Parece desfeita, pelo menos para já, a dúvida quanto ao futuro do RCP. Pelo menos a avaliar pela notícia de ontem do Diário Económico que encontrou ecos nos blogues de JP Menezes e Paula Cordeiro .
O que estava em causa era a possibilidade do grupo Media Capital criar uma rádio de informação, em princípio substituindo o actual RCP. Essa nova emissora passaria a ter outra designação.
Segundo o DE, tal não se verificará, mas haverá, mesmo assim, mudanças na componente informativa da emissora. “(…)a rádio vai continuar a reforçar a informação própria de forma a não se limitar “a notícias do género: o jornal X disse ou o canal de televisão Y mostrou”, lê-se naquele periódico.
O facto só por si já merece palmas, pois os noticiários do RCP são pouco mais que um conjunto de enunciados de acontecimentos. Há ali pouca informação. Investir nesta matéria parece uma boa solução e representará uma novidade no conjunto das rádios mais ouvidas em Portugal.
Agora é preciso perceber o que significa em concreto “reforçar a informação própria”.
Apostar em noticiários como os da Antena 1 e da TSF, e às vezes da Renascença, fortemente dependentes da informação institucional, mas com alinhamentos interessantes ao nível da diversidade temática e com algum desenvolvimento, o que significaria uma volta de 180 graus no RCP;
Ou num novo modelo, que se distinga daqueles e daquilo que fazem as restantes emissoras do grupo ou a RFM.
A informação na rádio portuguesa precisa de mais reportagem, já em 98 por altura do III Congresso dos Jornalistas Portugueses, Sena Santos alertava para isso. Numa altura em que o podcasting é uma ameaça (será mesmo ?!!!) a rádio precisa de sublinhar aquilo que constitui a sua razão de ser: estar próxima das pessoas.
Sena Santos dizia na mesma altura a propósito do jornalismo radiofónico: "Está com falta de profundidade, horizonte e rasgo".
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