Duas notas sobre o debate que começou neste espaço, mas que foi para aqui.
João Paulo Menezes colocou um post sobre a tradução ou não dos sons dos protagonistas das notícias emitidas pela rádio, a propósito de um comentário meu sobre o programa "Nós Europa" da TSF.
Concordo genericamente com JPM e com os seus activos leitores quando referem que os declarações em língua estrangeira devem ser traduzidas, mesmo aquelas que são produzidas em língua espanhola.
Não concordo, contudo, quando se diz que apenas os sons com mais de 10 segundos devem ser traduzidos (dobrados). Do meu ponto de vista devem ser todos independentemente da língua estrangeira em que são produzidos. É que nunca se sabe bem quem é que nos está a ouvir!!!
Há ainda uma outra nota sobre esta matéria, que passa, é certo, ao lado do comum dos ouvintes. Na rádio, as mensagens difundidas têm quase sempre dois significados: aquele que o conteúdo nos dá e outro que é perceptível através da forma como é dito. Por vezes é importante ouvir a forma como algo é dito, ou seja o tom que o sujeito utiliza ao dizer o que diz. Colocar uma voz "por cima" da declaração do interlocutor pode prejudicar a percepção desse segundo significado.
Dois exemplos recentes: a declaração da ETA anunciando tréguas e a de Hugo Chavez dando a conhecer o que pensa (!!!) de George W. Bush.
São, de qualquer forma, excepções à regra. E a regra, do meu ponto de vista, deve ser a tradução.
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1 comentário:
A questão é tão insignificante que não vale a pena que percamos muito tempo com ela.
O Alemão é desconhecido da maioria dos portugueses e incompreensível para um falante da nossa língua. Experimentem pôr um som em Alemão (com mais ou com menos de 10'') e perguntem aos ouvintes se o perceberam.
E aí encontrarão a resposta.
Quanto ao Espanhol... sendo compreensível... eu diria que todos os sons em língua estrangeira devem ser traduzidos PRINCIPALMENTE OS SONS EM ESPANHOL.
Porque nós somso Portugueses.
Felizmente, a rádio pública RDP tem seguido, quase sempre, essa regra. Mas nem sempre... Seria bom que as estações privadas de rádio seguissem esse exemplo.
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