quinta-feira, julho 12, 2007

Não gosta da sua voz ?

É um artigo interessante. E , por estes dias, muito útil para os jornalistas da imprensa que fazem podcasts. Bem sei que na realidade portuguesa estes casos não são frequentes. O podcast não pegou, pelo menos ainda. Em Portugal, que jornais disponibilizam os seus conteúdos em podcast? O Expresso e ...
Fica, de qualquer forma, o artigo de Al Tompkins disponível no Poynter Online.

quarta-feira, julho 11, 2007

Outros relatos

Já com as folhas amareladas encontrei no fundo do baú um suplemento do Jornal "A Bola" intitulado "Os dias da Rádio". A edição é de 1994 e contém uma série de textos e testemunhos sobre o jornalismo desportivo na rádio portuguesa.

O texto assinado por Aurélio Márcio recorda nomes como Desidério Amaro "que trouxe o toque brasileiro à rádio portuguesa", Domingos Lança Moreira que "quase fez interromper as relações diplomáticas entre Portugal e Espanha com os relatos do hóquei em patins". Aurélio Márcio fala ainda de "um miúdo sensacional" referindo-se a Carlos Cruz, e do "trio da modernidade": Ribeiro Cristóvão, Fernando Correia e Jorge Perestrelo.

Na foto: Lança Moreira. ("A Bola", 1 Maio, 1994)

No suplemento de 16 páginas, há ainda espaço para o aparecimento da TSF, para Alves dos Santos - "o comentarista que o país inteiro consagrou", frase que se ouvia na Reanscença -, Artur Agostinho e David Borges, entre outros.

Na foto: Artur Agostinho em entrevista. ("A Bola", 1 Maio, 1994)

Então, também se falava na morte da rádio, em particular do desparecimento dos relatos de futebol: a ameaça vinha dos "automóveis com TV e piloto automático...".

sexta-feira, julho 06, 2007

A rádio é uma carabina. A TV uma caçadeira

Sobre a escolha do media por parte dos candidatos às presidenciais de 2008 nos EUA, o DN escreve o seguinte:

Rudolph Giuliani não tem anúncios na televisão, apostando a toda a força na rádio. Os anúncios nas estações de rádio por todo o país são acompanhados de entrevistas também a programas de rádio. Ken Glodstein, que chefia o projecto publicidade na Universidade do Wisconsin reconhece que " a rádio é uma carabina e é muito mais eficiente, enquanto a televisão é uma caçadeira".

A rádio foi o primeiro meio de comunicação social a possibilitar que os eleitores ouvissem a voz de quem iam votar. Foi com a rádio, segundo alguns autores, que nasceu a política da imagem e se começou a personalizar mediaticamente os candidatos.

Na eleição de 1924, nos EUA, Calvin Coolidge percebeu que apostar na rádio seria uma estratégia acertada. Percebeu as potencialidades do meio e como poderiam esconder a falta de atributos noutros campos.

Diria Coolidge: "I can't make an engaging, rousing or oratorial speech... but I have a good radio voice, and now I can get my message across without acquainting the public with my lack of oratorial ability". (Crook, 1998)

quinta-feira, julho 05, 2007

Paulo Alves Guerra

Os últimos programas do provedor do Ouvinte da RDP foram dedicados ao “Império dos Sentidos”, o programa da manhã da Antena 2.

A série de programas foi motivada, segundo o provedor, por um alargado rol de queixas dos ouvintes perante duas situações: o formato do programa e o desempenho do seu apresentador, o jornalista Paulo Alves Guerra.

Paulo Alves Guerra é um dos jornalistas da rádio portuguesa que deixa marcas. Os noticiários que editava na TSF eram diferentes. A começar pela duração. Mas eram diferentes também, porque Alves Guerra personalizava os noticiários: uso de uma trilha sonora diferente para a leitura dos títulos, que eram em si mesmo mais extensos, o próprio alinhamento privilegiava temas ligados à cultura e aos espectáculos.

Recordo a notícia de um “acontecimento” vamos dizer, diferente, sobre um escritor que tinha deixado os seus manuscritos num taxi. Nunca ninguém soube quem era tal escritor !!! Ou, ainda, a leitura de notícias com a ajuda de um barítono.

Nisto, há, naturalmente, quem goste e quem não goste.

Da audição do programa do provedor do ouvinte percebo que um dos aspectos que mais incomoda os ouvintes da Antena 2 é o estilo de apresentação de Paulo Alves Guerra. O discurso pleno de interjeições, pausado, quiça em demasia, não parece ser do agrado dos ouvintes das manhãs do segundo canal da rádio pública, ainda para mais quando Paulo Alves Guerra utiliza um tom e um ritmo próprios de uma rádio de palavra, como é o caso da TSF, mas que não é caso da Antena 2.

O “Império dos Sentidos” com Paulo Alves Guerra tornou a manhã da Antena 2 mais informativa e menos musical, pelo menos a avaliar pelas críticas dos ouvintes.

O provedor do Ouvinte deverá terminar esta semana a apreciação a este caso.

A acompanhar, portanto.


Uma nota final: De acordo com José Nuno Martins, Paulo Alves Guerra foi contactado para comentar as críticas ao programa, mas recusou falar sobre o assunto. É pena.

quarta-feira, julho 04, 2007

A rádio vai morrer? II

É um post de 26 de Junho colocado por Luís Santos no seu blogue Atrium, mas só agora dei por ele. Merece-me relevância a propósito de mais um funeral feito à rádio.

Luís Santos refere-se a um estudo que vem demonstrar que afinal os mais jovens continuam a ser atraídos pela escuta radiofónica.

P.S. - As notícias sobre a morte da rádio surgem com tal frequência que decidi criar uma etiqueta onde agrupar, a partir de agora, esses textos. Assim fica tudo organizadinho !

Observatório disponível online

O Obercom acaba de disponibilizar no seu site os onze números da revista Observatório. Destaco, como é natural, o nº 4 sobre a História da Rádio e que reúne um conjunto de textos interessantes sobre a matéria.

Outras edições com textos sobre rádio:

Nº 1
Nº 2
Nº6
Nº7
Nº9