quinta-feira, março 02, 2006

(Act) Jornadas da Comunicação em Portalegre

Os alunos do curso de Jornalismo e Comunicação da Escola Superior de Educação de Portalegre organizam entre os dias 13 e 16 de Março a 10ª edição das Jornadas da Comunicação. Trata-se do evento mais antigo daquela escola e que, por ser organizado por alunos de um estabelecimento de ensino superior no interior do país merece os meus parabéns.
Este ano assinalam a década de edições, sem qualquer interrupção. Criaram um espaço interessante de debate e reflexão sobre os media, o jornalismo, a publicidade e as relações públicas.

Por se tratar do 10º ano, a edição terá como tema central "A comunicação em Portugal nos últimos 10 anos". Trata-se efectivamente de uma década cheia de marcos importantes no cenário dos media nacionais. A consolidação das televisões privadas em Portugal, consubstanciada pela luta pelas audiências, emergência de determinado tipo de programção (reality shows etc), o aparecimento da televisão por cabo, que alterou significativemente o sector, as transformações no cenário da radiodifusão local, o papel cada vez mais relevante dos grupos de comunicação social no panorama nacional, o aparecimento dos provedores de leitor e claro a emergência da Internet com tudo o que isso acarretou (blogues, podcasting, jornalismo online etc). Enfim, não falta matéria para os alunos do curso discutirem com os seus convidados.

Aqui fica o programa (ainda provisório)

Dia 13 - 15h. Sessão de Abertura

Dia 14 - 10h. Os bastidores do Marketing Político (Edgar Correia, ISCTE, Luís Rasquilha, Marketeer e Luís Rodrigues, PSD)
15h. blogsemdiscussão.na.esep. (Luís Santos, Atrium, Rogério Santos, Blog “Industrias Culturais”), Paulo Querido, blog “ mas certamente que sim!”)

Dia 15 - 10h. As crianças e o jornalismo (Felicia Cabrita, Expresso e Miguel Martins, Correio da Manhã)
15h. Indústria Farmacêutica: O Marketing além do produto (Cândido Barnabé, Pfizer e Fernando Siborro, médico, Ana Beatriz Gaminha, Laboratório Farmacêutico “Azevedos”)
21h30. Uma década de Jornalismo (Emidio Rangel, David Borges e Virgilio Azevedo)

Dia 16 - 10h. Encontro: Aqui há dez anos (Ex-alunos que organizaram as jornadas)
12h. Inauguração de uma exposição de trabalhos de Eduardo Gageiro
15h. Tributo a Eduardo Gageiro
Encerramento das Jornadas

À organização das jornadas votos para que tudo corra bem.

4 comentários:

Anónimo disse...

Em primeiro lugar, parabéns a quem organiza este evento.
Relativamente ao tema "A comunicação em Portugal nos últimos 10 anos", parece-me muito pertinente, e também muito vasto. Mas, neste meu comentário, vou referir-me mais propriamente às transformações no cenário da radiodifusão local, mas não às grelhas de programação, nem às notícias, vou referir-me à atitude que as rádios locais têm para com os jovens licenciados em Jornalismo.
Há cerca, de 10 anos atrás, não existiam licenciados, nesta área nas rádios locais, normalmente, quem fazia as noticias, eram pessoas que nada tinham a ver com o jornalismo, mas que algumas vezes até tinham “queda” para a coisa, mas faltavas-lhe a formação. No entanto, com o aparecimento dos Cursos Superiores em Jornalismo, esta realidade veio alterando-se, progressivamente, e hoje já se encontram alguns licenciados nas rádios locais, embora o número, ainda, seja reduzido. Contudo, apesar deste boom de jovens licenciados em Jornalismo, em muitas rádios locais, ainda subsistem muitas pessoas com uma mentalidade um tanto fechada, relativamente, à formação em Jornalismo, é uma herança pesada, que ainda temos. Em muitos casos, quem está à frente das rádios locais, são pessoas que nada têm a ver com a Comunicação, e que vêm a Rádio como mera distracção, o pode causar alguns efeitos perversos, nomeadamente, no que toca à valorização do trabalho dos funcionários, que muitas vezes não é levado a sério. Quando os jovens licenciados chegam a essas rádios para trabalhar, em alguns sítios acontece uma coisa tão ténue que quase não damos por ela, mas ela está lá logo nas primeiras semanas, pronta para causar estragos, preparada para se traduzir em insegurança e desmotivação a que chamo “discriminação académica”, defino-a assim, porque o que acontece em alguns casos, é a desvalorização dos estudos, por parte dos colegas de trabalho que têm um nível académico inferior. Os agentes da “discriminação académica” são pessoas que não usufruem de qualquer título académico, mas que são detentores de grande experiência profissional, mas que não pertencem ao grupo dos licenciados. E aqui interessa distinguir dois tipos de pessoas, ou seja: existem aquelas pessoas que nunca tiraram um curso mas que pertencem ao grupo dos que admiram quem o tirou; e existem aqueles que tal como os do primeiro grupo não têm qualquer canudo mas têm “raiva” de que o tem, ambos, os grupos distinguem-se, muito bem pelas atitudes. Os do primeiro grupo são pessoas que acreditam nos licenciados e que os admiram, nunca tiraram um curso porque não tiveram oportunidade mas gostavam muito de o ter tirado e por isso admiram quem consegue; no segundo grupo estão aqueles que não tiraram porque não tiveram capacidade para isso, nem motivação, e por isso criticam os que tem, desvalorizando-os totalmente, e muitas vezes, denegrindo a sua imagem.
Nos locais de trabalho existem pessoas oriundas destes dois tipos de grupos, os que admiram os que detestam. Como lidar como eles? Que atitudes se devem tomar? A situação é embaraçosa de facto, até porque se podem confundir as investidas do admirador e do que detesta. Normalmente o primeiro é mais explicito, faz muitas perguntas de como foi o curso, e muitas vezes até desabafa confessando que gostaria muito de frequentado um etc.… Quanto aos que se inserem no segundo grupo, a subtileza é a palavra de ordem, normalmente nunca falam do facto da pessoas ser licenciada, nunca invocam o curso nem a formação da pessoa, alias nunca falam disso, o truque é desvalorizar o máximo o canudo dessa pessoa, colocando-a ao mesmo nível académico dos restantes funcionários com a 4ª classe ou o 9º ano.
Esta “discriminação académica” de que falo poderá ser uma marca da viragem da comunicação, em Portugal. Até porque há dez anos atrás era raro ver-se um licenciado numa rádio local, o que justifica esta subtileza discriminativa, porque quem faz rádio há muitos anos não têm canudo e não admite que lhe venham dizer que há outras formas de fazer as coisas, e nem está habituado a isso. “Discriminação académica”, poderá vir a ser objecto de estudo e quem sabe, um dos próximos temas das Jornadas de Comunicação da ESEP.



Jovem jornalista

Anónimo disse...

Antes de mais e em referência a este tipo de eventos, não é único no país, felizmente!!! Quantos mais melhor, num país onde os "brain storming" são tabu para os da "velha escola".
No caso das Jornadas da Comunicação da ESE de Portalegre posso, com muito orgulho, referir que contribuí durante três anos na organização. O maior feito, além de conseguir levar os "pros" do nosso jornalismo (sem alguns casos de ausência injustificada dos artistas convidados...), foi termos ultrapassado os nossos medos de fracasso perante um apoio institucional apenas no que toca à disponibilização do local e dos horários naquele pequenito auditório... Lembro-me que, nas primeiras, não fosse a caturrice dos que se reuniam ao início de cada ano lectivo, estas 10ªs Jornadas nunca seriam o que hoje são: um estágio extra-curricular de organização de eventos!
Com maior ou menor sucesso, todos os anos conseguíamos o feito de mexer com a pasmaceira de uma comunidade escolar pouco habituada ao "auto-sacrifício" (nomeadamente, fins-de-semana sem ir à casinha dos pais, noitadas de trabalho organizativo, horas de sono perdidas preparando os debates, sem contar com os três ou quatro dias de ansiedade e stress...).
Concluindo: estas Jornadas da Comunicação em Portalegre são, de facto, um "case study" dada a continuidade ao longo dos anos, consubstanciado com a "originalidade" de as Comissões Organizadoras terem uma capacidade de renovação a cada ano! Manter o esquema, o espírito e a solicitude destes voluntários acaba por ser o grande feito deste evento! Parabéns aos que continuam o trabalho, hoje, acredito, mais apoiado ao nível institucional...Até isso, conseguimos mudar!!!

Saudações,

Francisco Cardoso

PS: Um abraço ao prof Bonix. Este blog foi um achado!

Unknown disse...

OLA MEU NOME E ELLEN KEEZY CASTRO, ACHO QUE AQUI NAO E' O LUGAR CERTO PARA ISTO MAS ESTOU TENTANDO TUDO QUE POSSO, MOREI EM PORTALEGRE HA 15 ANOS ATRAS E MEU SONHO E' PODER ENCONTAR MEUS VELHOS AMIGOS, SE PODEREM DE ALGUMA FORMAM ME AJUDAREM, SOU BRASILEIRA E AGORA MORO EM ATLANTA/GA/USA. MOREI NO LAR DO SAGRADO CORACAO DE MARIA E ESTUDEI NO COLEGIO DIOCESANO DE PORTALEGRE.
MEUS ANTECIPADOS AGRADECIMENTOS.
ellen_keezy@hotmail.com

ELLEN KEEZY CASTRO

Unknown disse...

POR FAVOR, MOREI EM PORTALEGRE HA 15 ANOS ATRAS E MEU SONHO E' PODER COMUNICAR COM ALGUNS AMIGOS DA EPOCA. ESTUDEI NO COLEGIO DIOCESANO DE PORTALEGRE E MOREI NO LAR DO SAGRADO CORACAO DE MARIA, SE POR ALGUMA FORMA TIVEREM COMO ME AJUDAREM ANTECIPO AGRADECIMENTOS.
ELLEN KEEZY