Carmen Saiz, num texto de 2002, caracterizava assim o estado da relação entre a Rádio e a Internet em Espanha:
"(...) son pocos los productos innovadores que se difunden por Internet, pues la gran mayoría de los programas son meras cópias de los ya existentes e incluso se simultanean los mismos programas por ambos medios".
Carmen Saiz entende que as emissoras espanholas não retiram da web as potencialidades que ela oferece, e que têm a ver com uma nova realidade imposta por um novo meio de comunicação. Para isso, acrescenta Saiz, "Es necesario contar con un equipo técnico y humano especializado que conoza los nuevos modos productivos del sistema interactivo, lo que supone un salto cualitativo en las rutinas productivas convencionales de la radio analógica".
O salto que a professora espanhola propõe implica que as rádios, no campo da informação, deixem de ver a web como um simples arquivo digital dos programas emitidos via hertziana, útil é certo, mas que ignora as capacidades de interacção e multimediáticas que a Internet possui.
Alguns sites das rádios nacionais, por exemplo, não permitem que o utilizador comente notícias ou contacte com os jornalistas. As notícias disponíveis no site são as mesmas que a rádio emitiu e nalguns casos só com texto (sem som, imagem, links).
Durante as eleições presidenciais de Janeiro, algumas rádios disponibilizaram nos seus sites informação sobre resultados de eleições anteriores. São muitos números que a emissão hertziana não poderia facultar. É um exemplo positivo.
Nos últimos dias, as notícias davam conta da entrada em funções nesta semana do provedor do ouvinte da RDP. À semelhança do que sucede com outros provedores de rádio, o site é uma excelente forma de esclarecer acerca das suas funções e de como os ouvintes podem entrar em contacto com aquela figura. No caso português ainda não encontrei qualquer referência ao facto...
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