Foi muito interessante o Encontro sobre média proximidade e participação que decorreu no final da semana passada na Universidade da Beira Interior.
A ideia foi juntar jornalistas, académicos e estudantes para discutir os conceitos e as práticas do jornalismo de proximidade e a participação dos cidadãos. O interesse residiu, para começar, na reflexão produzida sobre as próprias ideias de proximidade (o que significa o termo quando aplicado ao jornalismo?) e participação (questão complexa que remete para diversas formas e levanta uma outra problemática: até onde deve ir essa participação dos cidadãos?)
A comunicação que apresentei "Internet
e participação – o renascimento da rádio local como espaço de debate público" pretendeu cruzar três aspectos: os princípios fundadores da ideia de rádio local, a tradição da rádio enquanto promotora de participação e a migração para a Internet aí adquirindo novas formas de interacção e participação. Em que medida, novas ferramentas para a participação dos cidadãos nos conteúdos disponibilizados pelas rádios locais portuguesas nos seus sites estão de facto a ser utilizadas para a promoção do debate sobre as matérias noticiosas de interesse local?
Sobre isto, três notas:
1ª as rádios locais continuam, tal como as emissoras nacionais, a privilegiar a participação em programas emitidos na rádio tradicional;
2º em ambiente online, a participação está a ser canalizada para as redes sociais, em particular o Facebook. Nos sites, as ferramentas para essa participação são quase inexistentes.
3º a participação dos cidadãos quer no site quer nas redes sociais das rádios locais é sobretudo ao nível da função fática. O debate argumentativo, fundamentado... é praticamente inexistente.
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