Acaba de ser lançado pela Livros Horizonte o meu livro "A Informação Radiofónica - rotinas e valores-notícia da reprodução da realidade na rádio portuguesa". O livro integra-se na coleção promovida pelo CIMJ "Média e Jornalismo" e resulta da minha tese de doutoramento.
A lista de livros sobre a rádio portuguesa já está atualizada aqui.
sábado, dezembro 08, 2012
Excelência em ciberjornalismo para a Renascença
A Renascença venceu pelo segundo ano consecutivo o Prémio de Excelência geral em Ciberjornalismo atribuído pelo Observatório de Ciberjornalismo. O prémio foi atribuído no decorrer do III Congresso Internacional de Ciberjornalismo que decorreu na Universidade do Porto nos dias 6 e 7.
terça-feira, dezembro 04, 2012
Leituras
A revista Estudos em Jornalismo e Mídia, da Universidade Federal de Santa Catarina, acaba de disponibilizar o número dedicado à investigação sobre os média portugueses.
O índice da edição está disponível aqui
Contribuo com o artigo As rádios locais em Portugal – da génese do movimento à legalização
O índice da edição está disponível aqui
Contribuo com o artigo As rádios locais em Portugal – da génese do movimento à legalização
Comunicações sobre rádio
Lista de comunicações sobre rádio a apresentar no IV Seminário Internacional de Media, Jornalismo e Democracia, organizado pelo CIMJ, que decorre dias 6 e 7 na Unv. Nova de Lisboa.
Dia 6
- M.S.Sapna (Dept of
Communication & Journalism, University of Mysore, Mysore, India):
Role and Development of Community Radio in
India
- Nelson Ribeiro (Universidade Católica Portuguesa): Defender a Democracia elogiando a Ditadura: A Linha editorial do
Serviço Português da BBC durante a IIª Guerra Mundial
- Maria Inácia Rezola (Instituto de
História Contemporânea da FCSH-UNL; Escola Superior de Comunicação Social): Media,
Jornalismo e Democracia: a Emissora Nacional no processo revolucionário
português (1974-1975)
- Luís Bonixe (Escola Superior de Educação de Portalegre/CIMJ):
Rádios locais e democracia – da hipótese do
pluralismo à uniformização do discurso
Dia 7
Diego Weigelt e Brenda Parmeggiani (FCSH/UNL):
O rádio nos novos meios de comunicação: A nova forma de ouvir dos
jovens
O programa completo está aqui.
domingo, novembro 11, 2012
Um prémio justo para Luís Filipe Costa
Luís Filipe Costa é um nome incontornável no jornalismo radiofónico português. A Sociedade Portuguesa de Autores decidiu, justamente, atribuir-lhe o prémio Igrejas Caeiro que pretende distinguir a carreira na rádio.
Luís Filipe Costa é responsável por aquilo que hoje, com toda a naturalidade, concebemos como informação radiofónica. Nos anos 60 liderou uma equipa de jornalistas no Rádio Clube Português tornando os noticiários curtos, concisos e criando um estilo que rompia, à época, com o que se fazia na rádio em Portugal. Mas, se os noticiários do RCP acabaram por criar um novo estilo na informação radiofónica portuguesa, aparecem com outros objetivos, como referiu numa entrevista que me concedeu em 2008, Luís Filipe Costa, na altura para a realização da minha tese de doutoramento:
"Os noticiários do Rádio Clube Português aparecem não como uma resposta àquele monolitismo e cinzentismo da Emissora [Nacional]. Aparecem dentro de um esquema habitual de uma rádio comercial. O que se pensou foi em arranjar uma fórmula diferente que proporcionasse mais ouvintes ao Rádio Clube. E havendo mais ouvintes, havia mais publicidade. Não havia nada de política metida naquilo" (Luís Filipe Costa, em entrevista 2008).
Os noticiários do RCP representam um corte na história do jornalismo radiofónico português, não apenas por aquilo que transmitiam aos seus ouvintes, mas porque foram motivo para que as outras estações reagissem e procurassem inovar também na produção de notícias. Na Emissora Nacional, a informação começou a ganhar mais importância (Cristo, 2005:38) e na Renascença tornou-se óbvio que seria preciso também investir nesta área:
"O objetivo era estar no ar com uma oferta global na qual se incluíam os noticiários que pudessem disputar audiência e publicidade ao Rádio Clube Português. Como é óbvio se a Renascença não tivesse noticiários havia uma faixa de ouvintes que se deslocava para o RCP" (Entrevista a João Alferes Gonçalves, 2008).
A importância de Luís Filipe Costa para o jornalismo radiofónico português fica bem ilustrada nas palavras de João Paulo Guerra, um dos jornalistas que com ele trabalhou no RCP:
"Toda a gente que trabalha hoje na rádio aprendeu com o Luís Filipe Costa, mesmo que não saiba quem ele é. Podem não ter aprendido directamente, mas aprenderam com alguém que aprendeu com ele" (João Paulo Guerra em entrevista, 2008).
Prémio merecido, portanto!
Luís Filipe Costa é responsável por aquilo que hoje, com toda a naturalidade, concebemos como informação radiofónica. Nos anos 60 liderou uma equipa de jornalistas no Rádio Clube Português tornando os noticiários curtos, concisos e criando um estilo que rompia, à época, com o que se fazia na rádio em Portugal. Mas, se os noticiários do RCP acabaram por criar um novo estilo na informação radiofónica portuguesa, aparecem com outros objetivos, como referiu numa entrevista que me concedeu em 2008, Luís Filipe Costa, na altura para a realização da minha tese de doutoramento:
"Os noticiários do Rádio Clube Português aparecem não como uma resposta àquele monolitismo e cinzentismo da Emissora [Nacional]. Aparecem dentro de um esquema habitual de uma rádio comercial. O que se pensou foi em arranjar uma fórmula diferente que proporcionasse mais ouvintes ao Rádio Clube. E havendo mais ouvintes, havia mais publicidade. Não havia nada de política metida naquilo" (Luís Filipe Costa, em entrevista 2008).
Os noticiários do RCP representam um corte na história do jornalismo radiofónico português, não apenas por aquilo que transmitiam aos seus ouvintes, mas porque foram motivo para que as outras estações reagissem e procurassem inovar também na produção de notícias. Na Emissora Nacional, a informação começou a ganhar mais importância (Cristo, 2005:38) e na Renascença tornou-se óbvio que seria preciso também investir nesta área:
"O objetivo era estar no ar com uma oferta global na qual se incluíam os noticiários que pudessem disputar audiência e publicidade ao Rádio Clube Português. Como é óbvio se a Renascença não tivesse noticiários havia uma faixa de ouvintes que se deslocava para o RCP" (Entrevista a João Alferes Gonçalves, 2008).
A importância de Luís Filipe Costa para o jornalismo radiofónico português fica bem ilustrada nas palavras de João Paulo Guerra, um dos jornalistas que com ele trabalhou no RCP:
"Toda a gente que trabalha hoje na rádio aprendeu com o Luís Filipe Costa, mesmo que não saiba quem ele é. Podem não ter aprendido directamente, mas aprenderam com alguém que aprendeu com ele" (João Paulo Guerra em entrevista, 2008).
Prémio merecido, portanto!
segunda-feira, outubro 22, 2012
Acerca das audiências de rádio e o mito da queda
Nos últimos dez anos (2002-2011) a audiência de rádio em Portugal manteve-se
estável embora sejam de registar várias oscilações ao longo do período analisado
pela Marktest e divulgado no anuário 2010-11 do Obercom.
Atingiu a maior percentagem no triénio 2003-2005 (na casa
dos 58%), desceu até aos 54,6% em 2007 para voltar a subir em 2011 para os 57,1%
de audiência acumulada de véspera. Se acrescentarmos os anos de 2000 e 2001 em
que a AAV na rádio portuguesa registou os valores de 56,1%, chegamos à
conclusão que a escuta de rádio em Portugal está longe de estar a decair.
A estabilidade das audiências da rádio é também a tendência
nos Estados Unidos, como revela o relatório de 2012 do Pew Research Center’s
Project for Excellence in Journalism: “Traditional radio is by no means a thing of the past. The vast majority of Americans still report listening to AM/FM weekly, and the bulk of audio revenue remains tied to that traditional platform”.
sexta-feira, outubro 19, 2012
Rádios locais em doutoramento
Actualizo a lista de teses de doutoramento sobre a rádio portuguesa
com a inclusão da tese defendida em Setembro no ISCTE por Susana Santos
intitulada "O processo de liberalização das emissões de rádio em
Portugal entre Estado, Igreja Católica e mercado".
quarta-feira, outubro 17, 2012
Rádio e Convergência II
Há no III Congresso Internacional de Ciberjornalismo, universidade do Porto 6 e 7 de dezembro, um painel preenchido com comunicações dedicadas à rádio.
DIA 7
Convergência e conteúdos I (07/Dez, 10h, Anf. Nobre)
· “As notícias nos sites de rádio: contributos para a identidade da notícia ciber-radiofónica”, Isabel Reis
· “O que está na rádio que não é rádio – um estudo sobre os formatos não sonoros nos sites de emissoras de informação portuguesas”, Luís Bonixe
· “O rádio nos novos meios de comunicação: uma nova forma de ouvir”, Diego Weigelt e Brenda Parmeggiani.
DIA 7
Convergência e conteúdos I (07/Dez, 10h, Anf. Nobre)
· “As notícias nos sites de rádio: contributos para a identidade da notícia ciber-radiofónica”, Isabel Reis
· “O que está na rádio que não é rádio – um estudo sobre os formatos não sonoros nos sites de emissoras de informação portuguesas”, Luís Bonixe
· “O rádio nos novos meios de comunicação: uma nova forma de ouvir”, Diego Weigelt e Brenda Parmeggiani.
terça-feira, outubro 16, 2012
Rádio e convergência no Brasil
O Grupo de Pesquisa Rádio e Mídia Sonora da Intercom disponibiliza o e-book O Rádio Brasileiro na Era da Convergência no qual reúne textos de vários autores brasileiros sobre o futuro da rádio naquele país.
quinta-feira, setembro 20, 2012
A vida difícil do provedor do ouvinte da rádio pública
Ao ler a entrevista de Mário Figueiredo, ex-provedor do
ouvinte da rádio pública, à revista JJ fica-se com a certeza que muito há a
mudar no modo como esta figura é vista dentro da empresa pública de rádio, em
particular pelas administrações.
Depois de Adelino Gomes, e em particular José Nuno Martins,
ex-provedores do ouvinte, terem tecido fortes críticas à administração da rádio
pública, agora é Mário Figueiredo que segue no mesmo caminho.
Mário Figueiredo não tem dúvidas que os casos do fim das
emissões em Onda Curta (em que assumiu uma posição totalmente contra) e da
extinção da rubrica “Este Tempo” afetaram o seu relacionamento com a administração
da rádio pública. Aliás, tal como os seus antecessores, em particular José Nuno
Martins, Mário Figueiredo sai em clara discordância com a administração da RTP:
“quando o presidente do Conselho de Administração, para justificar a não
renovação, me disse discordar de mandatos de provedor superiores a dois anos e
alegou que as nossas relações “eram insustentáveis”, estive para lhe perguntar:
“Mas que tipo de relações, se não houve relações nenhumas”.
Para Mário Figueiredo a utilidade do Provedor acaba por
ficar comprometida: “(…) se a opinião do provedor, que tem de ser justificada e
abalizada, oficialmente não tem efeito nenhum junto de quem tem a decisão
máxima, é de questionar a existência desta figura”. Tal como José Nuno Martins
e Adelino Gomes, também Mário Figueiredo se ficou por apenas um mandato.
Na entrevista concedida à revista JJ, Mário Figueiredo retoma
ainda outras críticas enunciadas pelos seus antecessores. Uma delas tem a ver
com o programa “Em Nome do Ouvinte” que a seu ver deveria ter outro tipo de
tratamento nas antenas da rádio pública para que não fosse escutado apenas por “acaso
ou por militância”.
quarta-feira, setembro 12, 2012
Radio Evolution
Já está disponível o e-book que reúne as comunicações apresentadas no Congresso Radio Evolution que decorreu em Braga em setembro de 2011 organizado conjuntamente pelo ECREA e pela Universidade do Minho.
Escrevem no prefácio Madalena Oliveira, Pedro Portela e Luís António Santos, os editores, o seguinte:
"The evolution of radio in the age of Internet is however more than a question of visibility. It involves a
reflection on the way people use media in general and radio in particular, on the expectations of the public and on the challenges multimedia structures represent. This means the evolution of radio is a subject that has to be discussed from diverse points of view".
O download é gratuito aqui.
Escrevem no prefácio Madalena Oliveira, Pedro Portela e Luís António Santos, os editores, o seguinte:
"The evolution of radio in the age of Internet is however more than a question of visibility. It involves a
reflection on the way people use media in general and radio in particular, on the expectations of the public and on the challenges multimedia structures represent. This means the evolution of radio is a subject that has to be discussed from diverse points of view".
O download é gratuito aqui.
terça-feira, julho 24, 2012
Leituras
Está disponível o novo número da revista Rádio-Leituras. Destaco o artigo da Isabel Reis intitulado Os recursos expressivos da linguagem radiofónica nas cibernotícias das rádios portuguesas
O sumário está aqui.
O sumário está aqui.
quinta-feira, julho 19, 2012
Pluralismo nas rádios locais
Não era difícil de perceber que a atual Lei da rádio não augurava nada de bom para o jornalismo radiofónico, em particular nas emissoras locais.
Assim que se retiraram as limitações impostas pela anterior lei no que diz respeito à classificação de rádios temáticas, era evidente que as empresas de radiodifusão local procurariam mudar a sua classificação para temática musical. Ora, como só estão obrigadas a emitir blocos de informação as rádios locais generalistas ou temáticas informativas, o cenário da informação nas emissoras locais ficou naturalmente mais pobre.
Não era nada que não se previsse, pois já a anterior lei da rádio tinha aberto essa possibilidade, mas com uma restrição: só poderia mudar de classificação para temática musical, uma rádio localizada num concelho onde a outra emissora se mantivesse generalista. Assim, assegurava-se que pelo menos uma delas teria informação jornalística. A atual lei anulou esta restrição.
Numa tentativa de minimizar os prejuízos, a ERC propõe uma diretiva sobre a promoção da diversidade informativa nas rádios. O projeto da diretiva pode ser consultado aqui e estará em discussão pública até 30 setembro.
sexta-feira, julho 06, 2012
Prémio para a Renascença
Um prémio para a rádio portuguesa que melhor tem aproveitado as potencialidades da Internet.
Parabéns à Renascença pelo prémio na categoria "Média e Comunicação" atribuído pela Associação para a Promoção do Multimédia e da Sociedade Digital,
Parabéns à Renascença pelo prémio na categoria "Média e Comunicação" atribuído pela Associação para a Promoção do Multimédia e da Sociedade Digital,
segunda-feira, julho 02, 2012
Prémio Gazeta
José Manuel Rosendo é dos poucos da rádio portuguesa que tem o privilégio de trazer os sons da notícia de zonas em conflito. Agora foi justamente premiado pelo trabalho realizado na Líbia. Venceu o prémio Gazeta de jornalismo na vertente de rádio.
As duas reportagens podem ser escutadas no site da rádio pública.
As duas reportagens podem ser escutadas no site da rádio pública.
sexta-feira, junho 29, 2012
Leitura
O actual número da revista da minha escola é dedicada aos "Novos Média, Novas Narrativas". Publicamos uma entrevista a Natalie Fenton na qual a investigadora reflecte sobre as mudanças que as plataformas digitais trouxeram para o jornalismo. Destaco ainda o artigo da professora Soledad Ruano Lopez da Universidad de Extremadura intitulado "Tendencias del audiovisual en la TV digital".
Sobre rádio, escrevo sobre Rádios locais e cidadania – uma perspetiva sobre novas formas de participação dos ouvintes.
O nº32 da Aprender marca a renovação da revista que a partir de agora será apenas editada online.
Sobre rádio, escrevo sobre Rádios locais e cidadania – uma perspetiva sobre novas formas de participação dos ouvintes.
O nº32 da Aprender marca a renovação da revista que a partir de agora será apenas editada online.
domingo, junho 24, 2012
Rádió
Depois de duas sessões sobre jornalismo
radiofónico que conduzi no King Sigismund College, em Budapeste, foi
interessante verificar como a rádio, tal como cá, é na Hungria um meio
praticamente esquecido pela investigação académica. Escasseiam as teses, as
conferências e investigadores que se interessam pelo tema.
Relativamente ao cenário radiofónico húngaro,
merece destaque o peso da rádio pública (Magyar Rádió) consubstanciado quer nas
audiências, quer na rede de estações que detém. Um pouco por todo os país
proliferam diversas estações locais e outras rádios temáticas dedicadas aos
vários estilos musicais. De sublinhar é a quantidade de rádios comunitárias existentes
no país (cenário que não encontramos em Portugal).
Dois alunos de Comunicação do Sigismund
College prepararam este curto texto sobre a origem das rádio comunitárias na
Hungria:
Community radio is a little more than two decades old in Hungary. It
started in the city Kaposvár in 1991 with the radio ZÖM (trans. great mass) and with TILOS (trans. Forbidden), which was in the capital city Budapest.
The TILOS (as the name says) was a
pirate radio lead by its dreamer and creator Vladimir Németh. In those times
most of the emcees acted like teachers, placed themselves above the audience.
The goal of TILOS was to counteract this mentality by bringing the listeners
into the creation of the radio program.
NMHH (National
Broadcasting Authority, similar to FCC in the USA) made a rule about the transceiver’s
radius, which can be maximum 1km. Another important fact, that these radios are
working by non-profit system so they are organized by volunteers. This type of
radio started to spread only in 2002. At this time TILOS was already ten years old. There is a media law which says:
if there are two commercial radios in an area, the third one (if there is a
free frequency) has to be a nonprofit radio. According to NMHH in 2008 there were 69 community radios in Hungary.
One of the biggest and most successful
community radios is Rádió Mi (can be
translated as Radio We or Radio Us) in Szeged. Szeged is the third biggest city
in Hungary with the population of 170.000. Rádió
Mi started seven years ago in a garage with nonprofessional equipment, but
the enthusiasm and the proficiency soon paid off. Nowadays they meet their
audience on monthly basis, where they continue their cultural and social
critical discussions in live. These meetings are attended by 50-150 listeners
every month. The radio cooperates with the Science University of Szeged.
Translated and summarised by : Gergely Aradi and Csaba Nagy
Nova Provedora da rádio pública
Paula Cordeiro será a nova Provedora do
Ouvinte da rádio pública depois do seu nome ter merecido aprovação do Conselho de Opinião
(11 votos a favor, 9 contra e 2 abstenções). A escolha recai assim sobre alguém
com um perfil distinto dos seus antecessores (José Nuno Martins, Adelino Gomes
e Mário Figueiredo), com longas carreiras profissionais na rádio. Paula Cordeiro
é investigadora na área da rádio e professora no ISCSP. É autora do livro A rádio e as indústrias culturais. Estratégias
de programação na transição para o digital.
quarta-feira, maio 23, 2012
Leitura
Está disponível o II número do Ano II da Rádio-Leituras. Destaco o artigo de Cébrian Herreros intitulado La radio en el entorno de las multiplataformas de comunicaciones.
quinta-feira, maio 03, 2012
Um dia com os média na RR
Das várias iniciativas para assinalar o dia da Liberdade de Imprensa e de Expressão, sublinho a que a Renascença levou a cabo no seu site, abrindo um espaço para que os ouvintes coloquem questões sobre o processo noticioso. E houve respostas. Boa ideia.
segunda-feira, abril 23, 2012
Jornalismo de proximidade e participação
Foi muito interessante o Encontro sobre média proximidade e participação que decorreu no final da semana passada na Universidade da Beira Interior.
A ideia foi juntar jornalistas, académicos e estudantes para discutir os conceitos e as práticas do jornalismo de proximidade e a participação dos cidadãos. O interesse residiu, para começar, na reflexão produzida sobre as próprias ideias de proximidade (o que significa o termo quando aplicado ao jornalismo?) e participação (questão complexa que remete para diversas formas e levanta uma outra problemática: até onde deve ir essa participação dos cidadãos?)
A comunicação que apresentei "Internet e participação – o renascimento da rádio local como espaço de debate público" pretendeu cruzar três aspectos: os princípios fundadores da ideia de rádio local, a tradição da rádio enquanto promotora de participação e a migração para a Internet aí adquirindo novas formas de interacção e participação. Em que medida, novas ferramentas para a participação dos cidadãos nos conteúdos disponibilizados pelas rádios locais portuguesas nos seus sites estão de facto a ser utilizadas para a promoção do debate sobre as matérias noticiosas de interesse local?
Sobre isto, três notas:
1ª as rádios locais continuam, tal como as emissoras nacionais, a privilegiar a participação em programas emitidos na rádio tradicional;
2º em ambiente online, a participação está a ser canalizada para as redes sociais, em particular o Facebook. Nos sites, as ferramentas para essa participação são quase inexistentes.
3º a participação dos cidadãos quer no site quer nas redes sociais das rádios locais é sobretudo ao nível da função fática. O debate argumentativo, fundamentado... é praticamente inexistente.
A ideia foi juntar jornalistas, académicos e estudantes para discutir os conceitos e as práticas do jornalismo de proximidade e a participação dos cidadãos. O interesse residiu, para começar, na reflexão produzida sobre as próprias ideias de proximidade (o que significa o termo quando aplicado ao jornalismo?) e participação (questão complexa que remete para diversas formas e levanta uma outra problemática: até onde deve ir essa participação dos cidadãos?)
A comunicação que apresentei "Internet e participação – o renascimento da rádio local como espaço de debate público" pretendeu cruzar três aspectos: os princípios fundadores da ideia de rádio local, a tradição da rádio enquanto promotora de participação e a migração para a Internet aí adquirindo novas formas de interacção e participação. Em que medida, novas ferramentas para a participação dos cidadãos nos conteúdos disponibilizados pelas rádios locais portuguesas nos seus sites estão de facto a ser utilizadas para a promoção do debate sobre as matérias noticiosas de interesse local?
Sobre isto, três notas:
1ª as rádios locais continuam, tal como as emissoras nacionais, a privilegiar a participação em programas emitidos na rádio tradicional;
2º em ambiente online, a participação está a ser canalizada para as redes sociais, em particular o Facebook. Nos sites, as ferramentas para essa participação são quase inexistentes.
3º a participação dos cidadãos quer no site quer nas redes sociais das rádios locais é sobretudo ao nível da função fática. O debate argumentativo, fundamentado... é praticamente inexistente.
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