Do mais recente número da revista JJ (Janeiro/Março) do Clube de Jornalistas, assinaldo dois textos: O de Nobre-Correia que estabelece uma comparação entre os sistemas mediáticos português e espanhol e onde há espaço, naturalmente, para a rádio e uma entrevista a José Manuel Rosendo, jornalista da Antena 1.
Na entrevista, Rosendo aborda um conjunto de questões que me parecem relevantes sobre o jornalismo radiofónico. Aqui ficam algumas passagens:
- "Eu acho que a rádio se demitiu, em termos gerais. Não estou a falar da RDP, estou a falar da rádio. E a rádio demitiu-se porque a rádio tem medo da palavra".
- "(...) quem define a rádio parece que tem medo da palavra. Depois há outra coisa: parece que temos obrigação de ter o elixir da boa disposição. Há uns programas com graça e piada; parece que tudo tem que ter graça e piada. Para isso há espaço".
- "A grande arma da rádio, em relação aos outros meios de comunicação, é o imediatismo, a capacidade de reacção, que a televisão, de algum modo, também já vai acompanhando. (...) A rádio demitiu-se disso. Se olharmos para as programações, são cada vez mais formatadas. Eu hoje já sei a que horas e o que vou ouvir amanhã".
- "Eu acho que deveria haver mais espaço para a reportagem, mas para isso tem que haver mais investimento. Hoje faz-se muita rádio na redacção."
José Manuel Rosendo foi entrevistado a propósito do seu livro "De Istambul a Nassíria - Crónicas da Guerra no Iraque".
A edição já está disponível online. Aqui.
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