No regresso à blogosfera sublinho três notas que me parecem importantes:
1ª - A questão que João Paulo Meneses levanta no seu blogue sobre os relatos de futebol feitos a partir do estúdio . São os constrangimentos financeiros a ditar as regras. Depois da imprensa, que também faz "reportagens" a partir da Lusa, agora a rádio. Perdem os relatos, naquilo que possuem de espontâneo e emoção, mas pior é o facto do ouvinte não ser previamente informado do facto.
2º - O interessante post que Luís Santos colocou no blogue Atrium com o sugestivo e tranquilizador título "O fim da rádio não é para já". De facto tenho a ideia que a rádio deve ser o meio de comunicação ao qual fizeram mais funerais !!! A avaliar pelo texto a que Luís Santos se refere ainda não é desta. E ainda bem. A não perder. Aqui .
3º Por fim, saúdo o início do programa do provedor de rádio "Em Nome do Ouvinte". Na primeira edição, que foi para o ar no dia 9 de Setembro José Nuno Martins apresentou o programa e as funções do Provedor. Fez referência ao facto de já ter recebido 160 queixas e destas escolheu duas para comentar no programa de estreia.
A primeira decisão do provedor da rádio portuguesa teve como enfoque a reportagem "A Guerra pela Paz" da autoria de Paulo Nuno Vicente sobre o hezbollah. Uma ouvinte considerou que a Antena 1 tem tido, no conflito Israelo-libanês, uma atitude parcial, a favor da posição libanesa. O provedor lembrou-nos excertos da reportagem, citou a teoria (Eduardo Meditsch e Walter Benjamin), ouviu o director de informação e decidiu a favor do trabalho jornalístico. Interessante foi o facto do provedor ter recorrido ao som da própria ouvinte que expôs a queixa. No meio radiofónico o som é fundamental por isso, pareceu-me interessante ouvir a própria ouvinte em vez de ser um jornalista a ler a queixa que chegou por escrito.
O provedor respondeu, por fim, aos ouvintes que questionaram as suas intervenções enquanto participante do programa "Artistas da Bola". Este Sábado há mais.
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2 comentários:
Apenas uma ligeiríssima correcção:
A grande reportagem "Líbano, a guerra pela paz" da minha autoria não foi unicamente dedicada ao Hezbollah - embora tenha estado em contacto com o movimento, disso fazendo eco a reportagem - mas sobre o (frágil) processo de reconstrução no pós-conflito.
A reportagem apresenta, por esse motivo, testemunhos de organizações internacionais e não governamentais no terreno, cidadãos libaneses, militares portugueses (FAP), líderes religiosos, porta-voz da estação televisiva Al Manar, primeiro-ministro Fuad Siniora e porta-voz do ministério do Ambiente.
Um abraço e votos de bom trabalho
Obrigado.
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