Dois trabalhos para ouvir (e ver) no site da Renascença que perspectivam como vai ser 2007. Aqui e aqui.
E como foi 2006 no site da Cadena Ser. Resumen del Año
Um Bom Ano para todos.
sexta-feira, dezembro 29, 2006
sábado, dezembro 23, 2006
terça-feira, dezembro 19, 2006
Rádio grafias
Ora aqui está uma iniciativa interessante. António Silva, autor do blogue "A Minha Rádio" está a promover um concurso no qual pede aos cibernautas que lhe enviem material relacionado com a rádio. Há até um júri e prémios para os melhores.
Lê-se no regulamento do concurso:
Os artigos podem ser textos, imagens, vídeos e áudio, podendo estes últimos ser documentos sonoros ou trabalhos para disponibilização em podcasting.
Podem ser trabalhos de investigação, opinião ou fantasia, sobre a rádio em qualquer das suas vertentes e poderão enquadrar-se em qualquer das áreas do site.
Lê-se no regulamento do concurso:
Os artigos podem ser textos, imagens, vídeos e áudio, podendo estes últimos ser documentos sonoros ou trabalhos para disponibilização em podcasting.
Podem ser trabalhos de investigação, opinião ou fantasia, sobre a rádio em qualquer das suas vertentes e poderão enquadrar-se em qualquer das áreas do site.
quarta-feira, dezembro 13, 2006
Outros tempos ...
Chegou-me às mãos (Obrigado Sarah) uma das edições do dia 2 de Maio de 1945 do britânico Daily Mail. O jornal fala da morte de Hitler e o que salta à vista são as frequentes referências à forma como a rádio deu a conhecer ao mundo aquele facto, demonstrando que se tratava, na época, do principal meio de comunicação de massas.
Num artigo intitulado "Wagnerian concert of Death - 90 minutes of radio suspense" é feito o relato de como a rádio alemã deu a notícia ao Mundo.
"While the world waited in suspense, the solemn music of Wagner rolled out from the last stations of the Reich". A Rádio alemã esteve das 21 às 22h25 a adiar a notícia, lê-se no Daily Mail. Entre os frequentes avisos, "Achtung, achtung !", a rádio ia passando Wagner.
Depois noticiou: "(...) our Führer has fallen this afternoon in his command post in the Reich Chancellery fighting to his last breath against Bolshevism".
Num artigo intitulado "Wagnerian concert of Death - 90 minutes of radio suspense" é feito o relato de como a rádio alemã deu a notícia ao Mundo.
"While the world waited in suspense, the solemn music of Wagner rolled out from the last stations of the Reich". A Rádio alemã esteve das 21 às 22h25 a adiar a notícia, lê-se no Daily Mail. Entre os frequentes avisos, "Achtung, achtung !", a rádio ia passando Wagner.
Depois noticiou: "(...) our Führer has fallen this afternoon in his command post in the Reich Chancellery fighting to his last breath against Bolshevism".
segunda-feira, dezembro 11, 2006
Que papel para a rádio informativa ?
A opinião é unânime: "É na televisão que as pessoas têm o seu primeiro contacto com a informação, porque lêem poucos jornais". A conclusão é dos próprios directores da área informativa da RTP e da SIC.
Se é assim, que papel cabe à rádio informativa, tendo em conta que:
“La rádio será, pues, la primeira en suministrar la «primera notícia» de un acontecimento y ésta es una de las principales características del periodismo radiofónico” (Prado, 1985: 23).
“Rádio news is everywhere – in the car, at home, in offices, on the street, in restaurants and stores – everywhere” (Bartlett, 1995:30).
Conceitos de rádio desactualizados ?
Se é assim, que papel cabe à rádio informativa, tendo em conta que:
“La rádio será, pues, la primeira en suministrar la «primera notícia» de un acontecimento y ésta es una de las principales características del periodismo radiofónico” (Prado, 1985: 23).
“Rádio news is everywhere – in the car, at home, in offices, on the street, in restaurants and stores – everywhere” (Bartlett, 1995:30).
Conceitos de rádio desactualizados ?
quinta-feira, dezembro 07, 2006
Mais sobre o novo RCP
A conta gotas vamos conhecendo mais alguns pormenores acerca do projecto do novo Rádio Clube.
No programa Clube de Jornalistas, Luís Osório, director da estação, para além de ter adiantado o nome do pivot das manhãs informativas, João Adelino Faria, que será também director-adjunto, anunciou que já foi contratado outro jornalista para as noites, que Osório pretende que sejam "um espaço nobre e de culto na rádio em Portugal".
Outra informação que me parece relevante é o facto do Rádio Clube passar a desdobrar as suas emissões em programas locais a emitir, entre as 12 e as 17h, em cada uma das emissoras locais pertencentes ao RCP.
De acordo com o jornal Público, as manhãs informativas do Rádio Clube vão estender-se até às 12h, quando o mais comum é terminarem depois do noticiário das 10h.
Julgo, contudo, que o mais importante é verificar o que o Rádio Clube fará na prática com tantas ideias e em relação a um aspecto em particular: as potencialidades do meio Rádio para marcar a agenda do dia.
Ribeiro Cardoso, o pivot deste programa do Clube de Jornalistas, introduziu o tema: As rádios abrem noticiários com as manchetes dos jornais. Osório concordou: "A rádio deixou de ter notícias próprias. A agenda da rádio é a agenda das agendas".
É injusto generalizar, mas em boa parte isso sucede e, por isso, a verdadeira pedrada no charco na informação radiofónica em Portugal, julgo, deverá passar por inverter esse cenário.
No programa Clube de Jornalistas, Luís Osório, director da estação, para além de ter adiantado o nome do pivot das manhãs informativas, João Adelino Faria, que será também director-adjunto, anunciou que já foi contratado outro jornalista para as noites, que Osório pretende que sejam "um espaço nobre e de culto na rádio em Portugal".
Outra informação que me parece relevante é o facto do Rádio Clube passar a desdobrar as suas emissões em programas locais a emitir, entre as 12 e as 17h, em cada uma das emissoras locais pertencentes ao RCP.
De acordo com o jornal Público, as manhãs informativas do Rádio Clube vão estender-se até às 12h, quando o mais comum é terminarem depois do noticiário das 10h.
Julgo, contudo, que o mais importante é verificar o que o Rádio Clube fará na prática com tantas ideias e em relação a um aspecto em particular: as potencialidades do meio Rádio para marcar a agenda do dia.
Ribeiro Cardoso, o pivot deste programa do Clube de Jornalistas, introduziu o tema: As rádios abrem noticiários com as manchetes dos jornais. Osório concordou: "A rádio deixou de ter notícias próprias. A agenda da rádio é a agenda das agendas".
É injusto generalizar, mas em boa parte isso sucede e, por isso, a verdadeira pedrada no charco na informação radiofónica em Portugal, julgo, deverá passar por inverter esse cenário.
quarta-feira, dezembro 06, 2006
João Adelino Faria no RCP
A informação está no site do Clube de Jornalistas. A tal figura de referência do jornalismo português a contratar para as manhãs do Rádio Clube é João Adelino Faria.
O programa do Clube de Jornalistas de hoje é dedicado à importância da informação na rádio. Foi na gravação do programa que Luís Osório revelou que JAF seria o pivot das manhãs do Rádio Clube. O programa começa, mais ou menos, às 23h30.
O programa do Clube de Jornalistas de hoje é dedicado à importância da informação na rádio. Foi na gravação do programa que Luís Osório revelou que JAF seria o pivot das manhãs do Rádio Clube. O programa começa, mais ou menos, às 23h30.
Leituras
Duas comunicações sobre podcasting apresentadas no III Congresso Online do Observatorio para la Cibersociedad que terminou no passado dia 3 de Dezembro.
Podcasting: origem, tendências e influência em uma comunicação mais livre da autoria de José António Gelado, considerado o primeiro podcaster espanhol.
Podcasting:uma nova forma de transmitir a informação da autoria de Joan Frígola Reig.
Podcasting: origem, tendências e influência em uma comunicação mais livre da autoria de José António Gelado, considerado o primeiro podcaster espanhol.
Podcasting:uma nova forma de transmitir a informação da autoria de Joan Frígola Reig.
terça-feira, dezembro 05, 2006
RTP cria conteúdos para cegos
É uma iniciativa que se saúda. O site da RTP passou a incluir uma versão áudio de alguns dos seus conteúdos para pessoas com necessidades especiais.
A notícia vem na newsletter do Meios e Publicidade:
De acordo com as informações avançadas pelo operador de serviço público, o serviço ontem estreado, e que não requer qualquer tipo de instalação, “consiste na vocalização dos conteúdos apresentados no normal formato de texto, referindo-se portanto a notícias, programações de televisão e rádio e outros conteúdos“.
Os conteúdos estão aqui.
A notícia vem na newsletter do Meios e Publicidade:
De acordo com as informações avançadas pelo operador de serviço público, o serviço ontem estreado, e que não requer qualquer tipo de instalação, “consiste na vocalização dos conteúdos apresentados no normal formato de texto, referindo-se portanto a notícias, programações de televisão e rádio e outros conteúdos“.
Os conteúdos estão aqui.
domingo, dezembro 03, 2006
O primeiro ano
Assinalo hoje o primeiro ano de vida deste blogue. Agradeço a todos os que por aqui têm passado.
sábado, dezembro 02, 2006
A Renascença, o aborto e o jornalismo
Seria de esperar que um tema como o referendo ao aborto suscitasse uma série de debates paralelos relativamente à matéria principal. E um desses debates será (e já está a ser) a forma como os media fazem a sua cobertura noticiosa.
A Rádio Renascença optou por assumir publicamente a sua posição que é próxima à da Igreja Católica, o que naturalmente (digo eu) não surpreende. A posição tomada numa nota que está disponível no site da emissora suscitou algumas reacções que julgo poderem dividir-se em duas visões:
A primeira tem a ver com o tornar claro aos olhos da opinião pública as mensagens difundidas, neste caso, pela Rádio Renascença. Ou seja, se a emissora assume uma determinada posição numa questão, então as mensagens por ela difundidas passam a ser melhor percepcionadas pelos ouvintes em face desse posicionamento. E quem não gosta muda de canal.
A segunda tem mais a ver com a preservação de um conjunto de valores (alguns deles considerados sagrados) da classe jornalística. Quer isto significar que os meios de comunicação social existem para informar e não para tomar posições acerca das matérias.
A Renascença quer estar nos dois lados da questão. Ou seja, por um lado assume-se como defensora do Não, mas por outro refere que Nos seus espaços informativos, a Renascença actuará com a objectividade própria dos meios de comunicação social. Saberá, por isso, ouvindo as diversas partes, distinguir factos e propaganda; notícia e opinião.
Será isto possível?
A cobertura que a RR tem feito ao acontecimento em termos informativos sugere-me três tendências:
1 – o tratamento seguindo uma perspectiva religiosa do tema divulgando com frequência a posição da Igreja Católica. Dois exemplos:
Primeiro , Segundo .
2- reforço da perspectiva do Não, por exemplo no dia da aprovação da proposta de referendo no parlamento, no noticiário das 18h ouviram-se declarações de deputados do PS que votaram contra e de seguida a RR deu conta de uma nota de D. José Policarpo;
3- posição favorável ao Não manifestada, em espaços de opinião, por jornalistas com responsabilidades editoriais. Por exemplo a opinião da editora de política, Angela Silva.
Deve-se, contudo, fazer notar que a cobertura noticiosa que a Renascença fez no passado dia 29 durante o noticiário das 20h, em que acompanhou a comunicação do Presidente da República, em nada ficou a dever à da TSF e Antena 1. Directo da comunicação de Cavaco Silva e depois uma ronda pelas principais reacções, do Sim ao Não e da esquerda à direita.
Para acompanhar esta matéria aqui, aqui e aqui .
A Rádio Renascença optou por assumir publicamente a sua posição que é próxima à da Igreja Católica, o que naturalmente (digo eu) não surpreende. A posição tomada numa nota que está disponível no site da emissora suscitou algumas reacções que julgo poderem dividir-se em duas visões:
A primeira tem a ver com o tornar claro aos olhos da opinião pública as mensagens difundidas, neste caso, pela Rádio Renascença. Ou seja, se a emissora assume uma determinada posição numa questão, então as mensagens por ela difundidas passam a ser melhor percepcionadas pelos ouvintes em face desse posicionamento. E quem não gosta muda de canal.
A segunda tem mais a ver com a preservação de um conjunto de valores (alguns deles considerados sagrados) da classe jornalística. Quer isto significar que os meios de comunicação social existem para informar e não para tomar posições acerca das matérias.
A Renascença quer estar nos dois lados da questão. Ou seja, por um lado assume-se como defensora do Não, mas por outro refere que Nos seus espaços informativos, a Renascença actuará com a objectividade própria dos meios de comunicação social. Saberá, por isso, ouvindo as diversas partes, distinguir factos e propaganda; notícia e opinião.
Será isto possível?
A cobertura que a RR tem feito ao acontecimento em termos informativos sugere-me três tendências:
1 – o tratamento seguindo uma perspectiva religiosa do tema divulgando com frequência a posição da Igreja Católica. Dois exemplos:
Primeiro , Segundo .
2- reforço da perspectiva do Não, por exemplo no dia da aprovação da proposta de referendo no parlamento, no noticiário das 18h ouviram-se declarações de deputados do PS que votaram contra e de seguida a RR deu conta de uma nota de D. José Policarpo;
3- posição favorável ao Não manifestada, em espaços de opinião, por jornalistas com responsabilidades editoriais. Por exemplo a opinião da editora de política, Angela Silva.
Deve-se, contudo, fazer notar que a cobertura noticiosa que a Renascença fez no passado dia 29 durante o noticiário das 20h, em que acompanhou a comunicação do Presidente da República, em nada ficou a dever à da TSF e Antena 1. Directo da comunicação de Cavaco Silva e depois uma ronda pelas principais reacções, do Sim ao Não e da esquerda à direita.
Para acompanhar esta matéria aqui, aqui e aqui .
Subscrever:
Mensagens (Atom)