O formato informativo do Rádio Clube aponta para um grande programa de informação matinal, relegando para segundo plano os noticiários.
Tudo gira em torno do tema que o Rádio Clube elegeu naquele dia. Os noticiários abrem invariavelmente com esse tema. Primeiro com uma breve enunciação. Depois com o seu desenvolvimento, aproveitando os comentários produzidos pelos seus próprios comentadores.
As restantes notícias acabam por não ter um grande grau de aprofundamento no Minuto-a-Minuto.
As manhãs do Rádio Clube são sedutoras para o ouvinte. Há uma constante procura pela atenção de quem escuta. À hora certa, João Adelino Faria anuncia o tema principal. Não desenvolve. Entra um separador. Depois são lidos os outros temas da actualidade utilizando um formato pouco frequente em Portugal: João Adelino Faria lê pequenas frases e outro jornalista acrescenta algo mais. A ideia é conceder mais ritmo à leitura dos títulos, que só uma voz não possibilita. Por isso, é também utilizada uma trilha sonora rápida.
Depois João Adelino Faria anuncia as temperaturas. O trânsito em directo. Em Lisboa. No Porto. Voltamos às temperaturas (com outra voz). Três minutos depois voltamos ao noticiário. Agora sim com desenvolvimento.
O Rádio Clube tem um formato interessante por apontar para um conceito de rádio explicativa. Explora o tema principal com comentadores. Há debate e muita opinião, mas tal como já tinha verificado anteriormente, a aposta não vai para os noticiários.
São, quanto a mim, mais pobres se comparados com a Antena 1 e TSF. Os da Renascença têm muitas notícias mas há menos desenvolvimento.
No Rádio Clube escasseiam os directos nos noticiários (para não dizer que não os há) e há poucas vozes. São raros os temas (exceptuando o tema do dia) em que há desenvolvimento por uma segunda voz, para além do pivot.
Tudo gira em torno do tema do dia e isso enfraquece, não só os noticiários, mas também os jornais temáticos.
Nestes primeiros dias, parece-me que o Rádio Clube tem ganho a aposta de diariamente ter a sua própria agenda. Já quanto a marcar a agenda dos outros media é outra conversa.
Há, da parte do Rádio Clube, uma aposta na reportagem com passagem de excertos durante a manhã, o único período do dia que, quanto a mim, trouxe alguma novidade em termos informativos. A tarde e a noite, por viverem apenas dos noticiários, não são alternativa.
João Adelino Faria abusa das «notas de rodapé»: "Estamos todos hoje com muito humor" ou "Está frio na minha terra". Cansa.
Não gosto da trilha sonora para a informação. É televisiva, onde é fundamental fazer “um bom filme”. Na rádio não.
É só uma questão de gosto pessoal!!!
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Há 7 horas
2 comentários:
Estão oficialmente convidados a participar no Jantar dos Velhos de Portalegre, a realizar no próximo dia 17 de Março, todos os alunos e ex-alunos do curso de Jornalismo e Comunicação da Escola Superior de Educação de Portalegre.
Inscrições abertas a todos os anos.
O lugar de culto será o Solar do Forcado que já está reservado para nós.
Viva a Amizade dos Velhos que na terra do poeta se conheceram!
Atrevo-me a deixar aqui a minha opinião sobre o novo Rádio Clube. Parece-me que a manhã informativa resulta, se bem que menos graçolas só ajudariam a dar mais credibilidade ao projecto. Aliás, há graçolas a mais por toda a emissão. No Porto, onde me encontro, o panorama é aterrador. Horas e horas da dita "informação" local, daquela que verdadeiramente não prende ninguém, tanto mais que o tom é fúnebre, desolador, insuportável.
Mário Cabral
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