira, maio 23, 2008
Adelino Gomes será o novo Provedor do Ouvinte
De acordo com o Publico.pt Adelino Gomes será o novo Provedor do Ouvinte da RDP. Adelino Gomes reúne, do meu ponto de vista, as melhores condições para desempenhar tais funções.
Tem uma vastíssima experiência na rádio (Rádio Clube Português, RDP e foi um dos criadores do curso de jornalistas da TSF, que os profissionais daquela estação tanto se orgulham de terem frequentado). Adelino Gomes é igualmente um profissional cuja competência e conhecimento poucos contestarão, razão pela qual é reconhecido pelos seus pares.
A escolha de Adelino Gomes é ainda feliz, do meu ponto de vista, porque reúne dois outros elementos: à experiência enquanto jornalista (não apenas na rádio, mas também na televisão e na imprensa, onde ainda exerce a actividade no Público) junta o ensino do jornalismo no ensino superior.
Pessoalmente, considero que dificilmente a Administração da RDP poderia ter tido uma escolha mais acertada. Aliás, já aqui tinha escrito, que a escolha de um novo provedor do Ouvinte deveria recair sobre um jornalista.
De acordo com a notícia do Público.pt, Adelino Gomes já aceitou o cargo, faltando apenas o parecer do Conselho de Opinião.
Declaração de interesses do blogueiro: Fui aluno de Adelino Gomes na faculdade e dele tenho as melhores recordações.
Tem uma vastíssima experiência na rádio (Rádio Clube Português, RDP e foi um dos criadores do curso de jornalistas da TSF, que os profissionais daquela estação tanto se orgulham de terem frequentado). Adelino Gomes é igualmente um profissional cuja competência e conhecimento poucos contestarão, razão pela qual é reconhecido pelos seus pares.
A escolha de Adelino Gomes é ainda feliz, do meu ponto de vista, porque reúne dois outros elementos: à experiência enquanto jornalista (não apenas na rádio, mas também na televisão e na imprensa, onde ainda exerce a actividade no Público) junta o ensino do jornalismo no ensino superior.
Pessoalmente, considero que dificilmente a Administração da RDP poderia ter tido uma escolha mais acertada. Aliás, já aqui tinha escrito, que a escolha de um novo provedor do Ouvinte deveria recair sobre um jornalista.
De acordo com a notícia do Público.pt, Adelino Gomes já aceitou o cargo, faltando apenas o parecer do Conselho de Opinião.
Declaração de interesses do blogueiro: Fui aluno de Adelino Gomes na faculdade e dele tenho as melhores recordações.
quinta-feira, maio 22, 2008
O festival de Cannes na Antena 1...
... e também aqui. Até domingo. A sugestão veio tarde, mas vale a pena passar por lá para ouvir ou voltar a ouvir os trabalhos de Tiago Alves, João Paulo Alcobia e João Lopes.
quarta-feira, maio 21, 2008
56,57,58...
Só quem nunca fez jornalismo poderá não compreender como ocorrem certos erros (gralhas ?!!). Mas há outros mesmo dificeis de entender:
Notícia da TSF: O jornalista Torcato Sepúlveda morreu esta quarta-feira, no Hospital de Almada, por motivos de doença. Tinha 58 anos.
Notícia da Lusa (via sapo): Torcato Sepúlveda, de 56 anos, morreu hoje,
Notícia do Público: O jornalista Torcato Sepúlveda morreu hoje, aos 57 anos.
Erro (gralha ?!!!) lamentáveis numa notícia que certamente ninguém gostou de fazer.
Torcato Sepúlveda foi um grande jornalista. O blogueiro lamenta o seu desaparecimento.
Notícia da TSF: O jornalista Torcato Sepúlveda morreu esta quarta-feira, no Hospital de Almada, por motivos de doença. Tinha 58 anos.
Notícia da Lusa (via sapo): Torcato Sepúlveda, de 56 anos, morreu hoje,
Notícia do Público: O jornalista Torcato Sepúlveda morreu hoje, aos 57 anos.
Erro (gralha ?!!!) lamentáveis numa notícia que certamente ninguém gostou de fazer.
Torcato Sepúlveda foi um grande jornalista. O blogueiro lamenta o seu desaparecimento.
TSF com site renovado
O novo site da TSF já está online.
A renovação trouxe maior clareza na definição dos vários items disponíveis na página.
O site apresenta três ligações principais: Actualidade, programas e serviços. Ao entrar numa delas, o utilizador encontrará numa segunda barra, as ligações correspondentes.
No topo da página aparece-nos uma barra com algumas palavras-chave que fazem a actualidade informativa. Clicando nelas permite-nos obter as notícias que com a palavra-chave estão relacionadas.
Continua a predominar a cor azul e o site apresenta algumas novidades antes anunciadas como a presença de vídeos da Liga portuguesa de futebol. Interessante é também a presença de gráficos (na economia) e de mais secções temáticas. Há também um novo espaço onde se podem ver as notícias mais vistas.
A frequente utilização dir-nos-á da sua eficácia, mas à partida parece-me positiva a mudança.
A renovação trouxe maior clareza na definição dos vários items disponíveis na página.
O site apresenta três ligações principais: Actualidade, programas e serviços. Ao entrar numa delas, o utilizador encontrará numa segunda barra, as ligações correspondentes.
No topo da página aparece-nos uma barra com algumas palavras-chave que fazem a actualidade informativa. Clicando nelas permite-nos obter as notícias que com a palavra-chave estão relacionadas.
Continua a predominar a cor azul e o site apresenta algumas novidades antes anunciadas como a presença de vídeos da Liga portuguesa de futebol. Interessante é também a presença de gráficos (na economia) e de mais secções temáticas. Há também um novo espaço onde se podem ver as notícias mais vistas.
A frequente utilização dir-nos-á da sua eficácia, mas à partida parece-me positiva a mudança.
terça-feira, maio 20, 2008
Formar a próxima geração da rádio
A rádio pública norte-americana (NPR) está preocupada com as gerações futuras de repórteres de rádio e por isso tem em acção programas de formação.
Uma leitura interessante no blogue de Mark Glaser.
Uma leitura interessante no blogue de Mark Glaser.
sexta-feira, maio 16, 2008
TSF com novo site
A TSF anunciou que a renovação do seu site estará pronta até ao final de Maio.
Expectativa, pois, para ver como será um dos sites mais antigos da rádio em Portugal. A TSF foi das primeiras emissoras a apostar nesta plataforma, mas nos últimos anos viu-se, no meu entender, ultrapassada pela aposta que a Renascença tem feito no seu site com a disponibilização de novos produtos e ferramentas, como o Página 1, videos ou vários dossiers com infografia animada. A aposta no online no caso da emissora católica tem passado ainda pelo crescimento da redacção multimédia.
A TSF, recorde-se, foi a primeira rádio a disponibilizar programas seus em formato podcast.
Segundo o Meios&Publicidade a renovação do site passará por continuar a ser uma caixa de ressonância ("aproximar a antena do online é um dos objectivos desta mudança do site que, diz o responsável, irá “reflectir online as máximas da TSF”. Isso passa pela colocação das breaking news e das manchetes de antena também no site") e um complemento da emissão hertziana (“Vamos ter os vídeos da Reuters e futebol, com os vídeos da Liga Nacional, garantidos pelo grupo [SportTV]”).
Até ao final do mês estará online.
O Público também escreve sobre o assunto.
Expectativa, pois, para ver como será um dos sites mais antigos da rádio em Portugal. A TSF foi das primeiras emissoras a apostar nesta plataforma, mas nos últimos anos viu-se, no meu entender, ultrapassada pela aposta que a Renascença tem feito no seu site com a disponibilização de novos produtos e ferramentas, como o Página 1, videos ou vários dossiers com infografia animada. A aposta no online no caso da emissora católica tem passado ainda pelo crescimento da redacção multimédia.
A TSF, recorde-se, foi a primeira rádio a disponibilizar programas seus em formato podcast.
Segundo o Meios&Publicidade a renovação do site passará por continuar a ser uma caixa de ressonância ("aproximar a antena do online é um dos objectivos desta mudança do site que, diz o responsável, irá “reflectir online as máximas da TSF”. Isso passa pela colocação das breaking news e das manchetes de antena também no site") e um complemento da emissão hertziana (“Vamos ter os vídeos da Reuters e futebol, com os vídeos da Liga Nacional, garantidos pelo grupo [SportTV]”).
Até ao final do mês estará online.
O Público também escreve sobre o assunto.
quinta-feira, maio 15, 2008
Jornalismo ao domicílio
Para quem estiver interessado... Uma iniciativa inspirada na ideia de que toda a vida merece ser contada. É como pôr um jornalista na sua vida, dizem os responsáveis pela empresa Memoralia, que pretende, através do jornalismo, imortalizar a vida de qualquer cidadão.
A ideia parece ter pegado para a imprensa e para a TV, mas quem sabe um dia na rádio!!!
A ideia parece ter pegado para a imprensa e para a TV, mas quem sabe um dia na rádio!!!
segunda-feira, maio 05, 2008
Página 1 renovado
O Página 1, jornal da Renascença em formato pdf, foi renovado. A principal alteração tem a ver com a periodicidade. Era editado duas vezes por dia, mas a partir de agora passa a chegar aos subscritores apenas às 17 horas.
O jornal passa a ter secções e em cada dia um tema que será aprofundado. Foi ainda criado um painel de comentadores.
A direcção da Renascença espera com estas alterações "apresentar um produto melhorado e chegar ainda mais longe. Neste momento o primeiro jornal digital da rádio portuguesa é lido diariamente por 18 mil pessoas".
O jornal passa a ter secções e em cada dia um tema que será aprofundado. Foi ainda criado um painel de comentadores.
A direcção da Renascença espera com estas alterações "apresentar um produto melhorado e chegar ainda mais longe. Neste momento o primeiro jornal digital da rádio portuguesa é lido diariamente por 18 mil pessoas".
Cimbalino e alcagoitas
A propósito do fecho da Brasileira, no Porto, Tiago Alves falava-nos nas edições do início da tarde (editadas a partir da invicta) dos últimos cimbalinos que ali se tomaram hoje. Interessante a referência a um termo portuense e ainda por cima com o "a" bem aberto na locução.
Alguns contestarão o seu uso (é uma rádio nacional), pela minha parte acho que o todo do país se conta na rádio (e não só) a partir das suas partes. Seja com o cimbalino do Porto ou com as alcagoitas do Algarve!
Alguns contestarão o seu uso (é uma rádio nacional), pela minha parte acho que o todo do país se conta na rádio (e não só) a partir das suas partes. Seja com o cimbalino do Porto ou com as alcagoitas do Algarve!
quinta-feira, maio 01, 2008
Fim de percurso II
Manuel Acácio deixou o Fórum TSF. O último programa conduzido pelo jornalista foi para o ar na quarta-feira. Depois de segunda-feira este espaço será editado pela jornalista Margarida Serra.
Manuel Acácio conduziu o Fórum durante vários anos. Tantos que não me recordo se houve muitos mais que o fizeram antes. Lembro-me de Eduarda Maio.
A voz radiofónica tem destas coisas. Para além de ser o veículo para a transmissão das palavras, sinaliza-nos o momento radiofónico que escutamos.
O Fórum já se confundia com a voz de Manuel Acácio.
Os primeiros dias hão-de ser estranhos de escutar!
Manuel Acácio conduziu o Fórum durante vários anos. Tantos que não me recordo se houve muitos mais que o fizeram antes. Lembro-me de Eduarda Maio.
A voz radiofónica tem destas coisas. Para além de ser o veículo para a transmissão das palavras, sinaliza-nos o momento radiofónico que escutamos.
O Fórum já se confundia com a voz de Manuel Acácio.
Os primeiros dias hão-de ser estranhos de escutar!
Fim de percurso I
José Nuno Martins terminou o seu primeiro (e único) mandato como provedor do Ouvinte da rádio pública portuguesa. No último programa que foi para o ar no dia 25 de Abril, JNM lembrou as dificuldades de quem teve por função iniciar uma prática como a que desempenhou durante dois anos. Referiu-se à inexistência de colaboração por parte de alguns responsáveis, das exigências de um serviço público de rádio e à perda de identidade da rádio pública provocada pela integração na actual estrutura organizativa de todo o audiovisual público português.
Globalmente, parece-me que o seu mandato foi positivo. Iniciou uma prática na rádio e isso é, por si só, meritório se nos recordarmos que em Portugal a tradição de uma crítica ao meio radiofónico é praticamente inexistente nas suas diversas dimensões (programação, informação, questões técnicas) e não me refiro só em relação à rádio privada. JNM abriu esse canal e deu voz, era essa a sua função, aos que o pretenderam fazer.
O provedor assumiu-se, erradamente a meu ver, como um defensor do Ouvinte e não da Rádio. Não sei se decidiu mais vezes a favor dos ouvintes. Fê-lo muitas vezes, mas é bom que se diga que também esteve contra o que quem escuta a rádio defendeu.
Um desses exemplos foi quando, abertamente, contestou o programa Antena Aberta.
JNM foi acutilante e não escondeu uma "guerra" contra quem com ele não quis colaborar. Procurou ter um estilo próprio.
Fui, e sou, um defensor de um provedor com experiência acumulada no jornalismo para o tratamento de questões jornalísticas. Apesar de considerar que JNM não esteve mal na avaliação que fez de algumas delas, parece-me que isso deve ser tido em conta na escolha do próximo provedor.
Globalmente, parece-me que o seu mandato foi positivo. Iniciou uma prática na rádio e isso é, por si só, meritório se nos recordarmos que em Portugal a tradição de uma crítica ao meio radiofónico é praticamente inexistente nas suas diversas dimensões (programação, informação, questões técnicas) e não me refiro só em relação à rádio privada. JNM abriu esse canal e deu voz, era essa a sua função, aos que o pretenderam fazer.
O provedor assumiu-se, erradamente a meu ver, como um defensor do Ouvinte e não da Rádio. Não sei se decidiu mais vezes a favor dos ouvintes. Fê-lo muitas vezes, mas é bom que se diga que também esteve contra o que quem escuta a rádio defendeu.
Um desses exemplos foi quando, abertamente, contestou o programa Antena Aberta.
JNM foi acutilante e não escondeu uma "guerra" contra quem com ele não quis colaborar. Procurou ter um estilo próprio.
Fui, e sou, um defensor de um provedor com experiência acumulada no jornalismo para o tratamento de questões jornalísticas. Apesar de considerar que JNM não esteve mal na avaliação que fez de algumas delas, parece-me que isso deve ser tido em conta na escolha do próximo provedor.
quarta-feira, abril 23, 2008
Provedor do ouvinte
O nome que irá substituir José Nuno Martins no cargo de provedor do Ouvinte foi chumbado pelo Conselho de Opinião da RTP. A Administração da rádio e televisão públicas propôs Francisco José Oliveira, que foi um dos fundadores da Rádio Nova, mas o Conselho de Opinião considerou que a pessoa em causa não reunia condições para as funções “em termos de notoriedade, formação académica, relação com a rádio pública ou conhecimento do papel do provedor do ouvinte”.
Sobre o relatório do provedor.
Sobre o relatório do provedor.
terça-feira, abril 22, 2008
Rádio Clube em Leiria
De acordo com o Meios&Publicidade o Rádio Clube continua a sua expansão geográfica. Desta vez estabeleceu uma parceria com a Central FM, de Leiria. A emissora local vai emitir programas do Rádio Clube.
O Rádio Clube ganha com a parceria. E a Central FM?
Este tipo de parcerias são, do meu ponto de vista, bem mais vantajosas para as rádios locais quando são establecidas entre emissoras locais de diferentes espaços geográficos.
Assim a Central FM ganhará, certamente, algo mas falta saber o quê. A notícia também não diz.
O Rádio Clube ganha com a parceria. E a Central FM?
Este tipo de parcerias são, do meu ponto de vista, bem mais vantajosas para as rádios locais quando são establecidas entre emissoras locais de diferentes espaços geográficos.
Assim a Central FM ganhará, certamente, algo mas falta saber o quê. A notícia também não diz.
quinta-feira, abril 17, 2008
Arquivo da Altitude em podcast
Para ouvir ou voltar a ouvir. Estão disponíveis em formato podcast os sons da Rádio Altitude.
quarta-feira, abril 16, 2008
Quando a rádio vai perdendo o seu espaço...
... as reacções dos protagonistas logo após o jogo entre o Sporting e o Benfica foram quase todas escutadas na rádio a partir da emissão da SIC.
segunda-feira, abril 14, 2008
Que rádio para a amanhã?
Os autores do blogue Un Monde de Sons, associado ao jornal Le Monde,colocaram a questão aos profissionais da rádio francesa Para ir ouvindo todas as semanas
Novidades na TSF
Manuel Acácio é o chefe de redacção e Cristina Laimen a editora-executiva da estação informativa.
Via Meios e Publicidade.
Via Meios e Publicidade.
quinta-feira, abril 10, 2008
E a quota de música?
Afinal a quota de música portuguesa é cumprida, diz a ERC.
Afinal não é, diz a confederação dos meios.
Aqui
Afinal não é, diz a confederação dos meios.
Aqui
Íntima Fracção
Referência obrigatória para o primeiro programa de rádio português no site de um jornal.
O Íntima Fracção está agora disponível em podcast no Expresso Online.
O Íntima Fracção está agora disponível em podcast no Expresso Online.
quinta-feira, abril 03, 2008
Rádio Lusitânia
Lusitânia é o nome da primeira rádio “estratégica” lançada no seio do grupo RTP. O canal focado na música portuguesa terá emissão exclusiva na plataforma online através do site radiolusitania.rtp.pt. A rádio, que vai emitir 24 horas por dia, recorda o “património musical português”, estando focada não na música actual, mas na “memória”, explica ao M&P Jorge Alexandre Lopes, programador executivo da internet no grupo RTP.
Pode ser escutada aqui
Pode ser escutada aqui
terça-feira, abril 01, 2008
RDP África
A RDP África assinala hoje 12 anos de existência.
No futuro, Jorge Gonçalves espera que a emissora, que em Portugal é emitida em Lisboa, Coimbra e Faro, chegue também ao Porto. "Gostávamos de ter uma maior capacidade de integração das rádios públicas dos países africanos na programação da RDP África" deseja ainda o director.
No futuro, Jorge Gonçalves espera que a emissora, que em Portugal é emitida em Lisboa, Coimbra e Faro, chegue também ao Porto. "Gostávamos de ter uma maior capacidade de integração das rádios públicas dos países africanos na programação da RDP África" deseja ainda o director.
quarta-feira, março 26, 2008
Revista JJ
Do mais recente número da revista JJ (Janeiro/Março) do Clube de Jornalistas, assinaldo dois textos: O de Nobre-Correia que estabelece uma comparação entre os sistemas mediáticos português e espanhol e onde há espaço, naturalmente, para a rádio e uma entrevista a José Manuel Rosendo, jornalista da Antena 1.
Na entrevista, Rosendo aborda um conjunto de questões que me parecem relevantes sobre o jornalismo radiofónico. Aqui ficam algumas passagens:
- "Eu acho que a rádio se demitiu, em termos gerais. Não estou a falar da RDP, estou a falar da rádio. E a rádio demitiu-se porque a rádio tem medo da palavra".
- "(...) quem define a rádio parece que tem medo da palavra. Depois há outra coisa: parece que temos obrigação de ter o elixir da boa disposição. Há uns programas com graça e piada; parece que tudo tem que ter graça e piada. Para isso há espaço".
- "A grande arma da rádio, em relação aos outros meios de comunicação, é o imediatismo, a capacidade de reacção, que a televisão, de algum modo, também já vai acompanhando. (...) A rádio demitiu-se disso. Se olharmos para as programações, são cada vez mais formatadas. Eu hoje já sei a que horas e o que vou ouvir amanhã".
- "Eu acho que deveria haver mais espaço para a reportagem, mas para isso tem que haver mais investimento. Hoje faz-se muita rádio na redacção."
José Manuel Rosendo foi entrevistado a propósito do seu livro "De Istambul a Nassíria - Crónicas da Guerra no Iraque".
A edição já está disponível online. Aqui.
Na entrevista, Rosendo aborda um conjunto de questões que me parecem relevantes sobre o jornalismo radiofónico. Aqui ficam algumas passagens:
- "Eu acho que a rádio se demitiu, em termos gerais. Não estou a falar da RDP, estou a falar da rádio. E a rádio demitiu-se porque a rádio tem medo da palavra".
- "(...) quem define a rádio parece que tem medo da palavra. Depois há outra coisa: parece que temos obrigação de ter o elixir da boa disposição. Há uns programas com graça e piada; parece que tudo tem que ter graça e piada. Para isso há espaço".
- "A grande arma da rádio, em relação aos outros meios de comunicação, é o imediatismo, a capacidade de reacção, que a televisão, de algum modo, também já vai acompanhando. (...) A rádio demitiu-se disso. Se olharmos para as programações, são cada vez mais formatadas. Eu hoje já sei a que horas e o que vou ouvir amanhã".
- "Eu acho que deveria haver mais espaço para a reportagem, mas para isso tem que haver mais investimento. Hoje faz-se muita rádio na redacção."
José Manuel Rosendo foi entrevistado a propósito do seu livro "De Istambul a Nassíria - Crónicas da Guerra no Iraque".
A edição já está disponível online. Aqui.
quinta-feira, março 20, 2008
Mostrar ou não mostrar?
É uma questão que agora também já diz respeito à rádio.
Mostrar ou não mostrar o vídeo de uma professora e uma aluna que lutam por um telemóvel em plena sala de aula?
No seu site, a TSF mostra o vídeo tal como foi divulgado no You Tube. O site da RTP (que inclui a RDP) mostra parte desse vídeo mas não identifica nem a professora nem a aluna. A Renascença faz referência ao caso, mas não mostra o vídeo.
São novas realidades para a rádio que já não vive unicamente do som e que por isso terá de lidar com questões, que para o meio, são novas. Como neste caso.
Mostrar ou não mostrar o vídeo de uma professora e uma aluna que lutam por um telemóvel em plena sala de aula?
No seu site, a TSF mostra o vídeo tal como foi divulgado no You Tube. O site da RTP (que inclui a RDP) mostra parte desse vídeo mas não identifica nem a professora nem a aluna. A Renascença faz referência ao caso, mas não mostra o vídeo.
São novas realidades para a rádio que já não vive unicamente do som e que por isso terá de lidar com questões, que para o meio, são novas. Como neste caso.
sexta-feira, março 14, 2008
Tese de doutoramento em Webrádio
Nair Prata defendeu no Brasil uma tese de doutoramento sobre Webrádio. A autora pretendeu conhecer os novos géneros e formas de interacção na webrádio e para isso realizou uma pesquisa qualitativa partindo de um corpus de 30 emissoras.
No resumo da tese pode ler-se:
A partir do referencial teórico e pela pesquisa realizada, concluímos que os novos gêneros da webradio são o chat, o e-mail (mensagem eletrônica), o endereço eletrônico, a enquete e o fórum, nascidos genuinamente em meio digital. Mas também são novos, no suporte internet, os tradicionais gêneros radiofônicos hertzianos. Tratam-se de formas híbridas, nascidas da complexa tessitura digital da webradio. A webradio pode ser entendida como uma constelação de gêneros que abriga formatos antigos, novos e híbridos.
Via Jornalismo e Comunicação.
No resumo da tese pode ler-se:
A partir do referencial teórico e pela pesquisa realizada, concluímos que os novos gêneros da webradio são o chat, o e-mail (mensagem eletrônica), o endereço eletrônico, a enquete e o fórum, nascidos genuinamente em meio digital. Mas também são novos, no suporte internet, os tradicionais gêneros radiofônicos hertzianos. Tratam-se de formas híbridas, nascidas da complexa tessitura digital da webradio. A webradio pode ser entendida como uma constelação de gêneros que abriga formatos antigos, novos e híbridos.
Via Jornalismo e Comunicação.
quarta-feira, março 12, 2008
Sobre as rádios comunitárias, a nova lei e o jornalismo
Do debate sobre as Rádios Comunitárias que teve lugar na Escola Superior de Educação de Portalegre sublinho a intenção da Associação Portuguesa de Radiodifusão de propor ao Governo a inserção daquela tipologia no quadro legal português que entrará em fase de revisão.
Aquela intenção foi anunciada por José Faustino, o presidente da APR, que pretende assim resolver o problema de algumas rádios locais portuguesas que se encontram em situação muito difícil de sobrevivência e às quais o actual quadro legal não dá resposta.
A ideia de José Faustino assenta, no meu ponto de vista, num princípio correcto, ou seja, é preciso reequacionar o mapa da radiodifusão local que é assimétrico e que está refém de um quadro legal pouco flexível e de reduzida aplicação à realidade. A Lei da Rádio trata uma rádio local da Grande Lisboa do mesmo modo que o faz em relação a outra, por exemplo, de São Pedro do Corval (Reguengos), exigindo o mesmo número de horas de emissão, de noticiários etc. Contudo, o mercado publicitário de uma e outra é muito diferente.
A APR propõe, assim, que para além do factor geográfico (actualmente as rádios locais emitem para concelhos), seja introduzido o factor demográfico. Significa, segundo José Faustino, que deve ser criada uma divisão na tipologia da rádio com base no número de potenciais ouvintes. Uma rádio que está inserida num concelho com 100 mil habitantes deve ser classificada de forma diferente de outra que atingirá 10 mil pessoas.
A proposta da APR sugere a existência de “um modelo misto” que implica, segundo as palavras do presidente da APR, uma grau de profissionalização, mas também de amadorismo. Ou seja, torna a lei mais flexível e diversificada. É neste ponto que Faustino estabelece uma comparação com as rádios comunitárias, embora admita que o modelo que propõe bem como a futura designação não seja exactamente essa.
José Faustino admitiu a complexidade desta questão e, por isso, por aquilo que percebi, a proposta está ainda em fase de preparação. Em breve seguramente haverá outros detalhes.
O que me parece menos correcto, por aquilo que ouvi, tem a ver com o que José Faustino apresentou como três certezas:
1ª as rádios, mesmo quando classificadas como comunitárias (ou com outra designação similar) vão poder continuar a angariar publicidade, apesar dos custos serem mais reduzidos, em especial com os recursos humanos (a ideia é possibilitar o amadorismo). Mas essa captação de publicidade estará sujeita a algumas limitações? Por exemplo, uma menor percentagem de tempo por hora, em relação às outras rádios? Não se criarão condições de concorrência desleal, pois uma rádio não totalmente profissionalizada poderá disputar o mercado publicitário de forma igualitária com outra que tem custos muito mais reduzidos?
2ª o subsidio por parte das autarquias tem que passar a ser possível. É uma matéria recorrente. Desde o primeiro projecto de lei com vista à legalização das rádios piratas, proposto em 1983 por Jaime Ramos e Dinis Alves, que se fala no assunto. Não tem sido possível e do meu ponto de vista bem.
3ª todos poderão passar a dar voz à informação e não apenas os jornalistas. É uma ideia já anteriormente defendida por José Faustino. O pressuposto em que assenta esta proposta da APR tem a ver com as dificuldades das rádios locais em empregar jornalistas. Percebo o princípio, mas não concordo com a solução. A informação, quando emitida nos noticiários, deve ser seleccionada, tratada e difundida exclusivamente por jornalistas, não concebo outro quadro.
Se o que se pretende é permitir que algumas rádios não sejam obrigadas a empregar jornalistas, então que a lei seja flexível no sentido de permitir que as rádios, quando classificadas de determinada forma, não tenham que emitir noticiários. Se há noticiário tem que haver jornalistas.
A este propósito, Beatriz Polivanov, investigadora brasileira que participou no debate a partir do Brasil, onde as Rádios Comunitárias já existem, referiu que a informação nas tais rádios brasileiras é emitida por pessoas que pertencem à comunidade e que não têm qualquer formação jornalística, a informação baseia-se na leitura dos jornais.
Ler jornais ao microfone não é jornalismo nem é rádio.
Aquela intenção foi anunciada por José Faustino, o presidente da APR, que pretende assim resolver o problema de algumas rádios locais portuguesas que se encontram em situação muito difícil de sobrevivência e às quais o actual quadro legal não dá resposta.
A ideia de José Faustino assenta, no meu ponto de vista, num princípio correcto, ou seja, é preciso reequacionar o mapa da radiodifusão local que é assimétrico e que está refém de um quadro legal pouco flexível e de reduzida aplicação à realidade. A Lei da Rádio trata uma rádio local da Grande Lisboa do mesmo modo que o faz em relação a outra, por exemplo, de São Pedro do Corval (Reguengos), exigindo o mesmo número de horas de emissão, de noticiários etc. Contudo, o mercado publicitário de uma e outra é muito diferente.
A APR propõe, assim, que para além do factor geográfico (actualmente as rádios locais emitem para concelhos), seja introduzido o factor demográfico. Significa, segundo José Faustino, que deve ser criada uma divisão na tipologia da rádio com base no número de potenciais ouvintes. Uma rádio que está inserida num concelho com 100 mil habitantes deve ser classificada de forma diferente de outra que atingirá 10 mil pessoas.
A proposta da APR sugere a existência de “um modelo misto” que implica, segundo as palavras do presidente da APR, uma grau de profissionalização, mas também de amadorismo. Ou seja, torna a lei mais flexível e diversificada. É neste ponto que Faustino estabelece uma comparação com as rádios comunitárias, embora admita que o modelo que propõe bem como a futura designação não seja exactamente essa.
José Faustino admitiu a complexidade desta questão e, por isso, por aquilo que percebi, a proposta está ainda em fase de preparação. Em breve seguramente haverá outros detalhes.
O que me parece menos correcto, por aquilo que ouvi, tem a ver com o que José Faustino apresentou como três certezas:
1ª as rádios, mesmo quando classificadas como comunitárias (ou com outra designação similar) vão poder continuar a angariar publicidade, apesar dos custos serem mais reduzidos, em especial com os recursos humanos (a ideia é possibilitar o amadorismo). Mas essa captação de publicidade estará sujeita a algumas limitações? Por exemplo, uma menor percentagem de tempo por hora, em relação às outras rádios? Não se criarão condições de concorrência desleal, pois uma rádio não totalmente profissionalizada poderá disputar o mercado publicitário de forma igualitária com outra que tem custos muito mais reduzidos?
2ª o subsidio por parte das autarquias tem que passar a ser possível. É uma matéria recorrente. Desde o primeiro projecto de lei com vista à legalização das rádios piratas, proposto em 1983 por Jaime Ramos e Dinis Alves, que se fala no assunto. Não tem sido possível e do meu ponto de vista bem.
3ª todos poderão passar a dar voz à informação e não apenas os jornalistas. É uma ideia já anteriormente defendida por José Faustino. O pressuposto em que assenta esta proposta da APR tem a ver com as dificuldades das rádios locais em empregar jornalistas. Percebo o princípio, mas não concordo com a solução. A informação, quando emitida nos noticiários, deve ser seleccionada, tratada e difundida exclusivamente por jornalistas, não concebo outro quadro.
Se o que se pretende é permitir que algumas rádios não sejam obrigadas a empregar jornalistas, então que a lei seja flexível no sentido de permitir que as rádios, quando classificadas de determinada forma, não tenham que emitir noticiários. Se há noticiário tem que haver jornalistas.
A este propósito, Beatriz Polivanov, investigadora brasileira que participou no debate a partir do Brasil, onde as Rádios Comunitárias já existem, referiu que a informação nas tais rádios brasileiras é emitida por pessoas que pertencem à comunidade e que não têm qualquer formação jornalística, a informação baseia-se na leitura dos jornais.
Ler jornais ao microfone não é jornalismo nem é rádio.
segunda-feira, março 10, 2008
Leituras
O blogue Jornalismo e Comunicação anuncia que estão disponíveis online várias edições da revista Comunicação&Sociedade da Universidade do Minho. Dos números que podem ser consultados na net há dois artigos sobre rádio.
Rádio em Portugal: tendências e grupos de comunicação na actualidade de Rogério Santos e
Internet y las nuevas formas de participación de los oyentes en los programas de rádio de Susana Herrera Damas.
Rádio em Portugal: tendências e grupos de comunicação na actualidade de Rogério Santos e
Internet y las nuevas formas de participación de los oyentes en los programas de rádio de Susana Herrera Damas.
Entre Espanha e Camacho
Uma segunda-feira com uma agenda anormalmente preenchida. Os noticiários da rádio dividiram-se esta manhã entre Camacho e Espanha com um pé no rescaldo da marcha dos professores do último Sábado.
Desta vez não houve necessidade de recorrer aos programas de fim-de-semana nem às intervenções de Marcelo Rebelo de Sousa.
Um destaque merecido para a emissão da Antena 1 a partir de Madrid.
Desta vez não houve necessidade de recorrer aos programas de fim-de-semana nem às intervenções de Marcelo Rebelo de Sousa.
Um destaque merecido para a emissão da Antena 1 a partir de Madrid.
quinta-feira, março 06, 2008
Debate sobre rádios comunitárias
A 12º edição das Jornadas da Comunicação da ESE de Portalegre vai decorrer entre os dias 10 e 13 de Março. Os alunos do curso de Jornalismo e Comunicação, que organizam a iniciativa, escolheram vários temas que estarão em debate durante os quatro dias.
Também há espaço para a rádio com o debate intitulado "Rádios Comunitárias: uma realidade desconhecida em Portugal" e no qual participarão José Faustino, da Associação Portuguesa de Radiodifusão, Luís Mendonça, Universidade FM e Beatriz Polivanov, investigadora que trabalha o tema no contexto brasileiro. O debate será na terça-feira às 21h00.
Os alunos decidiram ainda atribuir um tributo ao jornalista, da televisão, mas também da rádio, Joaquim Furtado.
Também há espaço para a rádio com o debate intitulado "Rádios Comunitárias: uma realidade desconhecida em Portugal" e no qual participarão José Faustino, da Associação Portuguesa de Radiodifusão, Luís Mendonça, Universidade FM e Beatriz Polivanov, investigadora que trabalha o tema no contexto brasileiro. O debate será na terça-feira às 21h00.
Os alunos decidiram ainda atribuir um tributo ao jornalista, da televisão, mas também da rádio, Joaquim Furtado.
quarta-feira, março 05, 2008
Rádio Zero
A Rádio Zero, um projecto da Associação dos Estudantes do Instituto Superior Técnico, comemora dois anos de existência.
A rádio emite exclusivamente através da net e aproveitou o aniversário para lançar uma nova grelha de programação.
Parabéns.
A rádio emite exclusivamente através da net e aproveitou o aniversário para lançar uma nova grelha de programação.
Parabéns.
quinta-feira, fevereiro 28, 2008
20 razões que me têm feito estar ligado à TSF
1 – Os noticiários das manhãs da rádio da primeira metade da década de 90.
2 – E também a opinião e o comentário.
3 – A rede noticiosa: correspondentes nacionais e estrangeiros.
4 – Sena Santos.
5 – David Borges. Carlos Vaz Marques.Luís Proença, João Paulo Baltazar e João Almeida
6 – Ana Catarina Santos e Cristina Lai Men
7 – O Grande Júri.
8 – Freud e Maquiavel.
9 – O Postigo de Fernando Alves.
10 – E os Sinais.
11 – As reportagens em directo de Maria Flor Pedroso a partir do Parlamento.
12- O cinema dito por Tiago Alves e Lara Marques Pereira.
13- Os relatos a dois de Fernando Correia e Jorge Perestrelo.
14- E também os de Carlos Daniel.
15- E os especiais informativos sobre os grandes jogos de futebol.
16- As escolhas musicais quando eram feitas pelos locutores. Sem playlist.
17- Os Cromos.
18- O Fórum.
19- As grandes reportagens da TSF.
20- Uma nova forma de fazer jornalismo radiofónico em Portugal.
Parabéns pelas duas décadas de existência.
2 – E também a opinião e o comentário.
3 – A rede noticiosa: correspondentes nacionais e estrangeiros.
4 – Sena Santos.
5 – David Borges. Carlos Vaz Marques.Luís Proença, João Paulo Baltazar e João Almeida
6 – Ana Catarina Santos e Cristina Lai Men
7 – O Grande Júri.
8 – Freud e Maquiavel.
9 – O Postigo de Fernando Alves.
10 – E os Sinais.
11 – As reportagens em directo de Maria Flor Pedroso a partir do Parlamento.
12- O cinema dito por Tiago Alves e Lara Marques Pereira.
13- Os relatos a dois de Fernando Correia e Jorge Perestrelo.
14- E também os de Carlos Daniel.
15- E os especiais informativos sobre os grandes jogos de futebol.
16- As escolhas musicais quando eram feitas pelos locutores. Sem playlist.
17- Os Cromos.
18- O Fórum.
19- As grandes reportagens da TSF.
20- Uma nova forma de fazer jornalismo radiofónico em Portugal.
Parabéns pelas duas décadas de existência.
quarta-feira, fevereiro 27, 2008
Da rádio desta manhã
terça-feira, fevereiro 26, 2008
Rede europeia de rádios
A comissária europeia para a comunicação anunciou a criação de uma rede de rádios nacionais e regionais europeias que deverá começar a emitir a partir de Abril com o objectivo de produzir e difundir conteúdos informativos sobre as questões europeias.
A rede será liderada pela alemã Deutsche Welle e pela francesa Radio France International e, no caso português, segundo a Lusa, contará com a participação da rádio Europa-Lisboa.
O projecto arrancará com 16 rádios de treze países e as emissões serão difundidas em 10 línguas.
A rede consistirá na transmissão diária de programas informativos, de análise, de opinião e de debate em várias frequências a partir de Abril. Os programas deverão atingir um público estimado em 19 milhões de ouvintes só na União Europeia e em 30 milhões no resto do mundo.
Obrigado ao Ricardo pela dica.
A rede será liderada pela alemã Deutsche Welle e pela francesa Radio France International e, no caso português, segundo a Lusa, contará com a participação da rádio Europa-Lisboa.
O projecto arrancará com 16 rádios de treze países e as emissões serão difundidas em 10 línguas.
A rede consistirá na transmissão diária de programas informativos, de análise, de opinião e de debate em várias frequências a partir de Abril. Os programas deverão atingir um público estimado em 19 milhões de ouvintes só na União Europeia e em 30 milhões no resto do mundo.
Obrigado ao Ricardo pela dica.
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
A rádio na outra margem
sexta-feira, fevereiro 22, 2008
Rituais
É inquestionável o crescimento da imprensa gratuita em Portugal. Sejam títulos locais ou regionais, sejam de âmbito nacional. Mas continuam a ser ignorados nas revistas de imprensa das principais rádios portuguesas.
Não percebo qual é o critério.
Não percebo qual é o critério.
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
Escuta de rádio na internet
De acordo com a Marktest, os sites das rádios portuguesas foram visitados em 2007 por perto de 1,6 milhões de internautas.
A TSF foi a rádio cujo site foi mais vezes visitado, enquanto que o da Rádio Cidade mereceu da parte dos visitantes mais tempo para a sua consulta.
Os números divulgados têm, como sempre, várias interpretações.
Por exemplo, se olharmos para a lista dos sites, verificamos que, com excepção do site da Cotonete, todas as outras rádios nasceram e emitem no espaço hertziano. Constatamos ainda a predominância de sites de rádios destinadas a um público mais jovem, o que tratando-se de Internet não é de estranhar.
Para lembrar este estudo realizado igualmente pela Marktest
A TSF foi a rádio cujo site foi mais vezes visitado, enquanto que o da Rádio Cidade mereceu da parte dos visitantes mais tempo para a sua consulta.
Os números divulgados têm, como sempre, várias interpretações.
Por exemplo, se olharmos para a lista dos sites, verificamos que, com excepção do site da Cotonete, todas as outras rádios nasceram e emitem no espaço hertziano. Constatamos ainda a predominância de sites de rádios destinadas a um público mais jovem, o que tratando-se de Internet não é de estranhar.
Para lembrar este estudo realizado igualmente pela Marktest
terça-feira, fevereiro 12, 2008
Sons da rádio também na net II
E aqui está mais um sítio na net onde se podem encontrar bons trabalhos jornalísticos da rádio portuguesa. Neste caso da TSF. O site do jornalista João Morais no qual coloca uma série de reportagens que efectuou para aquela emissora.Há muito por onde escolher, mas gostaria de propor a escuta desta.
P.S. - Agradeço a quem me deixou a ligação para este site, que não conhecia.
P.S. - Agradeço a quem me deixou a ligação para este site, que não conhecia.
segunda-feira, fevereiro 11, 2008
Novidades na RR
1 - A quinta rádio do grupo Renascença (Depois do Canal 1 da RR, RFM, Mega FM e Mega FM-Sintra) destinada a um público sénior deverá arrancar até Junho.
No capítulo da informação pode ler-se o seguinte na notícia da M&P:
A nível informativo a estação irá manter sinergias com a Renascença que deverá assumir os blocos informativos, estando, no entanto, prevista a produção de informação própria.
A deliberação da ERC sobre o pedido da Renascença. E a opinião de Emidio Rangel
2 - Depois da saída de Arsénio Reis para a TSF, a Renascença tem agora Eunice Lourenço como chefe de redacção da emissora.
No capítulo da informação pode ler-se o seguinte na notícia da M&P:
A nível informativo a estação irá manter sinergias com a Renascença que deverá assumir os blocos informativos, estando, no entanto, prevista a produção de informação própria.
A deliberação da ERC sobre o pedido da Renascença. E a opinião de Emidio Rangel
2 - Depois da saída de Arsénio Reis para a TSF, a Renascença tem agora Eunice Lourenço como chefe de redacção da emissora.
sexta-feira, fevereiro 01, 2008
Sons da rádio também na net
Bons sons para ouvir (ou voltar a ouvir) e fazer download no blogue do jornalista da TSF, Pedro Miguel Costa.
Via Blogouve-se
Via Blogouve-se
terça-feira, janeiro 29, 2008
O Rádio Clube, um ano depois
Tal como há um ano, a aposta no novo figurino do Rádio Clube, mais virado para a informação, beneficiou de um fértil dia informativo.
No dia 29 de Janeiro de 2007 o tema do dia girou em torno da campanha para o referendo ao Aborto, que começaria no dia seguinte. João Adelino Faria e Nuno Domingues, sempre mais o primeiro que o segundo, conduziram a primeira emissão do Minuto-a-Minuto centralizada num inquérito feito aos deputados sobre a interrupção voluntária da gravidez. Doze meses depois, o Rádio Clube voltou a ter a agenda do seu lado com a notícia, embora surgida mais tarde, da remodelação no governo de Sócrates.
São dias como estes que os jornalistas gostam. Não que profetizem a desgraça, mas por se sentirem colocados à prova. Então os de rádio… Não há muito tempo um jornalista de uma rádio dizia-me que precisava de uma guerra, farto que estava de ‘picar’ o ponto de conferência de imprensa em conferência de imprensa !!!
Ora, o que fica, um ano depois, do novo Rádio Clube?
A mais-valia – As manhãs. São dinâmicas e informativas e que ficaram a ganhar com a entrada de Ana Bernardino. João Adelino Faria fica mais ‘solto’ para fazer o que realmente sabe fazer muito bem: conversar e entrevistar. As manhãs do Rádio Clube oferecem realmente uma agenda diferente da concorrência. Não vale a pena discutir se marcam ou não a agenda dos outros media, mas possibilitam outros olhares e isso, parece-me, é positivo.
As manhãs do Rádio Clube têm ainda um bónus: uma revista da imprensa internacional.
O Minuto-a-Minuto está centralizado na figura de João Adelino Faria, mas seria injusto não destacar o excelente papel desempenhado diariamente por Nuno Domingues.
A desilusão – As Noites. Luís Osório chegou a dizer que pretendia que as noites fossem um “espaço nobre e de culto na rádio em Portugal". Tem razão. Esperava-se (espera eu, pelo menos) que ele oferecesse esse novo dinamismo. Não me parece que tal suceda. É verdade que as noites na rádio não interessam a quem gere a rádio. Não dá lucro. A televisão é uma forte concorrente. O horário radiofónico das 20 horas não é aliciante, mas faz mesmo falta um programa de informação que organize a velocidade do dia radiofónico. Só encontro isso na Renascença. O Rádio Clube oferece-nos, no fundo, uma escuta renovada da Bancada Central.
Entre a mais-valia e a desilusão fica:
- A “Janela Aberta” com entrevistas muito bem conduzidas por Ana de Sousa Dias e algumas reportagens interessantes. Ana de Sousa Dias corrige a pouco e pouco algumas falhas inciais nas ligações entre espaços do programa;
- Os noticiários, que continuo a encará-los como o resto da actualidade depois de uma manhã cheia. Aqui o Rádio Clube volta à agenda, digamos, comum e expectável.
- Os desdobramentos da emissão que, com pena minha, ainda não consegui ouvir, pois escuto a emissão de Lisboa.
…E um desejo. Que as magras audiências não sejam pretexto para acabar com esta nova linha do Rádio Clube. Para quem procura informação na rádio seria uma enorme perda.
No dia 29 de Janeiro de 2007 o tema do dia girou em torno da campanha para o referendo ao Aborto, que começaria no dia seguinte. João Adelino Faria e Nuno Domingues, sempre mais o primeiro que o segundo, conduziram a primeira emissão do Minuto-a-Minuto centralizada num inquérito feito aos deputados sobre a interrupção voluntária da gravidez. Doze meses depois, o Rádio Clube voltou a ter a agenda do seu lado com a notícia, embora surgida mais tarde, da remodelação no governo de Sócrates.
São dias como estes que os jornalistas gostam. Não que profetizem a desgraça, mas por se sentirem colocados à prova. Então os de rádio… Não há muito tempo um jornalista de uma rádio dizia-me que precisava de uma guerra, farto que estava de ‘picar’ o ponto de conferência de imprensa em conferência de imprensa !!!
Ora, o que fica, um ano depois, do novo Rádio Clube?
A mais-valia – As manhãs. São dinâmicas e informativas e que ficaram a ganhar com a entrada de Ana Bernardino. João Adelino Faria fica mais ‘solto’ para fazer o que realmente sabe fazer muito bem: conversar e entrevistar. As manhãs do Rádio Clube oferecem realmente uma agenda diferente da concorrência. Não vale a pena discutir se marcam ou não a agenda dos outros media, mas possibilitam outros olhares e isso, parece-me, é positivo.
As manhãs do Rádio Clube têm ainda um bónus: uma revista da imprensa internacional.
O Minuto-a-Minuto está centralizado na figura de João Adelino Faria, mas seria injusto não destacar o excelente papel desempenhado diariamente por Nuno Domingues.
A desilusão – As Noites. Luís Osório chegou a dizer que pretendia que as noites fossem um “espaço nobre e de culto na rádio em Portugal". Tem razão. Esperava-se (espera eu, pelo menos) que ele oferecesse esse novo dinamismo. Não me parece que tal suceda. É verdade que as noites na rádio não interessam a quem gere a rádio. Não dá lucro. A televisão é uma forte concorrente. O horário radiofónico das 20 horas não é aliciante, mas faz mesmo falta um programa de informação que organize a velocidade do dia radiofónico. Só encontro isso na Renascença. O Rádio Clube oferece-nos, no fundo, uma escuta renovada da Bancada Central.
Entre a mais-valia e a desilusão fica:
- A “Janela Aberta” com entrevistas muito bem conduzidas por Ana de Sousa Dias e algumas reportagens interessantes. Ana de Sousa Dias corrige a pouco e pouco algumas falhas inciais nas ligações entre espaços do programa;
- Os noticiários, que continuo a encará-los como o resto da actualidade depois de uma manhã cheia. Aqui o Rádio Clube volta à agenda, digamos, comum e expectável.
- Os desdobramentos da emissão que, com pena minha, ainda não consegui ouvir, pois escuto a emissão de Lisboa.
…E um desejo. Que as magras audiências não sejam pretexto para acabar com esta nova linha do Rádio Clube. Para quem procura informação na rádio seria uma enorme perda.
segunda-feira, janeiro 28, 2008
terça-feira, janeiro 22, 2008
quarta-feira, janeiro 16, 2008
Fragoso deixa a TSF - Act
segunda-feira, janeiro 14, 2008
Audiências
O sobe e desce das audiências de rádio: no último trimestre de 2007 ouviu-se mais rádio, segundo o Bareme da Markest.
sexta-feira, janeiro 11, 2008
O estudo das rádios locais portuguesas
Tenho verificado o que me parece ser um aumento de interesse no estudo das rádios locais portuguesas.
No último ano fui contactado por quatro futuros mestres (de três universidades portuguesas) cujas investigações, por certo, muito contribuirão para o melhor conhecimento deste sector da rádio portuguesa.
Gostaria de assinalar este facto que me parece extremamente importante, tendo em conta a escassez de trabalhos deste género no contexto português.
Boa sorte para as investigações.
No último ano fui contactado por quatro futuros mestres (de três universidades portuguesas) cujas investigações, por certo, muito contribuirão para o melhor conhecimento deste sector da rádio portuguesa.
Gostaria de assinalar este facto que me parece extremamente importante, tendo em conta a escassez de trabalhos deste género no contexto português.
Boa sorte para as investigações.
quinta-feira, janeiro 10, 2008
Alcochete nas rádios
O anúncio de José Sócrates sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa proporcionou uma boa tarde informativa na rádio portuguesa.
Na emissão hertziana, TSF e Antena 1 prolongaram as emissões com comentários, reacções, históricos e reportagens a partir, primeiro dos arredores do campo de Tiro de Alcochete e depois da Ota.
Mas o enfoque acabaria por ser dado à questão política, sublinhando-se as declarações do ministro Mário Lino proferidas há alguns meses sobre a margem sul.
No online também houve acompanhamento. O site da RDP, beneficiando das sinergias com a televisão pública, disponibilizou vídeos. A TSF e Renascença apresentam sons dos protagonistas: o anúncio de Sócrates, as reacções mais diversas. No online replicou-se, contudo, a emissão hertziana.
Destaco o Rádio Clube que foi o primeiro a fazer uma ligação para o relatório do LNEC. Ao final da tarde já era possível fazer o download do mesmo documento a partir do site da RDP.
Uma passagem pelas rádios locais que ainda emitem na zona envolvente a Alcochete, permitiu verificar que o tratamento informativo, que nem sempre existiu, não apresentou qualquer mais-valia que poderia advir do conhecimento da região e proximidade com a população local.
Na maior parte dos casos, a começar pela Eco FM, que é a rádio local de Alcochete, a colagem à informação emitida pelos órgãos nacionais foi evidente.
Quem visitar, por exemplo, o site da Pal FM (rádio local de Palmela) encontra apenas duas notícias desta quinta-feira: uma sobre o Festróia e outra acerca da AutoEuropa.
Na emissão hertziana, TSF e Antena 1 prolongaram as emissões com comentários, reacções, históricos e reportagens a partir, primeiro dos arredores do campo de Tiro de Alcochete e depois da Ota.
Mas o enfoque acabaria por ser dado à questão política, sublinhando-se as declarações do ministro Mário Lino proferidas há alguns meses sobre a margem sul.
No online também houve acompanhamento. O site da RDP, beneficiando das sinergias com a televisão pública, disponibilizou vídeos. A TSF e Renascença apresentam sons dos protagonistas: o anúncio de Sócrates, as reacções mais diversas. No online replicou-se, contudo, a emissão hertziana.
Destaco o Rádio Clube que foi o primeiro a fazer uma ligação para o relatório do LNEC. Ao final da tarde já era possível fazer o download do mesmo documento a partir do site da RDP.
Uma passagem pelas rádios locais que ainda emitem na zona envolvente a Alcochete, permitiu verificar que o tratamento informativo, que nem sempre existiu, não apresentou qualquer mais-valia que poderia advir do conhecimento da região e proximidade com a população local.
Na maior parte dos casos, a começar pela Eco FM, que é a rádio local de Alcochete, a colagem à informação emitida pelos órgãos nacionais foi evidente.
Quem visitar, por exemplo, o site da Pal FM (rádio local de Palmela) encontra apenas duas notícias desta quinta-feira: uma sobre o Festróia e outra acerca da AutoEuropa.
Novidades na TSF
Um programa sobre a Europa e outro que abordará a história do cinema são as próximas novidades na TSF.
quarta-feira, janeiro 02, 2008
Recordar a X
É para muitos, ainda hoje, um dos projectos radiofónicos mais interessantes que surgiram em Portugal no pós-25 de Abril.
A XFM não teve vida longa, nem muito fácil. Enquanto esteve no ar possibilitou a escuta de grandes vozes e de um interessante conceito de estética radiofónica. Mas faliu aos olhos de uma nova rádio virada para a viabilidade financeira e à procura de audiências.
Ficam quatro momentos do seu final, estampados nas páginas do Público.
A XFM não teve vida longa, nem muito fácil. Enquanto esteve no ar possibilitou a escuta de grandes vozes e de um interessante conceito de estética radiofónica. Mas faliu aos olhos de uma nova rádio virada para a viabilidade financeira e à procura de audiências.
Ficam quatro momentos do seu final, estampados nas páginas do Público.
Museu da Rádio
Junto-me à indignação manifestada por outros em relação ao encerramento definitivo do Museu da Rádio.
Vale a pena ler o que se escreveu sobre o assunto no
A Rádio em Portugal e no Indústrias Culturais
Vale a pena ler o que se escreveu sobre o assunto no
A Rádio em Portugal e no Indústrias Culturais
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