Joaquim Fidalgo, professor na Universidade do Minho e ex-provedor do Leitor do Público, vai defender naquela instituição, no próximo dia 5 de Janeiro, a sua tese de doutoramento cujo título é «O lugar da ética e da auto-regulação na identidade profissional dos jornalistas».
Embora não se focalizando em concreto na rádio, Joaquim Fidalgo aborda a figura do provedor e equaciona a auto-regulação com a emergência de novas realidades motivadas pelo uso das novas tecnologias de informação no campo do jornalismo (blogues, podcasting etc).
Num texto que recebi de Luís Santos (a quem agradeço) pode ler-se o seguinte:
"O trabalho toma como ponto de partida o estudo de uma das figuras da auto-regulação do jornalismo, o Provedor do Leitor, avançando depois para a tentativa de inscrever este objecto de estudo em contextos mais latos que ajudem a compreendê-lo, não apenas em si mesmo, mas na sua relação mais global com as exigências do processo de informação mediática nas sociedades contemporâneas e com o papel específico que nele desempenham os jornalistas. Assim, o provedor é analisado enquanto caso exemplar entre os mecanismos de auto-regulação dos media ou seja, os processos voluntários de escrutínio e controlo da conduta dos meios de comunicação social.
(...)
Tendo em conta o contexto actual do jornalismo que se vê perante a necessidade de equacionar a sua relação com a auto-edição (por exemplo, os blogs, podcasts ou videocasts), com a edição colaborativa (wikis) e com a produção alternativa de informação (os espaços do chamado jornalismo cidadão) o autor sugere uma reflexão aprofundada sobre o que é mais característico e diferenciador da actividade jornalística e da sua particular incidência social, emergindo neste contexto a centralidade de uma particular exigência ética e deontológica, ligada menos ao quem faz o quê, onde e quando, e mais ao como se trabalha a informação da actualidade, porquê e para quê."
(...)
"O Júri da prova será composto pelos Doutores Aníbal Augusto Alves (Universidade do Minho), Moisés de Lemos Martins (Universidade do Minho), Manuel Pinto (Universidade do Minho), Helena Sousa (Universidade do Minho), Xosé Lopez Garcia (Universidade de Santiago de Compostela) e Estrela Serrano (Escola Superior de Comunicação Social)".
Boa sorte para Joaquim Fidalgo.
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