quarta-feira, outubro 29, 2008

Rádio Europa vai fechar

É pelo menos essa a ideia da Rádio França Internacional (RFI) que segundo o Expresso Online pretende encerrar a sua filial em Lisboa, a Rádio Europa, antiga Rádio Paris-Lisboa.
A decisão de encerrar justifica-se pela reorientação "estratégica" da emissora.

Lê-se na notícia do Expresso:

A ideia de fechar a Rádio Europa já é antiga e recolheu, designadamente, há cerca de um ano, o parecer favorável da Embaixada da França em Portugal, que considera a emissora "sem interesse", segundo disse ao Expresso uma fonte diplomática francesa.
A representação francesa em Portugal justificou, então, o seu parecer com as "audiências muito fracas" e a "inviabilidade financeira" da antiga Rádio Paris-Lisboa.
Antonieta Lopes da Costa, directora da Rádio Europa, disse ao Expresso não ter ainda "conhecimento oficial" da venda ou encerramento da estação emissora, mas admitiu que a decisão do Conselho de Administração da RFI seja a venda.
"Suspeito que a decisão seja a de vender a Rádio Europa, mas ainda não tive nenhuma reunião com a administração da RFI sobre o assunto", disse Antonieta Lopes da Costa.
A Rádio Europa, onde trabalham 16 pessoas, utiliza a frequência 90.4FM e identifica-se como uma estação que "aposta numa informação credível e rigorosa sobre a actualidade e está atenta aos novos desafios que se colocam aos cidadãos europeus do século XXI".


Act.(3 de Novembro 08) No blogue Jazza-me muito... é dito que a Rádio Europa-Lisboa não vai encerrar.

segunda-feira, outubro 27, 2008

Sinal dos tempos...

... este fim-de-semana as televisões encheram-se de imagens produzidas pela rádio.
A TSF, para além de conseguir para a rádio uma entrevista com o primeiro-ministro, conseguiu também potenciar a conversa, a Internet e, no fundo, a rádio.

segunda-feira, outubro 20, 2008

Novo site da Antena 1

A Antena 1 vai renovar o site em Novembro. É uma boa notícia, pois, entre a concorrência, o sítio da Antena 1 é de longe o menos interessante, pelo menos no que à informação diz respeito.

Via Meios&Publicidade.

sexta-feira, outubro 17, 2008

Acerca dos noticiários da rádio

Um excelente texto da provedora do ouvinte da NPR.
A propósito da cobertura da campanha eleitoral para as presidênciais norte-americanas, Alicia C. Shepard escreve um interessante texto sobre a importância dos noticiários da rádio, do som e da inclusão de declarações de protagonistas nas notícias, do tempo na rádio e da dificuldade de (lá como cá) encontrar o equilibrio no que diz respeito à cobertura de candidatos quando em campanha.

Para ler: Balancing the newscasts

quinta-feira, outubro 16, 2008

Sobre uma "nova rádio"

A sessão que juntou os responsáveis pelo multimédia da RDP, TSF, RR e Média Capital foi muito interessante e dela retiro a ideia de que em matéria de futuro da rádio há mais interrogações do que propriamente certezas.

Ou melhor, uma das certezas parece agora assentar em discursos mais cautelosos sobre a já há muito anunciada "morte da rádio". Com efeito, já ninguém arrisca dizer que a rádio vai morrer, mas sim que a emergência das novas tecnologias está a questionar a rádio tal como hoje a conhecemos. O discurso, pelo menos daqueles que participaram na sessão, aponta para o cenário de uma rádio que viverá de multiplas plataformas onde convive o som, o vídeo, o texto, a fotografia etc. Num tal cenário, a rádio proporciona informação personalizada e serve de palco para redes sociais.

Já sobre o caminho para lá chegar é que voltamos a encontrar algum desencontro nos discursos. Por exemplo, Carlos Marques, da Media Capital, considera que o futuro da rádio passa por um cenário a que chamou de "digi-media". Trata-se de um cenário onde convive a distribuição multiplataforma: FM+digital+net+mobile+cabo. A rádio disponibilizará serviços e conteúdos multimédia e proporcionará dinâmicas de envolvimento com o ouvinte. O que distingue, segundo percebi, o discurso de Carlos Marques dos restantes é naquilo que deve ser o eixo fundamental dessa "nova rádio". Para o director multimédia da Média Capital Rádios, esse eixo é o som. É em volta dele que todas as outras ferramentas devem crescer e desenvolver-se.

Fiquei com a ideia que para Pedro Leal, da Renascença, a rádio do futuro passa por um cenário semelhante, mas a aposta é sobretudo ao nível da imagem e muito em particular do vídeo, como aliás, já hoje acontece no site da RR.

Rui Pêgo, da RDP, considerou menos relevante discutir se tudo isto de que falamos (som e imagem e texto e fotografia etc) ainda é rádio. Julgo que este é o principal aspecto: saber se ainda é rádio. Por vezes é bom regressar à origem dos conceitos para percebermos o que está a montante.

Rádio é som. E isto, parecendo uma evidência, não é irrelevante porquanto a rádio é o que é precisamente porque se baseia numa comunicação sonora. Se ouvimos rádio enquanto conduzimos é porque precisamos de uma forma de comunicação que não requeira o nosso olhar. Se ouvimos rádio de manhã para saber as últimas é porque a rádio, enquanto meio sonoro, é o único que nos pode facultar de forma rápida e imediata essas informações e nós podemos consumi-las partilhando a sua escuta com uma série de outras actividades.

A net convoca a totalidade da nossa atenção e exige-nos uma resposta. E nós respondemos, caso contrário não é net. A rádio guia o nosso quotidiano e para isso ela tem que estar ao nosso lado sem nos impossibilitar de viver esse quotidiano.

Independentemente do conjunto de ferramentas e serviços que a rádio do futuro nos proporcionará, o ser humano continuará, seguramente, a necessitar de saber do mundo no momento em que o vive.

A Internet é, garantidamente, uma excelente oportunidade para renovar a rádio.

domingo, outubro 12, 2008

Nova lei da rádio para o ano, garante Santos Silva

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, garantiu que o Governo irá apresentar no próximo ano à Assembleia da República a nova lei da rádio.

Santos Silva não adiantou os contornos do novo articulado no qual o governo está actualmente a trabalhar, mas sublinhou que a actual lei não foi um impedimento para que o sector progrida apesar da legislação obsoleta.

O ministro falava por ocasião da inauguração das novas instalações da Rádio Vouzela, que não conheço, mas que a avaliar pela notícia do DN fez um forte investimento e está claramente acima da média das rádios locais portuguesas.

Lê-se no DN:

"a rádio passou a dispor de cinco estúdios, para a informação, produção, emissão e entrevistas. Dispõe ainda de um pequeno auditório com capacidade para 70 pessoas e espaços para a administração", frisou o director. Com o aumento do número de estúdios, a VFM "adquiriu novo material informático, novas mesas de mistura e um PA para rentabilizar o auditório com a realização de pequenos concertos e espectáculos"

Notícias do DN e do Público.

quinta-feira, outubro 09, 2008

Regresso da reportagem TSF

A reportagem TSF regressa hoje.
O trabalho é de Maria Augusta Casaca e tem por título "Doce amargo sal".
O regresso deste espaço da TSF traz uma novidade que comprova uma vez mais a tendência para a complementaridade entre a rádio hertziana e o site da estação. Para além de poder ouvir a reportagem pode-se aceder a uma galeria de fotos.
A reportagem passa na rádio às 19h15.

terça-feira, outubro 07, 2008

Conferência da ERC

A Entidade Reguladora da Comunicação organiza nos próximos dias 16 e 17, no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, a II Conferência "Por Uma Cultura de Regulação". Do programa destaco, naturalmente, um dos momentos dedicados à rádio:

Às 16h45 decorre a sessão "Impacto Regulatório das Novas Lógicas de Produção Radiofónica. Convergência e web2" com as participações de James Cridland, Head of Future Media and Technology da BBC Audio and Music; Rui Pêgo, Director de Programas da RDP; Arsénio Reis, Director Multimédia da Controlinveste (TSF); Pedro Leal, Responsável pelos Conteúdos Online da R.Renascença e Carlos Marques, Director Multimédia da Media Capital Rádios.
Os comentários estarão a cargo de Francisco José Oliveira, Vice-Presidente da APR.

O programa completo está aqui.

quinta-feira, outubro 02, 2008

Vozes

Aqui há tempos, alguém me chamava a atenção para o facto de já não haver personalidades no jornalismo radiofónico. Referia-se às vozes.
E perguntava: quem hoje liga a rádio para ouvir as notícias só porque são ditas por um jornalista em concreto? Ninguém. Respondia.
Sena Santos foi o último que chamava ouvintes para a sua rádio. Ouviam-se as notícias de manhã na TSF porque estava lá o Sena. E depois na Antena 1.

Era por causa do estilo, claro está, mas também da informação, obviamente. E era também pela manutenção da mesma voz durante anos. As rádios (informativas) fidelizavam os ouvintes.

Hoje os tempos são outros. As manhãs, período nobre da rádio, e das notícias, conhecem pivots de forma rotativa. Pedro Pinheiro, depois Helena Vieira, depois Pedro Pinheiro e depois... Na Renascença era o Arsénio Reis, depois o José Pedro Frazão. A Antena 1 depois de Sena Santos, José Guerreiro, que era dos que mais tempo ficou, prolongando o estilo do seu mestre.
Agora Eduarda Maio. Ouvi hoje pela primeira vez.
Começou um novo ciclo nas manhãs da rádio pública.
Tenho que ouvir mais vezes.