sábado, dezembro 29, 2007

Votos para 2008

- Assistiremos à consolidação da aposta da Renascença no multimédia. 2007 marcou o lançamento de iniciativas muito interessantes neste capítulo como são os casos do Pagina Um, da inclusão de reportagens em vídeo e de infografia animada. O Grupo Reanscença anunciou que em 2008 irá lançar canais temáticos online. Ficaremos à espera.

- A Antena 1 também deu um importante contributo no campo do multimédia emitindo pela primeira vez relatos exclusivos na internet. E já agora a TSF que a propósito do programa de entrevistas “Discurso Directo” começou a disponibilizar vídeos no seu site. Experiências que devem ter seguimento em 2008.

- De regresso ao universo da Renascença, esperamos pela tal rádio dirigida ao público sénior. Também se aguarda para 2008 mais novidades acerca da TSF, cujo grupo a que pertence, a Controlinveste, anunciou a criação de novos canais.

- E a Record FM já começou a emitir em 107.7?

- 2008 será ainda o ano da revisão da Lei da Rádio
Certamente que estará em cima da mesa um sem-número de propostas de alteração da actual lei. Espera-se uma lei virada para os desafios do online e da digitalização e que dê coerência à tipologia da rádio portuguesa. Não se pode continuar a chamar rádios locais a todas as emissoras que têm uma frequência local. Mas o jornalismo, mesmo nas rádios locais, deve continuar a ser assegurado por jornalistas.

- 2008 dir-nos-à quem será o próximo provedor do ouvinte da RDP. José Nuno Martins já deu a entender que não pretende continuar no cargo (é bom que o próximo provedor seja um académico). JNM é provedor da RDP desde Abril de 2006. Completará, pois, este ano os dois anos de mandato.

- Deverá ser a prova de fogo do Rádio Clube. Depois da entrada em 2007 com um conjunto de propostas, algumas delas muito interessantes, as audiências acabaram por não corresponder, seguramente, ao que os seus responsáveis desejariam. A meio de 2007 já se sentiram alterações: mudaram as tardes, alguns espaços do fim-de-semana e foi nomeado um novo director de informação. Os profissionais e o maior grupo de rádios em Portugal hão-de querer mais em 2008. Aliás, anunciaram que querem mais.

- Aguardamos ainda para 2008 o arranque do arquivo sonoro online da RDP

O blogueiro deseja um excelente 2008 para todos.

domingo, dezembro 09, 2007

Quando a rádio marca a agenda...

... já não são muitos os exemplos que a rádio do contexto multimediático em que vivemos nos dá.
Tenho reparado, contudo, que por entre notícias repescadas dos jornais e a cobertura de serviços de agenda, a rádio, neste caso a TSF, tem conseguido colocar temas nos noticiários de outros media (em particular a televisão).

Refiro-me ao programa "Discurso Directo". Primeiro a entrevista a Durão Barroso. Depois Mário Soares e este fim-de-semana Rui Pereira. A rádio forneceu os sons e como cada vez menos isso sucede julgo ser de assinalar.

O programa conduzido por José Fragoso e João Marcelino, que resulta de uma parceria entre a TSF e o DN, mereceu também uma inovação no site da emissora.

terça-feira, dezembro 04, 2007

Reportagem TSF

É uma falha imperdoável. Ainda aqui não se tinha destacado um dos espaços mais importantes e, infelizmente, escassos da rádio portuguesa.

A Reportagem TSF é um elogio ao jornalismo radiofónico.
Bons temas. Outras vozes e excelentes trabalhos jornalísticos.
Tal como diz Cebrian Herreros, a reportagem radiofónica é o género que melhor aproveita as potencialidades sonoras do meio.
Os tempos que correm não estão para isso. Há menos jornalistas nas redacções e os que estão têm, sobretudo, que acorrer à actualidade previsivel, marcada por antecedência na agenda. Mesmo na rádio é assim!

Poucas redacções se dão ao luxo de "prescindir" de um jornalista para trabalhar durante uma, duas, três semanas num único tema.

Sugiro apenas dois bons trabalhos:

O Meu Filho Chocolate
e
Um Metro de Vida

segunda-feira, dezembro 03, 2007

E a rádio renasce ...

Em dia de aniversário do Rádio e Jornalismo aqui fica a ligação para um bom texto de Gustavo Cardoso.

A Terceira Vida da Rádio

O meu obrigado aos que por aqui têm passado.

quarta-feira, novembro 28, 2007

TSF prepara novos canais

A notícia é do Meios&Publicidade, mas não apresenta muitos dados sobre o assunto.

Lê-se apenas isto:
"Na rádio do grupo, TSF, estão igualmente previstos o lançamento de novos canais temáticos. Contactado pelo M&P, José Fragoso, director da estação, escusou-se a avançar mais detalhes."

quarta-feira, novembro 21, 2007

Grelhas sem gralhas

Aqui há dias escrevia que a grelha de programação da TSF não estava actualizada. Programas e espaços da nova "temporada" não constavam no site da emissora, mas ainda lá estavam outros que já não eram emitidos. É justo agora referir que os ouvintes da TSF já podem consultar a grelha devidamente actualizada.

O fim da rádio, outra vez

O fim da Rádio FM?

Os novos sons da TSF

A TSF estreou esta semana os novos sons da emissora. Nota-se a mesma serenidade e ritmo próprios de uma rádio informativa.
Quanto a mim, o tapete sonoro que é utilizado para a leitura dos títulos dos noticiários está um bocado rápido. É verdade que o objectivo deste tipo de sons é precisamente o de criar ritmo e um ambiente apelativo para os ouvintes que só a palavra não consegue transmitir. Outra estratégia, passaria pela alternância de vozes na leitura desses mesmos títulos, algo que as rádios nacionais não utilizam. Mas preferia a trilha anterior.
Provavelmente é só uma questão de hábito!

Mais sobre esta mudança na TSF. Aqui.

A rádio com novo blogue

Apesar de ter sido criado em Setembro, só agora dei por este novo blogue. Chama-se Mais Telefonia e é de autoria de Jorge Dias.
Fica a ligação: Mais Telefonia

sexta-feira, novembro 02, 2007

Novo provedor do Ouvinte na Altitude

O novo Provedor do Ouvinte da Rádio Altitude, Guarda, inicia este sábado funções. Trata-se de Hélder Sequeira e substitui António Dias de Almeida, que ocupou o cargo entre Fevereiro de 2006 e Junho de 2007.

António Dias de Almedia será, assim, o primeiro provedor do ouvinte da rádio portuguesa, uma vez que José Nuno Martins, da RDP, só entrou em funções em Abril de 2006, tendo o primeiro programa sido emitido no dia 9 de Setembro do mesmo ano, apesar da lei que criou esta figura no audiovisual público português ter data de Fevereiro de 2006.

sábado, outubro 27, 2007

Sons da história

A RDP vai disponibilizar online alguns dos sons que fizeram a história da emissora. A notícia vem no Público e refere que o acesso será livre a um conjunto de sonoridades. Ainda não há uma data para que os sons estejam disponíveis, mas os interessados podem ficar com uma ideia daquilo que vão encontrar partindo de um excerto de uma reportagem disponivel no site do Público.

O blogueiro fica à espera que sejam disponibilizados alguns bons noticiários.

sexta-feira, outubro 26, 2007

quinta-feira, outubro 25, 2007

Grelhas e gralhas

A Internet e a rádio parecem encontrar cada vez mais formas para se completarem.

É por isso desejável que potenciem os recursos de um e outro meio. Por exemplo, disponibilizando de forma fácil e directa nas respectivas páginas online as grelhas de programação, já que, como se verifica, encontrá-las nas páginas dos jornais é, por estes dias, coisa rara.

A que horas a TSF passa o programa Mundo Digital? Passa todos os dias? Não sabemos, pois a grelha de programas não está actualizada. O espaço "Cromos TSF" ainda existe?

E na Renascença, que até tem apostado bastante no seu site. Sabemos quem é o locutor de serviço a determinadas horas, mas não sabemos a que horas vai para o ar determinado espaço ou programa. Pelo menos de forma directa. É que, por exemplo, o programa Diga Lá Excelência tem um link na página da rádio, mas só sabemos o horário se lermos o texto referente à última edição.

A Antena 1 está bem.

segunda-feira, outubro 22, 2007

Público com podcasts

Já tem um mês, mas só agora dei por eles. O Público disponibiliza desde Setembro podcasts do Digital - o suplemento de Tecnologia do jornal.

Os conteúdos giram em torno dos temas abordados no suplemento, mas que no formato podcast são motivo para uma curta conversa.

A explicação para a iniciativa e o podcast sobre a podosfera portuguesa.

sábado, outubro 13, 2007

quinta-feira, outubro 11, 2007

Qual a razão para ...

... as aberturas dos telejornais serem notícia na rádio?

A TSF inclui excertos das aberturas dos noticiários televisivos da SIC, TVI e RTP 1 no final do noticiário das 20h.
Das duas uma: ou o tema de abertura é notícia e é tratado convenientemente pela redacção da rádio ou não é.

É diferente de uma revista de imprensa, comum nas edições da manhã da rádio, ainda assim fora dos noticiários. A revista de imprensa tem subjacente uma componente de informação útil. Ajuda os leitores a escolher o jornal para ler naquele dia. Parece-me irrelevante falar das aberturas dos noticiários televisivos quando já não poderão ser vistos.

E quem ouve rádio para, precisamente, escapar às aberturas das televisões?!

terça-feira, outubro 02, 2007

TSF com nova grelha

Foram apresentadas as novidades da nova grelha da TSF.

O que há de novo:
Humor - com espaços a cargo de Ana Bola e Maria Rueff (ainda não ouvi) e o Tubo de Ensaio de Bruno Nogueira ( Já ouvi. Na TSF prefiro espaços de humor de critica da actualidade. Daquilo que ouvi - ainda é prematuro, claro - não me parece ser essa a linha).

Desporto - a novidade parece ser só o formato. Trata-se de Jogo Jogado, um espaço onde "só se falará de futebol". A ideia é juntar três comentadores que vão falar de tácticas e das opções dos treinadores !!

Entrevista e debate - José Fragoso e João Marcelino vão conduzir um programa semanal com os protagonistas da actualidade. Será ao domingo.

Há ainda um programa sobre novas tecnologias intitulado Mundo Digital.

sexta-feira, setembro 28, 2007

O provedor e a Antena Aberta

O provedor do ouvinte concluiu uma série de programas nos quais analisou o programa “Antena Aberta” emitido diariamente na Antena 1.

Trata-se de um espaço no qual os ouvintes participam em directo dando a sua opinião acerca de um tema proposto pela emissora. O programa é conduzido por um jornalista.

José Nuno Martins conclui que a existência de um programa com tais características não é consentâneo com os propósitos de uma rádio de serviço público.

E porquê?

Para JNM no programa Antena Aberta “pontificam a imprecisão e também o excesso, como aconteceu, de modo grave, na emissão de 4 de Julho”.

O provedor lembra que recebeu várias queixas de ouvintes referindo-se à existência de tais imprecisões e insultos.

JNM baseia-se naquilo que considera ser o carácter pouco jornalístico do programa, uma vez que a recolha das opiniões dos ouvintes não resulta de uma pesquisa e o moderador nem sempre consegue impedir a utilização por parte dos participantes de termos e expressões menos próprias. Por outro lado, a participação é feita em directo, ou seja, sem a possibilidade de filtrar as intervenções. (Ver a experiência da NPR).

A linguagem utilizada, o grau de impreparação dos ouvintes para comentar alguns temas e a impossibilidade de verificar a identificação dos participantes são outros factores negativos atribuídos a este género de programas.

Para o provedor, a Antena Aberta resume-se a uma “sequência de opiniões avulsas de pessoas comuns, expostas de modo relativamente caótico, sumariamente pontuadas por intervenções esparsas de dois, três ou mais Especialistas convocados pela Produção”.

E por isso, quem trabalha na Rádio Pública deve “preservar a correcção formal em todos os momentos de uma emissão” e ter em conta “sempre a coerência das formulações estéticas, o equilíbrio dos conteúdos, a adequação da linguagem radiofónica e também o uso adequado da própria língua portuguesa, como aspectos que não podem ser esquecidos nem iludidos por quem trabalha na Rádio”.

Conclui JNM: “o todo caótico não me parece consentâneo com os planos de credibilidade, idoneidade e fiabilidade que devem caracterizar os Programas da Rádio Pública”.

O programa Antena Aberta, por ser feito em directo e permitir a participação dos ouvintes sem que exista uma prévia filtragem das intervenções, encerra vários riscos. Alguns deles enunciados por José Nuno Martins.

Considero, contudo, que os programas com estas características são um importante instrumento para contribuir para a diversidade e pluralidade do discurso radiofónico. E, por esta razão, uma relevante competência do Serviço Público.

Ainda para mais se lembrarmos que no cenário radiofóncio nacional não existem muitos espaços com aquelas características. Recordemos Andrew Crisell (1994) que classificou este tipo de programas em três categorias: Exibicionista, confessional e expressivo.

Ora, em muitos espaços radiofónicos nacionais, a participação dos ouvintes resume-se à transmissão da sua voz através da rádio. Pedem discos, contam anedotas (exibicionista) ou falam dos seus problemas pessoais (confessional). Raramente são colocados perante o desafio de se posicionarem em relação a um assunto público (expressivo).

Por outro lado, uma análise mais atenta aos espaços informativos, em particular os noticiários das rádios portuguesas (incluindo a pública) verifica-se que a palavra dos cidadãos, mesmo quando o tema lhes diz particular interesse, raramente é emitida, preferindo-se as fontes oficiais, aliás uma tendência do jornalismo em geral e não apenas da rádio. Por exemplo, numa notícia sobre um qualquer protesto de professores, ouviremos a posição do governo e dos sindicatos. Ponto final.

A presença dos cidadãos e das suas opiniões no debate público, que nos dias de hoje se faz num cenário mediático, é importante. Cabe aos media assegurar, com regras e rigor, instrumentos no sentido de que essa participação se efective. Um desafio também para a rádio pública.

Os problemas de mau uso da Língua Portuguesa, a falta de educação (expressão minha) de alguns participantes ou a impreparação para alguns temas, são situações lamentáveis, mas não devem obstruir o principal objectivo de um programa como a Antena Aberta.



O último programa do provedor dedicado à Antena Aberta pode ser ouvido aqui

Act: Manuel Pinto, no Jornalismo e Comunicação, também comenta a posição do provedor. Para ler aqui.

quarta-feira, setembro 26, 2007

O milagre e a Carlsberg

1 - Bengalas - Há bengalas e bengalas, mas algumas, pela insistência, já chateiam um bocadinho.
Falar de milagre, quando o Fátima jogou com o FC Porto (e acabou por ganhar); falar de "estudantes" e da "lição bem estudada" quando joga a Académica. E o que dizer dos "velhos do Restelo" quando algo corre mal com o Belenenses ?!

2 - Carlsberg - O jornalismo (e os jornalistas) são excelentes veículos de publicidade. As empresas agradecem. Por estes dias tem-se ouvido falar muito em Taça da Liga - Carlsberg Cup. E de há muito que se fala em Liga BWin. Perder-se-ia rigor informativo se se falasse apenas em Taça da Liga e em Primeira Liga de futebol ?
Com excepção do ciclismo, onde o nome da maior parte das equipas é o da empresa patrocinadora (ex. Bom Petisco Tavira) noutros casos a opção deveria passar por não referir a marca comercial.

quinta-feira, setembro 20, 2007

Mourinho e também Scolari

Quem ainda duvidasse do peso do futebol na agenda mediática portuguesa certamente que a "Operação Mourinho - Scolari" contribui para os esclarecer.

Primeiro Mourinho e depois Scolari preencheram a maior parte do tempo dos principais noticiários da TSF, Antena 1 e Rádio Clube. A Renascença, apesar de não ter ignorado o assunto, longe disso, foi mais contida.

A manhã começou com a notícia que já não era novidade em Inglaterra. Como durante a manhã não houve desenvolvimentos sobre o tema “Mourinho”, as rádios foram a reboque da imprensa e das televisões inglesas. E também da CNN.

Ficou demostrada a dimensão mundial do evento.

Para além das constantes notícias em forma de revista de imprensa internacional, recorreu-se à história (Mourinho ganhador. Mourinho arrogante. Mourinho conflituoso) e à Futurologia (Mourinho no Real Madrid. Mourinho na selecção. Mourinho de férias!). E construíram-se cenários: Mourinho foi despedido. Mourinho despediu-se.

Não havia factos, mas havia que preencher os noticiários. E houve opinião. Muita opinião. Demasiada opinião.

Os programas com participação dos ouvintes acentuaram ainda mais o carácter de tema do dia. A Antena Aberta e Fórum TSF convidaram os ouvintes a falar do assunto. Alguns recusaram-se. “Há mais com que o país se deve preocupar”, disseram.

Mas o tema do dia foi mesmo “Mourinho”. Em exclusivo. Até à chegada, por volta das 11h30, da notícia do castigo a Scolari.


segunda-feira, setembro 10, 2007

Mudanças no Rádio Clube

Artur Cassiano é o novo director de informação do Rádio Clube. Luís Osório manter-se-á como director da estação.

Via Meios e Publicidade.

quinta-feira, setembro 06, 2007

O Rádio Clube quer mais 100 mil ouvintes

O Rádio Clube e Luís Osório voltam a colocar a fasquia alta. Segundo o Meios e Publicidade, o director da estação afirma que pretende conquistar num ano, até Setembro de 2008, mais 100 mil ouvintes.

Diz Osório: "No mínimo dos mínimos queremos ser ouvidos por 220 mil ouvintes todos os dias".

Para atingir a meta, o Rádio Clube aposta em nomes conhecidos do grande público, como Maria João Avillez e Ana Sousa Dias, e na ideia de uma rádio de proximidade com uma forte aposta na informação local.

De acordo com o Meios e Publicidade, estão a ser equacionados "dois ou três nomes" para o cargo de director de informação, que é actualmente ocupado por Luís Osório. João Adelino Faria manter-se-á como sub-director de informação. No desporto, a aposta vai para o acompanhamento dos três grandes na liga portuguesa de futebol e na Liga dos Campeões, bem como dos jogos da selecção nacional.

Congresso SOPCOM

Decorre até Sábado na Universidade do Minho o 5º SOPCOM.
Eis a lista de comunicações sobre rádio:

A Rádio na Internet em Portugal: A Ausência de Participação num Meio em Mudança
Pedro Portela, Universidade do Minho

Jornalismo Público: possibilidades e limites de atuação em uma rádio educativa
Tacyana Karinna Arce Rodrigués, Centro Universitário de Belo Horizonte e Universidade Federal de Minas Gerais

A publicidade radiofónica como elemento de resgate da cidadania
Luciana Panke, Universidade Federal do Paraná

Rádio-Escola: a comunicação como prática educativa
Alessandra Oliveira Araújo, Universidade Federal do Ceará

Radio: nuevas experiencias para la educación en comunicación audiovisual
Juan José Perona Páez, Mariluz Barbeito Veloso, Anna Fajula Payet, Universidade Autónoma de Barcelona

Edição online da RTP – Rádio e Televisão de Portugal: um serviço público digital ou o público à espera do serviço?
Ricardo Nunes, Escola Superior de Educação de Setúbal

Resultados de pesquisa da rede digital de comunicação e intercâmbio – RedeIFES uma infovia para rádio e televisão pública
Carlos Alberto Martins da Rocha e João Somma Neto, Universidade Federal do Paraná


O Congresso pode ser acompanhado na Internet. Está também disponível um blogue com diversas informações sobre o encontro.

quarta-feira, setembro 05, 2007

Sons búlgaros


O tempo era de descanso mas, mesmo assim, deu para escutar alguma coisa (pelo menos o que era perceptível) da rádio que se faz na Bulgária.
A passagem para um regime democrático e a recente adesão à União Europeia provocaram mudanças no país e no cenário mediático búlgaro. Prova disso é o aparecimento da FM+, a primeira rádio privada da Bulgária, criada em 1992.

A Radio Nacional da Bulgária continua a ser uma das mais populares do país onde existem diversas estações privadas, algumas delas com apostas em determinados géneros musicais como é o caso da Jazz FM ou da Classic FM.
Os hits da pop britânica e norte-americana prevalencem na maior parte das estações, muitas delas bastante recentes, como é o caso da Radio Fresh.

Sobre os noticiários é que não há nada a dizer. O búlgaro é, para o blogueiro, imperceptível.

segunda-feira, setembro 03, 2007

A Antena 1 sabe

Três notas breves para assinalar o regresso, depois de um período de férias. Todas da rádio que se ouviu neste 3 de Setembro.

A primeira - o uso e abuso que a Antena 1 faz da expressão "A Antena 1 sabe..." nos noticiários da estação. A propósito do assalto à dependência do BPI em Viseu, soube-se que eram três e não dois os assaltantes. Soube-se porque a Rádio no Ar de Viseu sabia, a TSF sabia e provavelmente outras rádios também sabiam, mas a Antena 1 não abdicou de referir que "A Antena 1 sabe que são três ...". A expressão dá a entender aos ouvintes que se trata de uma informação em exclusivo, (ou em primeira-mão) o que não correspondeu, pelo menos neste caso, à realidade. A Antena 1 fá-lo com frequência.

Segunda - O triunfo da rádios locais. Foi curioso verificar que TSF e Antena 1 colocaram no ar intervenções do mesmo repórter da Rádio no Ar de Viseu que acompanhava o caso do assalto à dependência do BPI.
A TSF recorreu ainda à Rádio Jornal do Fundão para obter as declarações de Marques Mendes a propósito de outro tema.

Terceira - Apreciei ouvir o Jornal de Desporto da Antena 1 às 18h e picos. Abrir com o Marítimo, mesmo num jornal temático, é coisa que vê (ouve) pouco. Raramente se escapa ao triângulo dos três grandes.

quarta-feira, agosto 01, 2007

Prisa compra no Chile

A Prisa acaba de adquirir uma das mais importantes estações de rádio do Chile. O grupo, que detém várias emissoras também em Portugal, alarga assim a sua rede da qual já fazem parte cerca de 1200 rádios.

(ViaMeios e Publicidade)

quinta-feira, julho 12, 2007

Não gosta da sua voz ?

É um artigo interessante. E , por estes dias, muito útil para os jornalistas da imprensa que fazem podcasts. Bem sei que na realidade portuguesa estes casos não são frequentes. O podcast não pegou, pelo menos ainda. Em Portugal, que jornais disponibilizam os seus conteúdos em podcast? O Expresso e ...
Fica, de qualquer forma, o artigo de Al Tompkins disponível no Poynter Online.

quarta-feira, julho 11, 2007

Outros relatos

Já com as folhas amareladas encontrei no fundo do baú um suplemento do Jornal "A Bola" intitulado "Os dias da Rádio". A edição é de 1994 e contém uma série de textos e testemunhos sobre o jornalismo desportivo na rádio portuguesa.

O texto assinado por Aurélio Márcio recorda nomes como Desidério Amaro "que trouxe o toque brasileiro à rádio portuguesa", Domingos Lança Moreira que "quase fez interromper as relações diplomáticas entre Portugal e Espanha com os relatos do hóquei em patins". Aurélio Márcio fala ainda de "um miúdo sensacional" referindo-se a Carlos Cruz, e do "trio da modernidade": Ribeiro Cristóvão, Fernando Correia e Jorge Perestrelo.

Na foto: Lança Moreira. ("A Bola", 1 Maio, 1994)

No suplemento de 16 páginas, há ainda espaço para o aparecimento da TSF, para Alves dos Santos - "o comentarista que o país inteiro consagrou", frase que se ouvia na Reanscença -, Artur Agostinho e David Borges, entre outros.

Na foto: Artur Agostinho em entrevista. ("A Bola", 1 Maio, 1994)

Então, também se falava na morte da rádio, em particular do desparecimento dos relatos de futebol: a ameaça vinha dos "automóveis com TV e piloto automático...".

sexta-feira, julho 06, 2007

A rádio é uma carabina. A TV uma caçadeira

Sobre a escolha do media por parte dos candidatos às presidenciais de 2008 nos EUA, o DN escreve o seguinte:

Rudolph Giuliani não tem anúncios na televisão, apostando a toda a força na rádio. Os anúncios nas estações de rádio por todo o país são acompanhados de entrevistas também a programas de rádio. Ken Glodstein, que chefia o projecto publicidade na Universidade do Wisconsin reconhece que " a rádio é uma carabina e é muito mais eficiente, enquanto a televisão é uma caçadeira".

A rádio foi o primeiro meio de comunicação social a possibilitar que os eleitores ouvissem a voz de quem iam votar. Foi com a rádio, segundo alguns autores, que nasceu a política da imagem e se começou a personalizar mediaticamente os candidatos.

Na eleição de 1924, nos EUA, Calvin Coolidge percebeu que apostar na rádio seria uma estratégia acertada. Percebeu as potencialidades do meio e como poderiam esconder a falta de atributos noutros campos.

Diria Coolidge: "I can't make an engaging, rousing or oratorial speech... but I have a good radio voice, and now I can get my message across without acquainting the public with my lack of oratorial ability". (Crook, 1998)

quinta-feira, julho 05, 2007

Paulo Alves Guerra

Os últimos programas do provedor do Ouvinte da RDP foram dedicados ao “Império dos Sentidos”, o programa da manhã da Antena 2.

A série de programas foi motivada, segundo o provedor, por um alargado rol de queixas dos ouvintes perante duas situações: o formato do programa e o desempenho do seu apresentador, o jornalista Paulo Alves Guerra.

Paulo Alves Guerra é um dos jornalistas da rádio portuguesa que deixa marcas. Os noticiários que editava na TSF eram diferentes. A começar pela duração. Mas eram diferentes também, porque Alves Guerra personalizava os noticiários: uso de uma trilha sonora diferente para a leitura dos títulos, que eram em si mesmo mais extensos, o próprio alinhamento privilegiava temas ligados à cultura e aos espectáculos.

Recordo a notícia de um “acontecimento” vamos dizer, diferente, sobre um escritor que tinha deixado os seus manuscritos num taxi. Nunca ninguém soube quem era tal escritor !!! Ou, ainda, a leitura de notícias com a ajuda de um barítono.

Nisto, há, naturalmente, quem goste e quem não goste.

Da audição do programa do provedor do ouvinte percebo que um dos aspectos que mais incomoda os ouvintes da Antena 2 é o estilo de apresentação de Paulo Alves Guerra. O discurso pleno de interjeições, pausado, quiça em demasia, não parece ser do agrado dos ouvintes das manhãs do segundo canal da rádio pública, ainda para mais quando Paulo Alves Guerra utiliza um tom e um ritmo próprios de uma rádio de palavra, como é o caso da TSF, mas que não é caso da Antena 2.

O “Império dos Sentidos” com Paulo Alves Guerra tornou a manhã da Antena 2 mais informativa e menos musical, pelo menos a avaliar pelas críticas dos ouvintes.

O provedor do Ouvinte deverá terminar esta semana a apreciação a este caso.

A acompanhar, portanto.


Uma nota final: De acordo com José Nuno Martins, Paulo Alves Guerra foi contactado para comentar as críticas ao programa, mas recusou falar sobre o assunto. É pena.

quarta-feira, julho 04, 2007

A rádio vai morrer? II

É um post de 26 de Junho colocado por Luís Santos no seu blogue Atrium, mas só agora dei por ele. Merece-me relevância a propósito de mais um funeral feito à rádio.

Luís Santos refere-se a um estudo que vem demonstrar que afinal os mais jovens continuam a ser atraídos pela escuta radiofónica.

P.S. - As notícias sobre a morte da rádio surgem com tal frequência que decidi criar uma etiqueta onde agrupar, a partir de agora, esses textos. Assim fica tudo organizadinho !

Observatório disponível online

O Obercom acaba de disponibilizar no seu site os onze números da revista Observatório. Destaco, como é natural, o nº 4 sobre a História da Rádio e que reúne um conjunto de textos interessantes sobre a matéria.

Outras edições com textos sobre rádio:

Nº 1
Nº 2
Nº6
Nº7
Nº9

segunda-feira, junho 25, 2007

Revista JJ


Saiu o númeo 30 da revista JJ do Clube de Jornalistas. Nesta edição encontro vários artigos que têm a rádio como tema principal ou que a abordam de forma indirecta.

O tema de abertura "Cooperativismo: Desafio ou Utopia ?" da autoria de Helena de Sousa Freitas faz uma viagem ao mundo das cooperativas de jornalistas. A autora dá especial enfoque ao caso da TSF.
É de lembrar, ainda, que a maior parte das rádios locais portuguesas possui aquele modelo de gestão, ou seja, são cooperativas de radiodifusão.
Sobre a TSF, pode ler-se no artigo:
"(...) o modelo de uma cooperativa era o mais democrático, pois cada um dava a sua opinião e o seu voto em todas as decisões".

Destaco a crónica de João Paulo Guerra "Ainda me lembro ..." na qual o jornalista faz um percurso por eventos que vivenciou na Renascença e no Rádio Clube (então ainda Português).
Escreve JPG:
"Lembro-me, na noite de 25 de Novembro de 1967, quando já havia umas centenas de mortos contados nas inundações de Lisboa e arredores, a Censura decidir que a partir daquele momento não morria mais ninguém".

Por fim, refiro o texto que assino intitulado "O referendo ao aborto na rádio - O olhar da classe política".

sexta-feira, junho 22, 2007

A rádio vai morrer?

No Diário de Notícias faz-se referência a um seminário sobre a sobrevivência da rádio que decorreu na Sociedade Portuguesa de Autores.

A principal conclusão do seminário, segundo o DN, é catastrófica: A Rádio vai morrer muito em breve.

Mas, apesar de tal determinação, a verdade é que não encerra nada de novo. Há muito que se sentencia a morte da rádio. Contudo, confesso a minha preocupação ao ver tal unânimidade entre pessoas com um peso tão significativo na rádio em Portugal como são os casos de António Sala ou Luís Filipe Costa.

Entre os argumentos invocados para a morte da rádio sublinho os seguintes:

Luís Filipe Costa:
- "A rádio vai morrer muito em breve e só a publicidade é que decidirá por quanto tempo é que ela se mantém."
- Para Luís Filipe Costa o actual estado de coisas deve-se "às novas tecnologias, como a Internet ou o iPod".

Luís Osório:
- "(...) as receitas publicitárias não param de descer - muito mais se forem vistas à escala da Europa. Por outro, falta a ousadia de pensar que não existem desafios". Para Osório, actualmente, "todas [rádios] se parecem imitar umas às outros."

António Sala:
- "A televisão esmaga a rádio, é uma luta desleal"

Segundo o DN, só Luís Montez se mostrou mais optimista: "Com a chegada da Internet, a rádio ganhou imenso".

Uma nota final:
A rádio tem demonstrado ser o meio de comunicação que melhor se tem adaptado às novas tecnologias de informação e isso, parece-me ser, pelo menos, um sinal de que poderá (e está) encontrar novos caminhos.


quinta-feira, junho 14, 2007

O provedor de rádio segundo o provedor de rádio

Da entrevista que José Nuno Martins deu à revista Aprender, sublinho as seguintes passagens:


Expectativas – “Não estava à espera de uma participação tão qualificada. Não é tanto pela quantidade, mas é pela qualidade da análise do ouvinte português. Isso sim surpreende-me.”

Só na rádio pública? – “O trabalho reflexivo e de debate sobre a imprensa é muito sólido e portanto parece-me natural que tudo tenha começado pela imprensa e depois se tenha aplicado mais à televisão e que na rádio, por arrastamento tenha acontecido também. O próximo movimento será inevitavelmente as televisões privadas e as rádios privadas por toda a Europa adoptarem o provedor.”

Acerca do convite – “Tenho 42 anos de profissão, como lhe disse eu estava num impasse profissional e achei que foi um desafio muito interessante. Fartei-me de estudar durante os primeiros seis meses e ainda hoje estudo para recuperar tempo perdido. Os profissionais de rádio e os de televisão também, não têm tempo para pensar. É tudo demasiado rápido. Era importante que alguém começasse e quando surgiu o convite eu achei honroso.”

O perfil do provedor – “Eu se tivesse que escolher, não teria chamado o José Nuno Martins. Eu teria ido buscar um académico como o professor Paquete de Oliveira. Porque faz falta. Eu vejo-me aflito para fundamentar, às vezes, as decisões porque não existe matéria fixada. São muito raros os estudos. E as investigações, então, raríssimas. (...) é bom que o próximo provedor seja um académico.”

Defensor ou mediador ? – “A convicção é que ele é um defensor do ouvinte. Usei na altura uma expressão que sei que foi muito mal recebida na empresa. Eu disse que tinha mudado de trincheira. É que isto é uma batalha. Para fazer passar o conceito de que o consumidor tem direitos, é uma coisa completamente inédita na cabeça dos profissionais.”

Sobre o serviço público de rádio – “Tem que ser uma coisa que seja consensual. Que seja gostosa de ouvir. Que seja um referencial em termos de padrões de equidade informativa. Mas que tenha que ser também verdadeira, a verdade acima de tudo. Tem que ser contundente, apesar de se tratar de uma coisa com raiz, se quiser, política.”

terça-feira, junho 12, 2007

Tese sobre rádio

Paula Cordeiro defendeu, com sucesso, a sua tese de doutoramento no passado dia 11 de Junho na Universidade Nova de Lisboa.

A tese tem por título Estratégias de programação na rádio em Portugal: o caso da RFM na transição para o digital e teve a orientação do prof. doutor Francisco Rui Cádima.

Não pude assisitir às provas da Paula, mas no blogue Indústrias Culturais, Rogério Santos, que foi um dos arguentes, colocou um post sobre o que lá se passou.

Parabéns para a nova doutora.


Rádios universitárias em debate

As rádios universitárias vão estar em debate na Maia na próxima sexta-feira. O debate contará com as presenças de Isidro Lisboa (Rádio Nova), Francisco José Oliveira (Associação Portuguesa de Radiodifusão), Luís Mendonça (Rádio Universitária do Marão) e do Prof. Doutor Pedro Alexandre Reis (Universidade Fernando Pessoa). Esta conferência contará ainda com a presença de representantes das diversas Rádios Universitárias do país e será moderada pelo jornalista Daniel Catalão (RTP).

O debate está integrado na Prova de Aptidão Profissional que Marco Ribeiro, aluno do
Curso Técnico de Comunicação/Marketing, Relações Públicas e Publicidade da Escola Profissional de Comércio Externo, no Porto, está a desenvolver.

As entradas são gratuitas e o debate decorrerá no auditório Venepor.

Tratando-se da prestação de provas para a finalização de um curso, o blogueiro saúda a iniciativa e deseja boa sorte ao aluno finalista.

Aguardo ainda que o debate possa ser disponibilizado em podcast.


sexta-feira, junho 08, 2007

Revista

A revista Aprender da Escola Superior de Educação de Portalegre dedicou pela primeira vez o seu tema central à Comunicação.
O número 32 contém três textos sobre rádio:
- Uma entrevista ao Provedor do Ouvinte, José Nuno Martins;
- "O discurso da publicidade na rádio - uma proposta de leitura", de Cláudia Pacheco (ESEP);
- "O dispositivo informativo na rádio - temas e estrutura do noticiário radiofónico português", artigo do qual sou autor.

A edição da Aprender contém ainda outros artigos enquadrados no tema central, nomeadamente:
- "Uma experiência pessoal no Mundial da Alemanha", de Carlos Ferro (editor de Desporto do Diário de Notícias)
- "A blogosfera como palco para a discussão pública - o caso dos blogues de professores" (Sónia Pacheco, Educadora de Infância).
- "Las lenguas peninsulares: «continuum» comunicativo" (Cordélia Santiño - ESEP)
- "Estratégias linguísticas de distanciamento no discurso jornalístico" (Teresa Oliveira - ESEP e Janete Bessa Neves - Universidade Católica do Rio de Janeiro)
- "Comunicação e Desenvolvimento" (Sara Pina - ESEP)
- "A globalização do conceito de direitos humanos - o contributo das ONG" (Sónia Lamy - ESEP).
- "As categorias temáticas dominantes nos telejornais" (Nuno Brandão - texto originalmente publicado na revista Trajectos nº1, do ISCTE.)
- "O ESEPJornal - Estrutura e organização de um projecto de jornalismo escolar" (Lopo Pizarro e Luís Bonixe - ESEP).

Num dos próximos posts darei algumas notas sobre a entrevista a José Nuno Martins.

quinta-feira, maio 31, 2007

Fixos ou móveis ?

Acerca da prevenção rodoviária portuguesa, a TSF referiu que o Governo se prepara para montar uma rede de radares fixos. (Noticiário das 15h). A Antena 1, sobre o mesmo assunto, falou em radares móveis. (Noticiários das 14h e 15h).

Uma das características da informação radiofónica é o seu imediatismo e a curta distância temporal entre a ocorrência dos factos e a sua enunciação na emissão. Por isso, ocorrem com relativa frequência, situações em que, sobre o mesmo assunto, são dadas informações diferentes. O dispositivo informativo da rádio permite-lhe actualizar e, de certo modo corrigir, essas situações nos noticiários seguintes. Compreende-se quando se fala de acontecimentos que ainda estão a decorrer e que a rádio disse "em primeiro lugar".

Mas, não parece ser este o caso. Por isso, acabo por não perceber, afinal, que radares se prepara o governo para instalar.

terça-feira, maio 22, 2007

Prémios ACIME

O Alto Comissariado para as Minorias Étnicas entregou os prémios Jornalismo pela Tolerância.

Na rádio, a vencedora foi a jornalista Anabela Góis, da Rádio Renascença, com a reportagem "SOS Imigrante". O trabalho pode ser escutado no site da emissora

sábado, maio 19, 2007

Tese sobre rádio

Paula Cordeiro, docente universitária e autora do blogue Netfm, vai defender a sua tese de doutoramento intitulada "Estratégias de programação na rádio em Portugal: o caso da RFM na transição para o digital" na Universidade Nova de Lisboa, no próximo dia 11 de Junho.

O blogueiro deseja-te boa sorte.

Via Indústrias Culturais.

sexta-feira, maio 18, 2007

Afinal os jovens não ouvem só Shakira !!!

A Classic FM, uma estação comercial britânica dedicada à música clássica, registou um aumento de 52% de ouvintes com menos de 15 anos nos últimos três meses.

Não deixam de impressionar os números revelados pelo The Independent se se tiver em conta que a programação da Classic FM gira em torno de grandes compositores, cuja música (pensa-se) está mais afastada dos interesses dos jovens.

A Classic FM tem uma audiência estimada em 6,5 milhões de ouvintes, sendo que 472 mil são jovens, segundo o The Independent.

Seria interessante perceber que números têm a Antena 2 e a Classe FM para apresentar nesta matéria.

quarta-feira, maio 16, 2007

A rádio, o cão e o seu dono

A rádio não é muito dada a faits-divers, mas hoje a história da detenção de José Mourinho pela polícia inglesa, depois de ter impedido que o seu cão fosse levado pelas autoridades britânicas, foi o principal tema da manhã informativa, em particular na Antena 1.

A rádio de serviço público, citando o The Sun, fez os títulos e abriu os noticiários das 8 e das 9 horas com Mourinho. Na síntese das 8h30 também o fez. A história de Mourinho apareceu no alinhamento de dois dos principais noticiários da Antena 1 à frente, por exemplo, da proposta do Bloco de Esquerda de alteração da lei do divórcio ou da tomada de posse de Sarkozy.

A TSF deu, igualmente, alguma importância ao caso. Nos títulos de chamada para o noticiário das 9 horas, que são lidos às 8h45, lá vinha a história de Mourinho, sucedendo o mesmo nos títulos de abertura do noticiário. O principal tema para aTSF foi, no entanto, as eleições intercalares em Lisboa.

É certo que a agenda do dia não era muito fértil e talvez isso explique a opção de abrir noticiários com a importância dos da manhã com uma história de interesse público muito duvidoso, apesar de nela estar envolvida uma personalidade como Mourinho.

segunda-feira, maio 14, 2007

Disponível revista do Observatório da Comunicação

Já está disponível o primeiro número da OBS, a revista online do Observatório da Comunicação.

Destaco os dois textos que abordam, de forma directa, a rádio.

Nico Carpentier em The on-line community media database RadioSwap as a translocal tool to broaden the communicative rhizome escreve sobre a forma como a rádio se adapta às novas tecnologias de informação e de como delas tira partido, encontrando novos mecanismos de afirmação e interacção junto da audiência. O artigo de Carpenter analisa o site RadioSwap que funciona como uma plataforma de partilha de conteúdos radiofónicos.


João Paulo Meneses assina o texto Os equívocos da rádio generalista: reflexões sobre a rádio em Espanha, nos EUA e em Portugal no qual o autor reflecte sobre os conteúdos da rádio, questionado, em certa medida, a definição de rádio generalista atribuída, no caso português, a emissoras como o Rádio Clube, Antena 1 ou Rádio Renascença.





sexta-feira, maio 11, 2007

Os novos sons da RDP !

Curioso o programa do Provedor do Ouvinte da RDP desta semana. José Nuno Martins pronunciou-se sobre um conjunto de queixas dos ouvintes sobre ruídos e barulhos de obras que decorrem no edifício da RDP e que se ouvem na emissão.
O provedor foi, ele próprio vitima, daqueles "ruídos de fundo" e revelou que já teve de parar uma gravação de um programa por causa ... das obras.

Confesso que tais sons me passaram despercebidos, mas a situação tem tanto de absurda como de incompreensível para uma rádio com os meios da RDP.

Esta história faz lembrar outros tempos da rádio.

P.S. - O programa já está disponível no site do provedor

terça-feira, maio 08, 2007

Auto-rádios

Os auto-rádios fizeram 80 anos no passado dia 5 de Maio.
Ainda é deles que a maior parte dos ouvintes escutam a rádio. Ainda.

Via Segundo Choque.

segunda-feira, maio 07, 2007

Da rádio desta manhã

1ª nota: Tradução de sons

É um tema a que já se fez referência neste blogue: a tradução (dobragem) de sons dos protagonistas das notícias.

No noticiário das 10h de hoje, a TSF emitiu uma peça sobre as eleições francesas. Utilizou quatro sons: dois de François Hollande, um de Ségolène Royal e um último, de curta duração, no qual se ouvem apenas aplausos e palavras de apoio à candidata socialista: "Ségolène Merci". Se neste último caso a não tradução do som é perfeitamente compreensível (é curto e a sua função é, sobretudo, a de criar uma imagem no ouvinte), quanto aos restantes não se percebe a razão da sua manutenção na língua original. São informativos e explicativos. Perdeu-se boa parte da mensagem.

2ª nota: A rádio em directo !!!!

Tal como a TSF, a Antena 1 dedicou o seu programa Antena Aberta à análise dos resultados das eleições na Madeira.

A meio do programa, Eduarda Maio identifica um dos participantes. O ouvinte intervém breves segundos. Ouve-se com insistência o telemóvel a tocar.
Eduarda Maio - Está aí atrapalhado com o seu télemovel.
Ouvinte - É o meu patrão que me está a chamar.

A rádio em directo é também isto !!!!

segunda-feira, abril 30, 2007

Disponível anuário da comunicação

Já está disponível o Anuário da Comunicação 2005-06 publicado pelo Obercom.

No sector da rádio assinalo três artigos.

No primeiro, são expostos os dados relativos à audiência de rádio com base no Bareme Rádio da Marktest e o cenário da radiodifsão portuguesa (número de rádios existentes, de postos emissores, rádios por distrito etc). (pp. 104-110).

Destaco também o artigo de Rogério Santos "A Rádio em Portugal - estado da arte em 2006" no qual o autor faz uma retrospectiva do sector e projecta o ano de 2007. Diz Rogério Santos:
"(...)espera-se, para 2007, a realização de concurso para frequências ainda livres para cobertura local. (...) a rádio irá distribuir crescentemente os seus conteúdos áudio pela Internet, aos leitores de mp3, à Mobile TV, ao cabo, em Triple Play e noutras plataformas, em contínua reinvenção de um meio que começou há mais de oitenta anos".
(pp. 220-223)

E por fim, o artigo de João Porto (Grupo Renascença) "Medir o quê? Quando? e para Quê? Como se medem as audiências em Portugal? Como se medirão no futuro?".
Escreve o autor:
"(...) resta esperar e acompanhar de perto as diferentes experiências de implementação do sistema de audimetria PPM, já em curso em diversos países, cuja divulgação nacional permitirá aprender mais e melhor, o caso português. Porque não há dúvida de que, mais cedo ou mais tarde, a evolução para o sistema de audimetria medido por PPM será um facto". (pp. 258-261)

Relatos

Para o Benfica-Sporting, as rádios apostaram forte, à medida do acontecimento, mas as diferenças entre a TSF, Antena 1, RR e Rádio Clube são quase inexistentes. Dois repórteres de pista, para o detalhe das jogadas. Comentadores para enquadrar o ouvinte na táctica e estratégia do jogo (a Antena 1 e o Rádio Clube acrescentaram comentadores de abrbitragem). E, claro, o relato. Emotivo, espontâneo e vivo.

O que distingiu as diferentes emissões?

A TSF apostou num relato a duas vozes, fazendo lembrar o tempo (que pelas piores razões já não volta) de Fernando Correia e Jorge Perestrelo.

O relato a duas vozes (cada uma acompanha o ataque de uma das equipas) tem a vantagem de conferir à narração uma dinâmica e vivacidade que apenas um relator não consegue imprimir, ainda para mais tratando-se de um jogo de futebol que, se for intenso, proporciona excelentes momentos de rádio.

A Antena 1 adoptou o mesmo sistema: duas vozes. E com o mesmo objectivo. Mas Paulo Sérgio já andou pela TSF no tempo de Correia e Perestrelo.

Antena 1 e TSF foram iguais, também, na utilização de elementos sonoros com o objectivo de aumentar, no ouvinte, a sensação de intensidade do jogo. Numa e noutra emissora, os últimos cinco minutos do encontro foram relatados sobre uma trilha sonora rápida que, uma vez mais, proporciona a impressão de ritmo e ajuda a criar o espectáculo e a transferir a emoção para o ambiente do ouvinte.

Raramente, o relato questiona o próprio espectáculo e quando o faz é no sentido de o incentivar. Qual adepto empolgado.

Os repórteres de pista que procuram a reacção dos protagonistas e a introdução de comentadores, que explicam e enquadram o acontecimento, contribuem para a informação. A utilização de efeitos sonoros potencia o espectáculo.

No relato radiofónico convergem espectáculo e informação em registos cujas fronteiras são muito ténues e por isso alvo de discussão em torno da sempre renovada questão do relato de futebol ser ou não um “acto jornalístico”.

Já não é fácil andar pelas ruas e encontrar adeptos de radiozinho colado ao ouvido. Os tempos são outros. Os relatos de futebol na rádio são, nos dias que correm, para quem não pode, de todo, ver o jogo na televisão.

Ainda há quem veja na TV e ouça na rádio, mas já nem isso é eficaz, por causa do desfasamento do som. É que o golo chega primeiro na rádio !

quinta-feira, abril 26, 2007

Leitores de notícias com fim anunciado

A BBC vai acabar com os newsreaders. Até aqui a leitura de notícias no universo da BBC - rádio e televisão - estava atribuída a alguns profissionais da área da comunicação, mas que não eram necessariamente jornalistas. O director-geral da corporação anunciou, entretanto, que esse tempo terminou:

BBC News, News 24, the radio networks ... have changed over the years and the traditional role of the news reader, as opposed to a correspondent or presenter, has virtually died out over the services.

Fica o registo, apesar de em Portugal o cenário não ser esse, pois quem apresenta os boletins informativos na rádio e na televisão são sempre jornalistas.

sábado, abril 21, 2007

A rádio no Rádio Clube

O presente e o futuro. A informação e a programação. A organização empresarial. As audiências e o que delas se diz. Enfim, falou-se de rádio na manhã deste Sábado no Rádio Clube.

Foi no programa Fim-de-Semana conduzido, excepcionalmente na edição desta semana, por Nuno Domingues e Nuno Costa Santos a quem agradeço o convite feito a este blogueiro para estar presente na agradável conversa que contou ainda com a Paula Cordeiro, do NetFM, João de Sousa, professor de rádio na Universidade Autónoma de Lisboa e coordenador do projecto Radiolab e Alexandra Fernandes, docente no ISCTE.

A conversa começou por assinalar a reduzida atenção noticiosa que os jornais dão ao sector da rádio, quando é feita a comparação com os outros media, mas durante três horas o Rádio Clube quis contrariar essa tendência e julgo que em boa hora.

sexta-feira, abril 20, 2007

Franceses procuram mais informação

Segundo o Le Monde as presidenciais em França estão a levar os franceses a consumir mais informação. O aumento verifica-se em todos os media, incluindo na rádio.

L'intérêt du public pour l'élection présidentielle rend le sourire aux radios généralistes. La dernière vague de mesure d'audience de la radio, opérée par Médiamétrie pour la période janvier-mars 2007, montre en effet une hausse générale de l'écoute des grandes stations d'information.

La présidentielle stimule l'écoute des radios généralistes

Prémios ACIME

Está disponível até ao próximo dia 11 de Maio a votação on-line para a atribuição do Prémio de Jornalismo pela Tolerância do Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME). O prémio pretende reconhecer os melhores trabalhos jornalísticos de 2006 sobre a temática da Imigração e das Minorias Étnicas.
A monotorização feita pelo ACIME encontrou apenas trabalhos das rádios Renascença, Antena 1 e TSF.


Os candidatos do sector da rádio estão aqui.

Via Indústrias Culturais.

quinta-feira, abril 19, 2007

Nova rádio da Renascença e novo programa no Rádio Clube

Da newsletter do Meios&Publicidade retiro duas notícias sobre rádio:

A primeira dá conta dos estudos que a Renascença está a efectuar para o lançamento de uma nova rádio, que deverá ser uma estação - tal como os responsáveis da RR anunciaram há algum tempo atrás - destinada a um público mais idoso. A mesmo notícia fala da mudança de instalações da Renascença que deverá acontecer dentro de dois anos.

A segunda notícia tem a ver com o novo espaço na programação do Rádio Clube. Chama-se Toda a Tarde e vai para o ar entre as 16h e as 20h de Sábado.
Diz Luís Osório:
A ideia de que todas as histórias poderão ser grandes histórias vão, neste programa, ser provadas ao máximo

segunda-feira, abril 16, 2007

Mais um passo para a dança...

Uma prova mais do dinamismo empresarial da radiodifusão local portuguesa!!!

Paula Cordeiro faz referência ao desaparecimento da Quimica FM, uma rádio que surgiu em Setembro de 2006 e terminou as emissões no final de Janeiro. Esteve no ar quatro meses !!!

Ouvia-se em 105.4, frequência inicialmente atribuída ao Rádio Clube de Cascais.

Danças no éter

A Mega FM, música para a malta jovem, ouve-se em 92.4, onde em tempos se ouviu a Rádio Energia, que agora não se ouve em lado nenhum.

A Romântica já se sintonizou em 101.1, que era antes da Rádio Arremesso, mas agora lá sintoniza-se a Best Rock que também já se ouviu em 96.6, a tal onde agora se ouve a M80, frequência que, por sua vez, já serviu os sons do Rádio Clube Português e a desaparecida Radiogeste. A Cidade FM, que agora se ouve em 91.6, já se ouviu em 107.2, mas, quem por lá passar nos dias que correm, vai ouvir a Romântica que substituiu a Foxx.

E a Foxx? Foi-se.

A Mix FM ouve-se em 103.0 mas por lá já se ouviu a Rádio Margem Sul e depois a Nostalgia, que é agora passado. Ainda na “outra banda”, nos 96.2 da MFM já foi possível sintonizar a Metropolitana FM e a Rádio Sul e Sueste, sem esquecer a Super FM depois de ter estado nos 106.2 onde agora se ouve outra FM: a Classe.

Ainda falta a rádio mais latina das latinas: a Tropical FM, que se ouve em 95.3 depois de ali se ter ouvido, em tempos idos, o Rádio Clube da Moita. E a Radar que se ouve em 97.8, depois da Voz de Almada. E a Kiss FM Lisboa que se sintoniza em 93.7 depois da Rádio Mais. E a Mega FM Sintra em 88.0 depois da Rádio Ocidente…

O blogueiro confessa a sua incapacidade para acompanhar todos os passos desta dança. Quem se lembrar de outros, faça favor…

sexta-feira, abril 13, 2007

Más notícias para o Rádio Clube

O Bareme Rádio da Marktest para o primeiro trimestre de 2007 não trouxe grandes novidades: a RFM continua líder. A Renascença logo a seguir e a Comercial depois.
A nota que sublinho diz respeito ao Rádio Clube. A Audiência Acumulada de Véspera relativa ao primeiro trimestre de 2007 (que inclui a nova linha de programação da estação) revela uma quebra significativa.

Na newsletter da Meios e Publicidade pode ler-se o seguinte:

A Antena 3 com uma AAV de 3,8% (crescimentos de 5,6% e 8,6%, homólogo e última vaga, respectivamente), surge à frente do
RCP, que neste período, que já engloba o seu novo posicionamento (a estação iniciou esta fase a 29 de Janeiro), obtém quedas significativas. A AAV de 2,2% significa uma perda de 8,3% em relação ao último trimestre de 2006 e de 31,3% quando a comparação é feita com os mesmos meses do ano transacto.


quinta-feira, abril 12, 2007

A M80, a Best Rock e outros delírios

Sobre a M80, a mais recente rádio da Media Capital Rádios, não encontro, naquilo que já ouvi, uma programação com grande dose de originalidade. Parece-me a reedição da Nostalgia. A M80 vive sobretudo dos hits musicais das décadas de 70,80 e 90.

Mas interessa-me, sobre esta nova aposta da MCR, sublinhar as modificações entretanto verificadas no espaço radiofónico da Grande Lisboa e na tendência que as rádios, ditas locais, estão a seguir nesta região do país.

Com a M80, que emite em 96.6, uma das cinco frequências do concelho de Lisboa, a Best Rock FM, também do grupo Media Capital, passou a ouvir-se em 101.1, uma frequência que não pertence a Lisboa, apesar da rádio se projectar para a capital.

A frequência 101.1 está atribuída ao concelho da Moita, onde funcionou em tempos a Rádio Arremesso. Recentemente ouvia-se a Romântica FM, que agora se ouve em 107.2, substituindo a Foxx. A frequência de 107.2 pertence à Amadora e nela emitia, há uns bons anos, a Rádio Cidade.

Perante este novo quadro, parece-me importante sublinhar dois aspectos que mostram a tendência das rádios locais na Área Metropolitana de Lisboa:

1- A inexistência de frequências disponíveis no concelho de Lisboa está a fazer com que as empresas de radiodifusão, que pretendem chegar à capital, adquiram frequências dos concelhos limítrofes para assim poderem disputar um mercado mais apetecível.

Vejam-se algumas alterações recentes que ilustram esta tendência:

Rádio Mais (Amadora) é hoje a Kiss FM.Lisboa.

Rádio Ocidente (Sintra) é hoje Mega FM Sintra

Rádio Voz de Almada é hoje a Radar FM

Rádio Arremesso é agora Best Rock FM.

E outras modificações mais antigas:

Rádio Sul e Sueste (Barreiro) – MFM

Rádio Margem Sul (Barreiro) – Mix FM

Rádio Clube da Moita – Tropical FM

Rede A (Almada) – Rádio Capital

Quase todas estas mudanças implicaram a mudança dos estúdios de emissão para Lisboa, afastando-se, por essa razão, das localidades às quais foram atribuídas as frequências.

Actualmente, concelhos como Amadora, Barreiro, Almada ou Moita, apesar de terem duas frequências locais, não possuem verdadeiramente uma rádio local, o que nos leva ao segundo ponto.

2 – Informação.

Com estas alterações, verificou-se também a redução de espaços informativos dedicados à informação local, pois muitas destas rádios estão classificadas como temáticas musicais e as que não estão (porque não podem) também não apostam na informação local.

O que diz a lei da rádio (artº 39)

1 - Os operadores radiofónicos que forneçam serviços de programas generalistas ou temáticos informativos devem produzir, e neles difundir, serviços noticiosos regulares.
2 - Os serviços de programas referidos no número anterior devem, recorrendo a produção própria, difundir um mínimo de três serviços noticiosos respeitantes à sua área geográfica, obrigatoriamente transmitidos entre as 7 e as 24 horas, mediando entre eles um período de tempo não inferior a três horas.

Perante isto, cabe, por exemplo, à Radar FM informar sobre Almada. À M80 sobre Lisboa e à Kiss FM Lisboa sobre a Amadora, uma vez que todas estas emissoras estão classificadas como Generalistas.

Será que o fazem?

Há três décadas foi criada aquela que terá sido a primeira rádio pirata portuguesa: A Rádio Juventude surgida em 1977.

Ainda faz sentido falar em rádios locais?

quarta-feira, abril 04, 2007

Audiências de rádio


A Marktest analisou durante o mês de Março
, a propósito dos 82 anos de emissões regulares em Portugal, a audiência da rádio portuguesa. Sublinho algumas ideias retiradas dos quatro artigos disponibilizados:

1- Os portugueses ouvem mais rádio em comparação com 1994, altura em que surgiu o Bareme Rádio.
A diferença não é muito significativa, ( é de apenas 0,3). Há 13 anos a audiência acumulada de véspera situava-se nos 56,1 e em 2006 foi de 56,3.

2 - Já me parece mais significativo o facto de se ouvir cada vez mais rádio no carro e menos em casa. Do mesmo modo, a escuta de rádio na Internet está igualmente a crescer, embora represente uma pequena parcela da escuta global de rádio em Portugal. Mas regista-se a tendência.

3 - O tempo médio de escuta diária de rádio é de três horas, mas quando é feita no trabalho é muito superior, mais de seis horas.

4 - Para a Markest, o facto do tempo médio de escuta de rádio ser manter nas 3 horas desde 1997, é sinónimo da forte relação entre a rádio e os ouvintes.

Os quatro artigos:

Os Portugueses estão a mudar os seus hábitos de audiência de Rádio

Os Portugueses e a Rádio – evolução e alteração de comportamentos

Portugueses ouvem mais rádio no carro


4,7 milhões de Portugueses ouvem mais de 3 horas de rádio todos os dias



terça-feira, abril 03, 2007

M80 já emite

Ainda não ouvi, mas segundo o Diário Digital a rádio M80, a nova estação da Media Capital Rádios, destinada aos ouvintes com idade entre os 35 e os 55 anos, começou esta segunda-feira a emitir para Lisboa e Porto. Na capital, a M80 pode ser ouvida na frequência 96,6 (substitui a Best Rock FM) e no Porto a frequência é 89,5.

segunda-feira, abril 02, 2007

RUC de parabéns

Soube via Rádio Critica do Francisco Mateus: A Rádio Universitária de Coimbra comemora 21 anos e tem um vasto programa para assinalar a data.

Parabéns.

quarta-feira, março 28, 2007

Rádio cor-de-rosa

A rádio portuguesa tem escapado à onda rosa (sem conotação política) da comunicação social. Não se encontram muitos espaços de mexericos e pseudo-notícias sobre pseudo-figuras-públicas.

Só agora ouvi o espaço de Cláudio Ramos nas tardes do Rádio Clube. Ali há um pouco de tudo daquilo que o género tem para oferecer.

Nota negativa para o Rádio Clube.

terça-feira, março 27, 2007

Ainda o relatório do provedor do ouvinte

Com um atraso significativo do blogueiro, mas vale a pena espreitar a análise de Adelino Gomes aos relatórios dos provedores da RDP e RTP.

Sobre José Nuno Martins:

"Nuno Martins mostra-se mais acutilante e menos optimista. Refere que "certos" dos seus "interlocutores internos" pareceram não ter entendido o seu papel e critica-lhes "a atitude demasiado defensiva" enquanto programadores.
Em concreto, e para além das críticas já referidas ao Desporto e à Antena 3, queixa-se do horário atribuído ao seu programa nas antenas 1, 2 e 3, por nunca ter sido "proposto ao maior número de ouvintes de cada emissora"; e acusa a Direcção de Programas de não assumir nenhuma das suas recomendações - nem quanto às escolhas musicais, que entende deverem passar a ser exclusivamente centradas na música portuguesa, na Antena 1, nem quanto à procura de novos públicos e à regeneração dos novos profissionais, na Antena 2.
Os "substantes índices de profundidade e de fundamentação" das críticas dos ouvintes tornam difícil "ignorá-las tão reiterada e persistentemente", observa o provedor, que não esquece o caso do programa Ritornello, cujo realizador, Jorge Rodrigues, entrou em confronto público com a direcção do canal cultural da RDP, originando "elevado fluxo de correspondência, muitas vezes apresentada em termos despropositados e também de modo "induzido"".
Nota também, de forma seca, que os responsáveis do Desporto não adoptaram os "modelos de solução" que apresentou para o problema dos relatos simultâneos de futebol e que a empresa não encetou "qualquer acção de formação" que combatesse o "mau uso ou uso indevido da língua portuguesa por apresentadores e locutores, jornalistas e comentadores das várias estações do serviço público".

Do que os portugueses gostam e não gostam na televisão e rádio públicas, no Público, via Clube de Jornalistas



terça-feira, março 20, 2007

Jornalismo e Democracia na JJ


O número 29 da revista JJ, do Clube de Jornalistas, referente aos meses Janeiro/Março, tem como tema de capa "Jornalismo e Democracia". Trata-se de uma abordagem que é feita a propósito do Seminário Internacional de Jornalismo e Actos de Democracia que decorreu em Lisboa no passado mês de Novembro.

A revista apresenta entrevistas com alguns dos congressistas daquele encontro que decorreu na Escola Superior de Comunicação Social. São os casos de Doris Graber, Kees Brants e James Stanyer.

No campo da rádio é publicado um artigo do qual sou autor e que resulta da comunicação que apresentei no referido Seminário. O texto publicado na JJ tem por título "A cobertura radiofónica da campanha presidencial de 2006".

Sopcom discute Comunicação e Cidadania


"Comunicação e Cidadania" é o tema do V Congresso da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM) que decorrerá entre os dias 6 e 8 de Setembro, na Universidade do Minho (UM). Nesses dias, serão discutidas temáticas de campos diversos como os da Internet, jornalismo, publicidade, relações públicas ou educação para os media.
As inscrições decorrem até ao próximo dia 30 de Junho.
Segundo a organização "O congresso reunirá centenas de académicos, investigadores, formadores e profissionais do campo da comunicação. Muitos dos investigadores são oriundos de (ou mantêm ainda as ligações a) empresas do campo da comunicação e dos media.".



quarta-feira, março 14, 2007

A M80 e a preferência dos holandeses pela rádio

Na newsletter de Março do Obercom sublinho duas notícias sobre rádio:

A primeira dá conta do lançamento da M80, uma rádio do grupo Média Capital Rádios que deverá preencher o espaço musical deixado vago pela mudança de programação do Rádio Clube Português, ou seja uma rádio virada para os êxitos músicais de outros tempos.
A notícia não explica qual a frequência que vai utilizar.

A segunda notícia revela que na Holanda, a rádio é o meio de comunicação preferido.

sexta-feira, março 09, 2007

O provedor do ouvinte sobre o provedor do ouvinte

Já está disponível o relatório de actividade do primeiro provedor do Ouvinte português, José Nuno Martins.

É um extenso documento que se refere à actividade desenvolvida em 2006 e no qual JNM reflecte sobre um conjunto alargado de questões relacionadas com a sua experiência. O ombudsman aborda matérias como o conceito do serviço público de radiodifusão, a relação dos ouvintes com a rádio e as funções de um provedor de Rádio. Pontos que antecedem a reflexão de José Nuno Martins sobre o seu exercício em concreto.

Detive-me na componente Jornalismo/Informação.

Algumas ideias:
- Na totalidade das estações do universo RDP, o provedor recebeu 69 queixas referentes à informação o que representa 10,4% da totalidade de queixas recebidas (661).

- Das queixas recebidas e que dizem respeito à Informação, 44 demonstraram uma critica negativa, 18 neutral e apenas 7 positiva.

- Os critérios jornalísticos utilizados pelos jornalistas, o programa Antena Aberta e o programa Contraditório foram os aspectos mais apontados pelos ouvintes, sendo que o provedor sublinha ainda o facto de terem aparecido outros comentários genéricos referentes à informação da RDP.

José Nuno Martins admite que, tendo em conta práticas de outros provedores de rádio no estrangeiro, esperaria mais queixas em matéria de informação. Não foi o que se verificou no caso português.

JNM considera haver uma "relativa pacificação do Ouvinte em relação à prática do Jornalismo radiofónico no Serviço Público, designadamente quando cotejamos o volume de correspondência que se exprime de modo muito mais expressivo relativamente à PROGRAMAÇÃO de uma única Estação – a ANTENA 1, com o conjunto das Mensagens que dizem respeito a assuntos do JORNALISMO e da INFORMAÇÃO afinal relacionados com TODAS as Estações do Grupo RDP." (p.45)

Em matéria de jornalismo e informação, o provedor conclui:

"foram para mim bem claros o exercício de reflexão apropriado acerca de procedimentos menos correctos dos Jornalistas e o esforço de rigor que a estrutura mantém patente no relativamente baixo volume de críticas expressas e, finalmente a atitude cooperante assumida pelo Director
de Informação nas suas relações com o Provedor. Relatório de Actividade 2006
102 Entendi dever considerar como SINAL DE EXCELÊNCIA do Serviço Público de
Radiodifusão, um Programa de JORNALISMO E INFORMAÇÃO apresentado na ANTENA 1 –
COREIA DO NORTE – UM SEGREDO DE ESTADO, de Rita Colaço." (pp.101-102)


O relatório completo está aqui.

segunda-feira, março 05, 2007

As rádios comunitárias no Brasil

- Beatriz Brandão Polivanov, na sua comunicação “A busca pela legalização: conflitos e negociações entre o Ministério das Comunicações e as rádios Comunitárias”, apresentada na Universidade Fernando Pessoa, enquadra aquelas emissoras no registo daquilo a que Hall chama de “novo local”. Um localismo que emerge da globalização e que com ela se confronta na tentativa de criar mecanismos de sobrevivência identitária.

- A autora propõe uma reflexão acerca da negociação entre os proprietários das rádios comunitárias e o governo brasileiro, tendo em conta o processo de legalização daquelas emissoras.

- Polivanov coloca como hipótese de trabalho a seguinte questão: Em que medida a aceitação e reconhecimento das rádios comunitárias se enquadra no multiculturalismo e aceitação da diferença?

- Existirão actualmente cerca de 8 mil rádios comunitárias no Brasil, contudo 90 por cento são ilegais. A luta pela sua legalização tem envolvido uma série de questões alvo de negociação, que a autora problematiza no texto.

- A programação comunitária, gestão colectiva, interactividade, valorização cultural local, cidadania, democratização, serviço à comunidade e pluralismo na programação são algumas das características que definem uma rádio comunitária.

- De acordo com Beatriz Polivanov, a realidade é, no entanto, outra. Muitos dos projectos de rádios comunitárias resultam da iniciativa de indivíduos com ambições políticas que criam aquelas emissoras para se promoverem. Segundo a autora, existirão perto de duas mil rádios de políticos e cerca de quatro mil de carácter religioso.

- A autora conclui que as rádios comunitárias no Brasil representam propostas de “diferença”, mas reconhece a existência de “restrições que acabam por marcar a contenção da diferença”. Termina Polivanov: “inúmeras delas [rádios] se dizem comunitárias mas não o são de fato”.

domingo, março 04, 2007

Informação e rádios locais

Anoto algumas ideias da comunicação que apresentei na segunda edição das Jornadas Internacionais de Jornalismo da Universidade Fernando Pessoa e cujo título é “As Rádios Locais em Portugal – da proximidade à diminuição da oferta informativa local”.

- O quadro teórico seguido no texto enquadra as rádios livres no contexto da comunicação alternativa, na tentativa de fazer emergir novas vozes para o espaço radiofónico. Neste contexto teórico, Umberto Eco enquadra as rádios livres numa nova era da liberdade de expressão.

- Historicamente, a informação foi um campo de afirmação das rádios locais por possibilitarem o tratamento de temas que a rádio estatizada não abordava.

- Quando se fala em informação local sugere-se a observação do real baseada nas especificidades locais.

Elsa Moreno Moreno (2002) enfatiza o papel das rádios locais no sentido de potenciar a cidadania. Bernardo Díaz Nosty (1997) sublinha a necessidade das rádios locais se ajustarem ao seu ambiente sob pena de estarem a cavar a sua autodestruição. E Chantler e Harris (1997) sugerem que as notícias são dos poucos conteúdos que tornam o som de uma rádio local distinto das demais.

- Fará, neste quadro teórico, todo o sentido que as rádios locais portuguesas apostem na informação local como sinónimo da sua afirmação.

- Os quase vinte anos de emissões legalizadas das rádios locais portuguesas demonstram, contudo, outra realidade, olhando, por exemplo para a Grande Lisboa: mudança de propriedade de rádios locais e transformação em emissoras musicais com pouca ou nenhuma informação local; deslocação dos estúdios e redacção para fora dos concelhos aos quais estão atribuídas as frequências; afastamento físico da realidade local.

- O artigo conclui que os novos projectos de rádios locais estão vocacionados para o entretenimento, reduzindo redacções e espaços para a informação local. Há menos vozes e menos temas locais diminuindo a representatividade dos cidadãos no espaço público mediático.


No próximo post anotarei algumas ideias da comunicação de Beatriz Brandão Polivanov, com o título “A busca pela legalização: conflitos e negociações entre o Ministério das Comunicações e as rádios Comunitárias”

A Rádio musical e a Internet

A segunda edição das Jornadas Internacionais de Jornalismo decorreu na última sexta-feira, dia 2 de Março, na Universidade Fernando Pessoa, no Porto.
O tema do encontro, que reuniu investigadores, professores, alunos e profissionais da comunicação, foi “Porquê estudar o Jornalismo?”.
Do programa destaco a sessão que juntou Felipe Pena, da Universidade Federal Fluminense, Barbie Zelizer, University of Pennsylvania e Brian McNair, University of Strathclyde.
Rogério Santos construiu, no seu blogue, um texto sobre a intervenção de Barbie Zelizer.

No campo da rádio, foram apresentadas três comunicações nas sessões de tema livre, uma delas de minha autoria e que tem por título “As Rádios Locais em Portugal – Da proximidade à diminuição da oferta informativa local”.
Beatriz Brandão Polivanov, da Universidade Fluminense do Rio de Janeiro, apresentou a comunicação com o título “A busca pela legalização: conflitos e negociações entre o Ministério das Comunicações e as rádios Comunitárias” e João Paulo Meneses apresentou o texto intitulado “Internet: Potencialidades e ameaças para a rádio musical”.

Outros compromissos na Invicta impediram-me de assistir à apresentação de JPM, mas da leitura da comunicação disponível nas Actas das Jornadas detecto os seguintes pontos principais do seu texto:

- Meneses parte do princípio de que o conceito de rádio, tal como o conhecemos actualmente, está a mudar devido às transformações impostas pela emergência da Internet.

- Neste particular, JPM considera que a rádio está a passar por um segundo choque, depois da televisão ter provocado o primeiro.

- João Paulo Meneses reflecte sobre as vantagens e desvantagens da Internet para o meio rádio, equacionando possibilidades de convergência, em especial com a rádio musical.

- A análise enquadra-se num registo normativo que considera a rádio tradicional como um meio em declínio (audiências a descer, programação desadequada) e vê a Internet como uma plataforma apetecível para o relançamento, já não de uma rádio hertziana, mas de uma nova comunicação sonora (chame-se rádio, para simplificar) caracterizada pela produção individual, pela escolha individualizada e pela multiplicidade de serviços que acrescenta às mensagens sonoras.

- Com um enfoque especial nos mais jovens, o autor recorre a exemplos e a estudos que demonstram as virtualidades da Internet e de como esta pode significar, mais do que uma ameaça para a rádio, uma real possibilidade de convergência.

- João Paulo Meneses conclui que o futuro da rádio musical passa pela convergência musical e por melhores conteúdos.


Nos próximos posts voltarei ao meu texto e ao trabalho de Beatriz Polivanov.

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Escuta de rádio na Internet está a crescer

A Marktest está a assinalar os 82 anos de emissões regulares de rádio em Portugal e iniciou a publicação na sua newsletter de uma série de artigos relacionados com o meio radiofónico.

O primeiro artigo analisa a evolução da escuta de rádio através da Internet.


Apesar de reconhecer que a principal forma de escuta de rádio em Portugal é ainda através do FM, o estudo da Marktest sublinha a tendência de crescimento do número de indíviduos que ouvem rádio recorrendo à Internet.

O estudo mostra ainda que quem ouve rádio pela Internet o faz, preferencialmente, em casa.

Parabéns à TSF

A TSF assinala hoje 19 anos de existência. Interessante a ideia de colocar em emissão sons antigos da estação.

Parabéns!

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Página 1 já disponível

A Renascença disponibiliza a partir de hoje o Página 1. Tratam-se de notícias disponíveis em PDF a partir do site da RR. O Página 1 tem oito páginas e é actualizado duas vezes ao dia: 12h30 e 17h30.

É a parte visível da rádio em mudança, motivada pelas novas tecnologias de informação.

Lembro uma frase de Jesús Saiz Olmo (2005: 17) que caracteriza assim o futuro jornalista da rádio:

"(...) elabora un contenido que sirve para una locucion clásica, redacta una pieza dirigida a un PAD y además, realiza ora, que no tiene sentido difundir para la gran mayoria, pero que puede interesar a un segmento concreto de la audiencia y, probablemente, vaya destinada a un servicio de pago. El mismo redactor desarrollará las tres piezas utilizando, según convenga, textos imágenes y sonidos: un periodista multimedia".

Mais sobre o Página 1 no DN .

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Renascença em PDF

Em relação à Renascença parece-me que a "Boa Onda da Rádio" está a significar uma empenhada aposta num novo conceito de rádio, virada para um conjunto de serviços disponíveis em diferentes suportes.
A Renascença já nos tinha dado a possibilidade de VER reportagens no seu site. Agora anuncia que vai possibilitar em breve notícias num formato PDF para que possam ser impressas e lidas.

(viaJornalismo e Comunicação).

domingo, fevereiro 11, 2007

Leitura

A newsletter do Obercom sugere um texto no qual é feita uma análise ao sector da rádio em Itália e na Europa. Chama-se L'evoluzione della Rádio.