António Sérgio não era só um excelente autor de programas de rádio, nem uma voz única. António Sérgio era crítico da própria rádio. Era um observador atento do meio. Era um apaixonado pela rádio.
Do baú, encontrei esta entrevista dada à revista Única, em 2005.
Retiro alguns excertos:
"A rádio foi praticamente o único universo que conheci. (...) O meu pai foi convidado para fundar a Rádio Clube de Bié e, por causa dele, a minha mãe tornou-se locutora. Cresci nesse ambiente. Todo o meu tempo livre era passado ali."
"Mas há qualquer coisa de mágico neste meio. É tão mágico que até é um bocadinho trágico. Quando entro no programa, à meia noite, e me ligo à mesa através dos head-phones, entro na máquina e integro-me nela."
"Quando percebi o marasmo radiofónico que era Portugal, comecei a fazer tudo o que não se fazia em rádio em termos de divulgação musical(...)"
"Repare que são anos e anos a ouvir música e a estar sempre à procura de música nova. Portanto continuo à procura de alguma coisa que ainda me faça sentir um «clic»".
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