A segunda edição das Jornadas Internacionais de Jornalismo decorreu na última sexta-feira, dia 2 de Março, na Universidade Fernando Pessoa, no Porto.
O tema do encontro, que reuniu investigadores, professores, alunos e profissionais da comunicação, foi “Porquê estudar o Jornalismo?”.
Do programa destaco a sessão que juntou Felipe Pena, da Universidade Federal Fluminense, Barbie Zelizer, University of Pennsylvania e Brian McNair, University of Strathclyde.
Rogério Santos construiu, no seu blogue, um texto sobre a intervenção de Barbie Zelizer.
No campo da rádio, foram apresentadas três comunicações nas sessões de tema livre, uma delas de minha autoria e que tem por título “As Rádios Locais em Portugal – Da proximidade à diminuição da oferta informativa local”.
Beatriz Brandão Polivanov, da Universidade Fluminense do Rio de Janeiro, apresentou a comunicação com o título “A busca pela legalização: conflitos e negociações entre o Ministério das Comunicações e as rádios Comunitárias” e João Paulo Meneses apresentou o texto intitulado “Internet: Potencialidades e ameaças para a rádio musical”.
Outros compromissos na Invicta impediram-me de assistir à apresentação de JPM, mas da leitura da comunicação disponível nas Actas das Jornadas detecto os seguintes pontos principais do seu texto:
- Meneses parte do princípio de que o conceito de rádio, tal como o conhecemos actualmente, está a mudar devido às transformações impostas pela emergência da Internet.
- Neste particular, JPM considera que a rádio está a passar por um segundo choque, depois da televisão ter provocado o primeiro.
- João Paulo Meneses reflecte sobre as vantagens e desvantagens da Internet para o meio rádio, equacionando possibilidades de convergência, em especial com a rádio musical.
- A análise enquadra-se num registo normativo que considera a rádio tradicional como um meio em declínio (audiências a descer, programação desadequada) e vê a Internet como uma plataforma apetecível para o relançamento, já não de uma rádio hertziana, mas de uma nova comunicação sonora (chame-se rádio, para simplificar) caracterizada pela produção individual, pela escolha individualizada e pela multiplicidade de serviços que acrescenta às mensagens sonoras.
- Com um enfoque especial nos mais jovens, o autor recorre a exemplos e a estudos que demonstram as virtualidades da Internet e de como esta pode significar, mais do que uma ameaça para a rádio, uma real possibilidade de convergência.
- João Paulo Meneses conclui que o futuro da rádio musical passa pela convergência musical e por melhores conteúdos.
Nos próximos posts voltarei ao meu texto e ao trabalho de Beatriz Polivanov.
1 comentário:
Viva.
Há mais aqui:
http://bocc.ubi.pt/pag/meneses-joao-paulo-internet-possibilidades-ameacas.pdf
um abraço
jpmeneses
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