O podcasting pode ser uma forma de vigiar o trabalho dos jornalistas?
O jornalista e investigador dos media, Carlos Castilho, faz referência, num artigo disponível no Observatório de Imprensa, a um projecto que visa testar a transparência jornalística combinando texto com áudio de forma a que o leitor possa confirmar se a citação que o jornalista faz corresponde exactamente ao que foi dito pelo entrevistado.
Os responsáveis pelo projeto acreditam que a iniciativa pode reduzir drasticamente os escândalos de falsificação de informações que sacudiram a imprensa mundial, especialmente a norte-americana, pois os repórteres e editores terão que ser fiéis à suas fontes e isto poderá ser checado a qualquer momento.
A relação entre o podcasting e a prática jornalística é uma das questões mais pertinentes e que interessará discutir nos próximos tempos. O artigo de Castilho explora as consequências que a utilização desta ferramenta poderá trazer para os próprios jornalistas se for utilizada para "avaliar" a transparência jornalística.
O artigo é de 2005, mas vale a pena passar por lá numa altura em que o jornal Expresso publicou uma manchete, pelo menos polémica, sobre uma entrevista concedida ao jornal. O Expresso é, recorde-se, o único jornal português que tem parte dos seus conteúdos em podcast, mas a entrevista a Freitas do Amaral não está.
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