O primeiro ombudsman do ouvinte em Portugal assumiu ontem as funções, conjuntamente com Paquete de Oliveira, que assumirá idêntico cargo na RTP.
Durante a cerimónia de tomada de posse, José Nuno Martins deixou algumas ideias que vêm reproduzidas no Diário de Notícias:
"Agora a lei garante ao ouvinte o direito de ouvir bem a rádio pública"
"(...)por quanto tempo mais poderão os operadores privados de radiodifusão continuar a ignorar o cidadão?"
"Os provedores não adiantaram muito sobre o caminho que vão seguir, mas José Nuno Martins admitiu ter dúvidas sobre os "programas chamados interactivos, os fóruns".
Segundo o mesmo jornal, o ministro Augusto Santos Silva desafiou ainda os
"outros a adoptar estes mecanismos, sublinhando que os provedores são instrumentos de auto-regulação da comunicação social".
À consideração da TSF, RR, Rádio Clube ...
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2 comentários:
Resta saber que duvidas são essas em relação, por exemplo, a dois dos programas mais ouvidos na rádio portuguesa: a Antena Aberta e o Fórum TSF !
Sobre a categoria profissional e ética (como é óbvio, vistos do lado de um ouvinte dedicado há cerca de 40 anos) do Sr Nuno Martins não tenho nenhuma dúvida. Direi que foi uma escolha que honra uma sociedade que quer ser civilizada e culta.
De facto, o reparo sobre a questão dos fóruns em directo também me suscita muitas reservas. Há um conjunto de "profissionais opinadores" que, nalgumas circunstâncias, "botam faladura" sem qualquer autocontrolo de seriedade (procura da verdade. E aos moderadores o que sobra? A passividade ou, quando muito, a ressalva de que se trata "de uma opinião pessoal, ... blá, blá ...". Ora, às vezes, são perfeitas atoardas que não têm o filtro da autoridade (ou seja: quando um jornalista ou um responsável institucional emite opinião, presume-se que essa pessoa chegou a essa posição "alta" após um processo, formal ou informal, de selecção de qualidade (onde o bom-senso é o primeiro patamar). Isso não acontece no directo e algumas dessas atoardas ficama pairar, a germinar "certezas" em pessoas menos informadas. E isso, no meu ponto de vista é um mau serviço prestado à sociedade. É, tão só, confusão, aumento injustificado de entropia.
Porque é que digo que são atoardas? É que às vezes alguns dos temas são-me familiares, em termos de vivência e em termos, também, de legislação. Daí, tenho todo o direito que presumir que quando os temas não me são familiares o mesmo poderá acontecer. E lá se vai a magia do esclarecimento, da procura da verdade.
Victor
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